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Crítrica: 'Ilha de ferro' mostra conflitos em dois fronts

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Os universos profissionais dos médicos, dos policiais e dos mafiosos ambientaram inúmeras séries famosas. Por esse aspecto, “Ilha de ferro”, lançada na última quarta-feira no Globoplay, já sai na frente no quesito originalidade. Acompanhamos um grupo de petroleiros que se dividem entre um período em terra e outro, de semanas, isolados na PLT-137. A plataforma fica localizada na costa brasileira e só é acessível de helicóptero. Na vida real, a equipe buscou — e não achou — uma plataforma onde gravar. Acabaram construindo um cenário físico e lançando mão de efeitos de computador para alcançar um resultado impressionante.

Links Ilha de ferro“Ilha de ferro”, aliás, não economiza em efeitos, imagens aéreas e planos em que aquela beleza do Rio chega a emocionar. Além de todas essas qualidades, o protagonista é Cauã Reymond no papel de Dante. Ele domina seu personagem com técnica sem perder de vista a emoção. O ator não é o único valor do elenco, que tem ainda a talentosa Sophie Charlotte (Leona) iluminando tudo e também Maria Casadevall (Júlia), Osmar Prado (João Bravo) e Milhem Cortaz (Astério), todos eles com direito a grandes momentos.

Escrita por Max Mallman e Adriana Lunardi, com supervisão de texto de Mauro Wilson e direção artística de Afonso Poyart, a produção começa narrando uma tragédia causada pelo ciúme entre irmãos. Dante quase mata Bruno (Klebber Toledo) ao saber do caso dele com Leona, sua mulher. A briga acontece durante um voo no helicóptero pilotado por Bruno. O ódio explode e eles passam à luta corporal até caírem no mar, num acidente grave que leva Bruno a um coma, enquanto Dante sai ileso. Essa trama — do triângulo amoroso — corre paralela a outra, envolvendo as disputas entre os colegas na plataforma. A chegada de uma nova gerente, Júlia, agrava as pendengas por lá. Ela precisa provar sua competência e autoridade diante de uma equipe masculina. Não é fácil.

No capítulo de estreia, a história demora a engrenar. “Ilha de ferro” fica no meio do caminho entre duas marés opostas: uma é motivada pela força do elenco e a dimensão humana que alguns atores — destaco Cauã, Sophie e Milhem — conseguem atribuir a seus personagens. Essa onda faz subir a temperatura. Porém, isso às vezes fica preterido pela tentação de ostentar efeitos, planos dramáticos e luz estetizante. Os devaneios da câmera caem na afetação, irritam e esfriam tudo. É uma pena. Mas, noves fora, “Ilha de ferro” é caprichada e sua realização tem recursos que ajudam a tornar todo aquele ambiente muito real e convincente. Vale conferir.

COTAÇÃO: Bom


Jude Law fala sobre Dumbledore, #metoo e se o mundo está pronto para um ícone infantil gay

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NOVA YORK — Até Jude Law às vezes fica nervoso, especialmente quando acaba de ser escalado como Alvo Dumbledore em “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” e vai se encontrar com J.K. Rowling.

— Ela faz um grande esforço para que você se sinta à vontade mesmo sabendo que se está presença de alguém bastante extraordinário — diz o ator sobre a autora de "Harry Potter" e "Animais Fantásticos".

Links animais fantásticosComo o Dumbledore jovem, Law assume o peso de um papel literário trazido à vida por Richard Harris e Michael Gambon nos filmes de “Harry Potter”. Ele também revela um momento decisivo para o personagem: a ligação romântica com seu sombrio colega Gellert Grindelwald, interpretado por Johnny Depp.

Embora J.K. Rowling tenha tirado Dumbledore do armário em 2007, os livros e filmes de Harry Potter não expunham sua sexualidade. No início do ano, o diretor David Yates acendeu um furor ao dizer que Dumbledore não seria "explicitamente" gay neste segundo dos cinco filmes planejados da franquia.

— Ele não falou isso para mim — conta Law. — Toda vez que eu perguntava, a resposta era "sim, ele é". Na minha cabeça, ele é.

Em uma manhã chuvosa de Nova York, bebendo água quente com limão no St. Regis, Law falou sobre Dumbledore, o futuro de Johnny Depp em "Animais fantástico" e a bênção de sua própria boa aparência.

Então, Dumbledore. Eles tinham você em mente para o papel desde o começo?

Não, imagino que não. Eu sabia que eles queriam trazer esse personagem de volta. Então me apresentei e, com razão, eles levaram muito a sério. Eles queriam ter a certeza de escolher a pessoa certa, e de bom grado eu fui para a frente da câmera para que eles pudessem me avaliar. Para saber se eu poderia "fazer esse papel amado por milhões".

Quais dicas J.K. Rowling te deu?

MV5BMTU0OTQzNjc4MF5BMl5BanBnXkFtZTgwNjQ4MzY5NTM@._V1_SX1777_CR0,0,1777,744_AL_.jpgEla me levou à infância do personagem e mostrou como aquelas emoções moldaram sua juventude. Um dos principais relacionamentos sobre os quais falamos foi com Gellert Grindelwald, é claro, e como ele teve papel crucial, por ter sido intenso, íntimo, apaixonado. Foi quando Dumbledore conheceu seu correspondente e, por uma razão que eu não posso divulgar, eles se afastam. E isso os impulsiona em direções opostas e deixa esta ferida que ainda está aberta 25 anos depois.

O que acha que David Yates quis dizer com Dumbledore não ser "explicitamente" gay?

Pense assim: este filme não é sobre a homossexualidade dele, nem a sexualidade o define. Mas esse relacionamento certamente foi um elemento importante de sua personalidade. Também não acho que ele seja alguém que deu seu coração ou sua alma para muitas pessoas. O rescaldo desse relacionamento o deixou receoso, e ele envolveu seu coração em gelo, na verdade, e desde então ninguém conseguiu derretê-lo.

O mundo está pronto para um ícone infantil gay?

Eu acho que sim, e, se não estiver, com certeza deveria estar.

Johnny Depp estará no próximo filme? (Amber Heard, ex-mulher de Depp, o acusou de agressão, que o ator nega)

Acredito que sim.

LEIA TAMBÉM: ‘Decadente’ e ‘quase falido’: Johnny Depp ganha duro perfil da 'Rolling Stone'

Haverá um romance?

Não faço ideia.

Seu filme com Woody Allen, "A Rainy Day in New York", foi engavetado pela Amazon em meio ao movimento #MeToo. Como é ver seu trabalho acumulando poeira?

É uma vergonha. Eu adoaria assistir (ao filme). As pessoas trabalharam muito nele, eu inclusive.

Links Woody Allen

Depois que ressurgiram denúncias de abuso sexual infantil contra Allen por sua filha Dylan Farrow, alguns membros do elenco se distanciaram, doando seus salários ou dizendo que nunca mais trabalhariam com ele novamente. Você não (Allen nega as acusações).

Eu realmente não queria me envolver, para ser honesto. Não acredito que seja o meu papel comenta,r e trata-se de uma situação muito delicada. Acho que já se falou o suficiente. É um assunto privado. (Quanto a trabalhar com Allen novamente), eu não sei. Preciso pensar com calma.

O #MeToo fez com que você repensasse os papéis que escolhe?

É sempre preciso estar atento ao impacto que um papel terá e como ele será interpretado. Tivemos uma conversa interessante sobre isso em "The Nest" (um dos próximos filmes de Law) pela forma como meu personagem e outros ao seu redor tratavam as mulheres no escritório.

O filme se passa em 1986, e as pessoas questionavam: "A gente deve bater na bunda delas ou usar termos depreciativos?" E eu pensei, "espera um pouco, não estamos nos anos 80". Estamos fazendo esse filme agora. Então você pode incluir algo assim se fizer questão de apontar: "Estávamos errados". Se não for dessa forma, não tem por que perpetuar o preconceito.

Muitos artigos foram escritos sobre sua beleza. É uma bênção ou uma maldição?

LAW_Q_A_ADV18_1_1806081.JPGSer rotulado como ator é aterrorizante porque você quer manter as pessoas em dúvida. Então, ser o garoto de ouro ou o belo jovem claramente me preocupa porque preciso pensar o que vai acontecer quando meu cabelo começar a cair, como já é o caso, e eu envelhecer. A boa notícia é que, após passar dos 40, eu tive mais oportunidades fora do meu padrão ou da minha zona de conforto.

A aparência é algo engraçado, não é? Eu não sei. Acho que temos tantos outros assuntos sobre os quais conversar. Tendo dito isso, eu tenho 45 anos. Se as pessoas disserem: "Você é muito bonito", eu responderei: "Fico muito feliz em ouvir isso".

Após polêmicas, Azealia Banks passeia na Avenida Paulista e doa dinheiro para minipastora

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RIO — Azealia Banks fez um passeio pela Avenida Paulista e relatou suas impressões no seu perfil do Instagram. A rapper americana, que cancelou o show que faria em Fortaleza na última semana, fez quatro apresentações em São Paulo e aproveitou as horas vagas para conhecer o ponto turístico da capital paulista. No domingo, a cantora tirou fotos com fãs brasileiros e mostrou um vídeo se emocionando ao ouvir a criança Vitória de Deus, também conhecida como minipastora.

Azealia.Conteúdo"Eu aproveitei muito meu passeio na Avenida Paulista. Posso considerar abrir uma loja Cheapyxo nesta avenida? Brasil, eu te amo", escreveu Azealia no Instagram, referindo-se à marca a que empresta seu nome.

IntagramAzealiaBanks

Durante o passeio na Avenida Paulista, Azealia Banks distribuiu sabonetes, doou dinheiro para artistas de rua e para Vitória de Deus. No Twitter, internautas mostraram o registro:

AzaeliaTwitter

Polêmicas na chegada ao Brasil

Na última quarta-feira, a cantora Azealia Banks se recusou a se apresentar em Fortaleza, onde participaria do Festival Pisa Menos. A rapper americana estava com show marcado no Marina Park Hotel, assim como Pabllo Vittar e Kaya Conky, e chegou a publicar em seu Instagram que a desistência acontecera “inesperadamente”, prometendo retornar em breve à capital cearense — mas depois apagou a postagem. Segundo a produção do festival, no entanto, a artista descobriu que não seria a atração principal do show cerca de quatro horas antes de subir ao palco. E se recusou a cantar.

"A artista, além de fazer exigências fora da nossa realidade, não aceitou que Pabllo vittar se apresentasse antes dela, uma vez que a maioria do público presente estava la para ver a Pabllo", informou a produção, em nota.

Após o anúncio do cancelamento, centenas de fãs questionaram, tanto em postagens da cantora quanto da produtora do show no Ceará, a Planner Eventos, o porquê da decisão. Nas redes sociais, Azealia disse ainda que o cancelamento não "tem nada a ver" com a produtora de sua turnê pela América Latina — a Descobrir Música — e informou que sua agenda "continuará como planejada". Os shows desta quinta (15/11), em Recife, e de sexta (16/11) em São Paulo, estão mantidos.

A Planner Eventos informou ainda que o valor pago pelos ingressos serão devolvidos para os fãs da americana.

A reportagem do GLOBO entrou em contato com a equipe de Azealia, mas ainda não obteve resposta.

Não é a primeira polêmica envolvento Azealia Banks e o Brasil. Em 2012, a cantora escreveu um post em que dizia "não saber que na favela tinha internet" e chamou brasileiros de "anormais do terceiro mundo".("Quando esses anormais do terceiro mundo vão parar de fazer spam com esse inglês errado falando sobre algo que não sabem? É hilário ser chamada de vadia negra por brasileiros brancos. Eles deveriam se preocupar com a economia primeiro”, postou, para depois apagar).

Os brasileiros reagiram com uma campanha contra suas apresentações no país.

Confira na íntegra a nota da produção do evento:

"Nós da Planner Eventos nos insentamos da culpa pela ausência da cantora Azealia Banks (avisada pela produção da mesma em cima da hora) no evento “Pisa Menos”, que aconteceu ontem, no Marina Park, em Fortaleza.

A artista, além de fazer exigências fora da nossa realidade, não aceitou que Pabllo vittar, se apresentasse antes dela, uma vez que a maioria do público presente estava la para ver a Pabllo.

Nós não poderiamos mudar todo um cronograma por um capricho de uma das atrações. Tentamos contornar a situação da forma mais viável no momento e, no final, fizemos um lindo evento.

Os fãs da artista já estão tendo a devolução do valor do ingresso.

Estamos disponíveis para esclarecimentos ou tirar quaisquer dúvidas.

Obrigado!

Equipe Planner Eventos".

BNDES dá ultimato para que estado quite contrapartida da Fábrica de espetáculos do Municipal

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RIO - Depois de esgotados todos os prazos para que o governo do estado desse a segunda parte de sua contrapartida para a restauração e adaptação do prédio da antiga Transportadora Guanabara, na Zona Portuária do Rio, que seria transformada na Fábrica de Espetáculos, o BNDES deu um ultimato. O banco enviou ofício ao secretário estadual de cultura, Leandro Monteiro; ao então presidente da Fundação Teatro Municipal, Fernando Bicudo; e ao presidente da Associação de Amigos do Teatro Municipal, Gustavo Martins, cobrando "uma manifestação formal de um compromisso de prazo de aporte pelo estado do Rio de Janeiro das contrapartidas financeiras previstas no contrato" até o último dia 15, quinta-feira passada. Ou "uma manifestação formal de compromisso de abertura, ainda no exercício de 2008, de chamamento público de terceiros para ocupação da edificação, mediante aporte financeiro para o término das obras". Segundo o novo presidente da Fundação Teatro Municipal, Ciro Pereira, uma carta já foi enviada ao banco dando conta de que as negociações foram reiniciadas:

- Como o prazo se esgotou no feriado, ainda não tivemos tempo de nos reunirmos, o que deve acontecer a partir de quarta-feira. Mas já nos posicionamos, que era o que o BNDES queria. E estamos dispostos a pagar. O estado ainda precisa aportar cerca de R$ 6 milhões.

"Na semana passada o BNDES foi informado de que houve reunião entre as partes para propor uma solução. Com isso, o Banco aguarda essa manifestação para análise dos próximos passos", informou o BNDES, em nota.

Por meio de seu programa de preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro, o BNDES assinou, em 2014 - com a associação de amigos do teatro e a interveniência da fundação -, o contrato de colaboração financeira não-reembolsável para execução da segunda fase do projeto da chamada Fábrica de Espetáculos. A iniciativa tinha como objetivo preparar o antigo prédio na área do Porto maravilha para abrigar a nova Central Técnica de Produção do Municipal, uma escola técnica de ofícios cênicos e uma área de exposições permanentes dos acervos do teatro. Para tanto, o BNDES fez um aporte de R$ 14,8 milhões (de um total de R$ 17 milhões). O estado, no entanto, só honrou com R$ 10,4 milhões. Por falta de verbas, as obras foram paralisada há cerca de dois anos.

Segundo o BNDES, em 2017, a Secretaria do Estado de Cultura solicitou prazo adicional para buscar solução que viabilizasse o pagamento, o que envolveria a atração de parceiros privados que pudessem ocupar parte da edificação mediante aportes financeiros para a conclusão da obra e sua manutenção. O banco concedeu prazo adicional. De lá para cá, porém, não foram apresentadas ações concretas no sentido de solucionar o problema. Por conta disto, foi enviada, em outubro passado, a carta, alertando que "o não cumprimento da finalidade contratual pode ensejar aplicação das sanções cabíveis, que pode envolver, entre outras, multa e devolução dos recursos desembolsados".

Selecionamos destaques culturais na semana da Consciência Negra

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RIO — O dia da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira, agita o universo cultural de raízes africanas. Data escolhida por ter sido o dia da morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da luta contra a escravidão, é um momento de reflexão sobre a realidade do povo negro na História do Brasil. E surge também como uma boa oportunidade para conhecer o que vem sendo produzido no universo da cultura negra.

Selecionamos algumas novidades para quem quer aproveitar o dia e dar um mergulho em produções recentes.

Livros

'Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador', Ungulani Ba Ka Khosa

2018-08-31_9788568846421_GUNGUNHANA_capa-site.pngO premiado escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa vem ao Brasil lançar seu livro “Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador” ( Kapulana). O livro Gungunhana é composto por duas obras em um só volume que têm o imperador Gungunhana como elo. Na primeira, publicada em 1987, Ualalapi recebe a missão de matar o rei Mafename, a mando de seu próprio irmão Ngungunhane (Gungunhana) que se torna, assim, o imperador de Gaza. Eleito um dos cem melhores romances africanos do século XX, conta a história de Gungunhana de sua ascensão até sua queda.

Na segunda parte, "As mulheres do Imperador" (2018), Ungulani Ba Ka Khosa traz de volta o personagem Gungunhana, mas as protagonistas são suas mulheres, que acompanham o Imperador ao exílio e retornam a Moçambique após quinze anos de isolamento. O autor estará presente nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Salvador (veja a agenda aqui).

'Um dia vou escrever sobre este lugar', Binyavanga Wainaina

2018-09-25_KPLN_UM-DIA_capa_site.jpgOutro lançamento da Kapulana é o livro “Um dia vou escrever sobre este lugar”, do escritor queniano Binyavanga Wainaina. Na obra o autor entrelaça suas memórias de infância, adolescência e vida adulta à história contemporânea do continente africano. Utilizando referências políticas, da cultura africana e da cultura popular mundial, ele apresenta as constantes transformações acontecidas em países como Quênia, África do Sul, Uganda, Gana e Togo, a partir de seu próprio crescimento e amadurecimento como pessoa e constante observador do mundo ao seu redor.

'Úrsula', Maria Firmina dos Reis

Obra inaugural da literatura afrobrasileira, "Úrsula" está sendo relançada pelo selo Penguin Companhia. O livro é um dos primeiros romances de autoria feminina escrito no Brasil. Maria Firmina dos Reis, mulher negra nascida no Maranhão, constrói uma narrativa ultrarromântica para falar das mazelas sociais decorrentes da escravidão. A edição conta ainda com uma introdução de Maria Helena Pereira Toledo Machado e cronologia de Flávio Gomes.

'A cor da demanda', Éle Semog

O escritor carioca Éle Semog lança nova edição do livro de poemas "A cor da demanda". No livro, o poeta traça conexões com “os urbanos”, “com as mulheres”, “com o romance”, “com as crianças”, “com o machismo” e com o “racismo”.

Música

'Blvesman', Baco Exu do Blues

O segundo álbum do rapper baiano estará disponível nas plataformas de streaming a partir da sexta feira (23). Baco foi eleito o artista revelação de 2018 pelo Prêmio Multishow. Sua música "Te amo disgraça", do disco de estreia "Esú", foi eleita a canção do ano pelos júris. Baco exu

'Teresa Cristina + Samba Que Elas Querem', terça, às 20h, no Teatro Riachuelo

Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, cantam um repertório somente de compositores negros. Considerada uma das vozes de maior destaque no samba, Teresa celebra essa data significativa e histórica com um palco todo feminino.

Show de lançamento de Clara Anastácia, terça, às 20h, no Sesc Copacabana

ClaraAnastacia.VídeoA cantora carioca Clara Anastácia, com letras que entrelaçam passado, presente e futuro, revisita memórias e dá voz a ancestralidade das herdeiras da diáspora africana, mesclando ao afrofuturismo.

Samba na Serrinha encontra Roda de Samba da Pedra do Sal, terça, às 16h, no Parque Madureira

O SESC Madureira promove o encontro musical dessas duas rodas de samba emblemáticas, com 18 músicos do gênero.

Celebração do Dia da Consciência Negra, terça, a partir das 15h, no Parque Lage

O local recebe o espetáculo "A voz da senzala", do coletivo Confraria do Impossível, às 15h, além do novo projeto do cantor e compositor Miguel Jorge, 'MoJo'. MoJo é experiência sonora para brincar com a consciência musical dos ouvintes.

Teatro

'Luiz Gama: uma voz pela liberdade', terça, às 19h30, no Teatro Municipal Serrador

Estrelado por Deo Garcez e Nivia Helen, a biografia dramatizada traz a história do jornalista, poeta e advogado abolicionista que libertou mais 500 escravos do cativeiro ilegal. Dirigido por Ricardo Torres, o espetáculo retrata a importância da história de Luiz Gama para o nosso país, trazendo à tona assuntos que refletem na atualidade. O roteiro, idealizado pelo ator e roteirista Deo Garcez, traz a força de um Brasil que luta contra a desigualdade. Às terças e quartas-feiras, até 28/11.

'Suicidados!', terça, às 19h, na Sala Municipal Baden Powell

"Suicidados!" nasceu da indignação provocada pelas ações de censura contra as artes e contra artistas a partir de 2016. Ao longo da pesquisa, foram incorporadas ao espetáculo os temas sobre o movimento negro, feminista e os LGBTQ+, que pretende ser um encontro para falar de preconceito e do quanto precisamos nos manter atentos para não nos ausentarmos da reflexão. A ideia é promover uma descontraída conversa sobre assuntos não tão confortáveis em um aconchegante lounge no qual o público é recebido.

'Nós e o Barro' no Teatro Gonzaguinha, terça, às 18h, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian

77998488_SC Rio de Janeiro RJ 17-07-2018 - Coluna da Marina Caruso Entrevista com a escritora Concei.jpgA turma do curso de Teatro Adulto do Centro de Artes Calouste Gulbenkain apresenta o espetáculo, uma obra criada coletivamente baseada no livro "Ponciá Vicêncio", de Conceição Evaristo. O espetáculo passa por temas como negritude, pertencimento e sexualidade feminina utilizando a linha literária de Conceição e os assuntos debatidos e improvisados pelos próprios alunos da turma. Direção de Mara Souto e Bruno Raphael Guimarães.

Cinema

'África(s). Cinema e memória em construção', de terça a domingo, às 13h, na CAIXA Cultural Rio

A mostra acontece de 20 de novembro a 02 de dezembro, na qual serão exibidos 42 filmes com imagens do processo de descolonização de países africanos como Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. O evento é uma homenagem ao cinema criado no contexto de independência e revolução dos países africanos. Com curadoria da pesquisadora e professora Lúcia Ramos Monteiro, a programação conta com curtas, médias e longas-metragens. Também serão realizadas sessões acompanhadas de debates com cineastas e especialistas. O local abre sempre no período de terça-feira a domingo, das 13h às 20h. Entrada Franca.

12° Ficine no Cinemaison - Abrir a Voz, terça, às 19h, no Cinemaison

Celebrando o dia da Consciência Negra, será exibido o documentário “Abrir a voz”, da cineasta Amandine Gay, filme que traz uma instigante reflexão sobre a identidade das mulheres negras, africanas e diaspóricas, na contemporaneidade. Após a sessão, haverá um debate com a presença da escritora e pesquisadora Carolina Rocha e da antropóloga e feminista Fátima Lima, mediado pela pesquisadora e curadora Janaína Oliveira (FICINE). Entrada Franca.

Acorde! O cinema de Spike Lee, no CCBB, até 26/11

79778765_The SAG-AFTRA Foundation 3rd Patron of the Artists Awards - Arrivals - Beverly Hills Califo.jpgCineasta, escritor, produtor e ator estado-unidense, além de professor de cinema na Universidade de NY, Spike Lee é considerado o precursor da Black New Wave, desde que estreou no Festival de Cannes em 1986, com o filme “Ela Quer Tudo”, que se destacou ao contar a história de personagens negros para o público negro. Seus melhores trabalhos como documentarista são da última década, pouco assistidos pelo público brasileiro. A mostra busca reapresentar o cineasta sob a ótica do século XXI, constatando como o seu cinema permanece urgente e seu discurso inclusivo. Até 26 de novembro, mas não abre às terças-feiras. Consultar programação no site do CCBB.

Atividades culturais

Lançamento do 'Mural Dororidade / Expo #AfroGrafiteiras', terça, às 16h, na Rua do Lavradio, Centro

D06A3544-73.jpgEleita pela CNN a 'rainha do grafite brasileiro', a ativista social carioca e fundadora da Rede NAMI, Panmela Castro, inaugura o Mural Dororidade. “Dororidade” é uma derivação da palavra sororidade para designar o apoio entre as mulheres negras. O evento terá shows das MCs Carol e Ainá, além do lançamento do videoclipe do rap "Dororidade', que será exibido em telão e interpretado ao vivo por Andrea Bak, acompanhada pela DJ Tamy. Também haverá uma exposição com 50 obras das alunas do projeto AfroGrafiteiras, na Galeria Scenarium (do Rio Scenarium).

'Cortejo da Ciata: com encontro com Zumbi dos Palmares', terça, a partir das 11h, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian

O projeto é uma homenagem à grande Tia Ciata, e celebra a matriarca negra junto a outra figura emblemática da cultura negra brasileira, Zumbi dos Palmares. Participarão do cortejo, às 12h: Filhos de Gandhi, Mestre Riko e a Fina batucada, Batuke da Ciata, Mestre Mauricio Soares (Nação Estrela Brilhante do Recife), Laís Salgueiro (Maracutaia), Mestre Dionísio e a Escola de Mestre Sala e Porta Bandeira, Escola de Samba mirim Pimpolhos de Caxias, Banda Filhas de Maria e Gracy Mary (bisneta da tia Ciata ). Após o Cortejo, a confraternização fica por conta da Roda de Samba da Cabaça, às 14h.

Exposição

'Visita mediada: Mulheres negras nos anos 1960', terça, às 14h, na Caixa Cultura

No Dia da Consciência Negra, o Programa Educativo Gente Arteira realiza visita mediada sobre a exposição “Correio da manhã — Uma Revolução de Imagens nos anos 1960” com o objetivo de analisar e debater fotos expressivas de Carolina Maria de Jesus, Clementina de Jesus e outras mulheres negras, em exibição na mostra. A exposição fica em cartaz até 23/12. Terça-feira a domingo.

Bonde da História: a umbanda no Brasil, terça, às 14h, no Museu Histórico Nacional

O Núcleo de Educação do MHN convida jovens e adultos a conhecer objetos da exposição de longa duração que evoquem a memória da umbanda. Religião brasileira criada no início do século 20, ela sintetiza influências religiosas africanas, indígenas e cristãs, e tem papel essencial na formação da cultura brasileira. A umbanda, cujo dia nacional é celebrado em 15 de novembro desde 2012, foi declarada Patrimônio Imaterial do Rio em 2016. Não é preciso agendamento prévio para participar do Bonde da História: o encontro com os educadores acontece na recepção do museu.

TV

“Palmares: coração brasileiro, alma africana”, no canal CURTA!, terça,11h

Com cinco episódios, a série exclusiva “Palmares: coração brasileiro, alma africana” é uma recuperação historiográfica do papel que desempenhou o Quilombo dos Palmares, situado entre Alagoas e Pernambuco, durante o período colonial.

"Café com canela", canal Brasil, 19h40, terça

Glenda Nicácio e Ary Rosa, revelações do Recôncavo Baiano, assinam "Café com Canela" (2018). O longa-metragem, que é um retrato das relações no cotidiano de duas mulheres em busca da superação do luto, conquistou os Candangos de melhor atriz, roteiro e júri popular no Festival de Brasília em 2017.

“A Última abolição”, na TV Escola, 21h, terça

O documentário “A Última Abolição” mostra os primeiros movimentos abolicionistas no século XVIII até as recentes políticas, chegando ao encarceramento e extermínio de jovens negros no Brasil. Construído com base em depoimentos de historiadores, sociólogos e líderes do movimento de consciência negra, a diretora Alice Gomes discute o mito da democracia racial.

"Sob traçantes", no canal Futura, 23h30, terça

78408720_RI Rio de janeiro RJ 17-08-2018 - Grafite em homenagem a Marielle Franco na rua João Paulo.jpg“Sob Traçantes”, nova série do canal,mostra a trajetória de pessoas que lutam para construir a cultura da paz, mas tiveram suas vidas marcadas pela violência. O episódio-piloto traz a história da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada este ano.

Crítica: 'Ilha de ferro' mostra conflitos em dois fronts

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Os universos profissionais dos médicos, dos policiais e dos mafiosos ambientaram inúmeras séries famosas. Por esse aspecto, “Ilha de ferro”, lançada na última quarta-feira no Globoplay, já sai na frente no quesito originalidade. Acompanhamos um grupo de petroleiros que se dividem entre um período em terra e outro, de semanas, isolados na PLT-137. A plataforma fica localizada na costa brasileira e só é acessível de helicóptero. Na vida real, a equipe buscou — e não achou — uma plataforma onde gravar. Acabaram construindo um cenário físico e lançando mão de efeitos de computador para alcançar um resultado impressionante.

Links Ilha de ferro“Ilha de ferro”, aliás, não economiza em efeitos, imagens aéreas e planos em que aquela beleza do Rio chega a emocionar. Além de todas essas qualidades, o protagonista é Cauã Reymond no papel de Dante. Ele domina seu personagem com técnica sem perder de vista a emoção. O ator não é o único valor do elenco, que tem ainda a talentosa Sophie Charlotte (Leona) iluminando tudo e também Maria Casadevall (Júlia), Osmar Prado (João Bravo) e Milhem Cortaz (Astério), todos eles com direito a grandes momentos.

Escrita por Max Mallman e Adriana Lunardi, com supervisão de texto de Mauro Wilson e direção artística de Afonso Poyart, a produção começa narrando uma tragédia causada pelo ciúme entre irmãos. Dante quase mata Bruno (Klebber Toledo) ao saber do caso dele com Leona, sua mulher. A briga acontece durante um voo no helicóptero pilotado por Bruno. O ódio explode e eles passam à luta corporal até caírem no mar, num acidente grave que leva Bruno a um coma, enquanto Dante sai ileso. Essa trama — do triângulo amoroso — corre paralela a outra, envolvendo as disputas entre os colegas na plataforma. A chegada de uma nova gerente, Júlia, agrava as pendengas por lá. Ela precisa provar sua competência e autoridade diante de uma equipe masculina. Não é fácil.

No capítulo de estreia, a história demora a engrenar. “Ilha de ferro” fica no meio do caminho entre duas marés opostas: uma é motivada pela força do elenco e a dimensão humana que alguns atores — destaco Cauã, Sophie e Milhem — conseguem atribuir a seus personagens. Essa onda faz subir a temperatura. Porém, isso às vezes fica preterido pela tentação de ostentar efeitos, planos dramáticos e luz estetizante. Os devaneios da câmera caem na afetação, irritam e esfriam tudo. É uma pena. Mas, noves fora, “Ilha de ferro” é caprichada e sua realização tem recursos que ajudam a tornar todo aquele ambiente muito real e convincente. Vale conferir.

COTAÇÃO: Bom

Rosalía leva o flamenco a uma nova dimensão

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Crítica: Abbas Kiarostami, talentoso na poesia assim como no cinema

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O iraniano Abbas Kiarostami (1940-2016) é mais conhecido no Brasil por seus filmes do que por sua literatura. O lançamento no Brasil de “Nuvens de algodão” (Editora Âyiné), coletânea traduzida diretamente do persa e organizada por Pedro Fonseca, mostra que o poeta nada deve ao cineasta.

Seus poemas (leia alguns ao lado) são flashes da vida cotidiana de seu país. As paisagens iranianas parecem colar nos versos, mas nada aqui é mostrado, e, sim, sugerido. Os textos são curtos e minimalistas. O mais bonito é o que escondem: “Aproximo meu ouvido/ do sussurro do vento/ do estrondo do trovão/ da melodia das ondas”. Ou ainda: “Deito-me/ sobre a terra dura,/ nuvens de algodão”.

As lacunas importam mais do que as palavras. Às vezes, bastam dois versos para sustentar uma perene e assombrada imagem mental: “O céu fragmenta-se/ num espelho quebrado”.

Kiarostami sempre definiu seus poemas como haicais — mesmo que, para os puristas, não pudessem ser classificados como tal. Na verdade, pouco importa. O que interessa, de fato, é o jogo entre o visível e o invisível colocado pelo autor.

E aí, mais uma vez, vale ressaltar os paralelos com a sua obra cinematográfica. Quando perguntado por que usava tantos planos-sequência em seus filmes, Kiarostami respondia que achava mais justo o espectador escolher que parte do quadro quer ver, de acordo com o que sente no momento. Da mesma forma, seus poemas não nos impõem um olhar. Pelo contrário, nos convidam a olharmos com nossos próprios olhos. Liberam nossa sensibilidade para tentar capturar — em vão — todas as dimensões do instante vivido.

Como escreveu certa vez o crítico Laurent Roth: “Kiarostami não nos dá a ver outra coisa senão o trabalho mecânico do místico.”

O cinema de Kiarostami já era poético por si só, mas sem nunca forçar. A poesia não aparecia em metáforas, símbolos pesados e outros artifícios líricos. Ela se convidava mansamente, na imprevisibilidade do detalhe mais banal. Como quando, em “Close up” (1990), um rapaz desce uma ladeira correndo e chuta uma lata, que rola sozinha pelo chão na rua deserta. Ou como o ar que balança a vegetação da estrada enquanto dois personagens discorrem sobre a imortalidade em cima de uma moto, em “O vento nos levará” (1999).

Pois seus poemas nos provocam sensações semelhantes. A natureza segue suas próprias regras, indiferente a nós — e às nossas câmeras, aos nossos versos. O vento sempre sopra onde quer. Seja como cineasta ou como escritor, Kiarostami foi uma testemunha paciente, humilde e meditativa do ritmo do mundo.

Trechos do livro:

"Cem fontes secas

cem ovelhas sedentas

um velho pastor"

"Aproximo meu ouvido do sussurro do vento

do estrondo do trovão

da melodia das ondas."

"A árvore de marmelo floresceu

numa casa abandonada."

"Das mãos da ventura

bebi água

pouco agradável."

"Aos olhos dos pássaros

o ocidente

é onde o sol se põe

e o oriente

onde o sol nasce,

apenas isso."


Conceição Evaristo, celebrada por usar suas experiências de mulher negra na escrita, lança novo livro

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Série traz histórias de vítimas da violência, como Marielle Franco

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RIO — O que acontece com a vida das pessoas quando a violência bate à porta? A série “Sob traçantes”, que o Canal Futura, em parceira com a Jabuti filmes, estreia hoje, às 23h30, vai mostrar casos trágicos em que as vítimas transformaram a dor em resistência. O primeiro episódio não poderia trazer uma história mais emblemática: a de Marielle Franco, vereadora assassinada a tiros no Rio, em março.

— Foi bom contar a vida da minha filha, que começa na favela da Maré. Muita gente não conhecia a realidade dela, que sempre lutou pelo caminho de paz, pela igualdade, mas acabou levantando tanto ódio — diz a mãe da vereadora, Marinete Franco. É através dela e da outra filha, Anielle, que a trajetória de Marielle, no programa, é recontada: desde seu nascimento até o crime.

Reviver a tragédia, segundo Marinete, traz muita dor. A fé, porém, não deixa essa mãe esmorecer.

— Tiro força de Deus, no que eu acredito. Tenho uma família maravilhosa, que tem que continuar de pé. E trago a certeza no coração de que os responsáveis por esse crime serão presos — afirma ela, que espera há oito meses o ponto final no caso da filha.xmarinete-04.jpg.pagespeed.ic.ATkp3_UiTm.jpg

“Sob traçantes”será exibida em 13 episódios, às terças-feiras, e trará outras histórias. Como a de Júlio Barroso, que teve um boletim de ocorrência forjado num falso confronto com a polícia, levou dois tiros e foi condenado a 12 anos. Saiu após oito e retomou a vida. Hoje, é produtor cultural.

— A série mostra que existem diferentes camadas de violência na sociedade, que vão intoxicando e mexendo com a sua estrutura. Mas que é possível encontrar caminhos para continuar a vida, ressignificá-la, seja na superação pessoal, na resistência ou na mobilização — diz Débora Garcia, gerente de conteúdo do Canal Futura.

Através da série, Marinete espera chamar atenção para a violência que assola o país:

— Ela está em todo lugar, não só nas camadas mais pobres. Somos da Maré, víamos isso, mas achávamos longe da gente. Até que chegou perto demais.

Arnaldo Cézar Coelho se aposenta da TV hoje: ‘Pretendo dar palestras, mas, primeiro, quero é viajar’

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RIO — Hoje, quando o juiz apitar o fim do amistoso entre Brasil e Camarões, ele estará marcando, de forma simbólica, o encerramento da carreira de comentarista de Arnaldo Cézar Coelho. De forma segura, o ex-árbitro diz ter completado um ciclo.

— A vida tem etapas e objetivos. Quando parei de apitar e fui ser comentarista, era um projeto novo, um frescor. Fiquei por 29 anos e cheguei a um momento que não tenho mais meta. Então, antes que eu me torne uma pessoa relaxada na função, é hora de sair de cena — explica ele, que já tinha avisado, no fim da Copa do Mundo desse ano, sobre sua decisão.

Contratado da Globo até o fim do ano, com prorrogação por mais um, Arnaldo preferiu rescindir o acordo. Agora, ele jogará em outras áreas.xarnaldo-copa2-.jpg.pagespeed.ic.C6HWFdRx8n.jpg

— Pretendo dar palestras, posso ter a oportunidade de fazer publicidade... Mas a intenção imediata é viajar, tirar férias — avisa ele, lembrando o momento mais marcante nesses quase 30 anos de TV: — A final da Copa de 94. Quando Baggio perdeu o pênalti, a gente pulava tanto... Eu agarrei o Galvão, numa gravata, e ele gritava “é tetra”, abraçado ao Pelé, faltando ar (risos).

Tranquilo com a decisão, Arnaldo se diverte com a repercussão de sua saída:

— Muitos lamentam, outros, brincalhões, dizem: “quero ver você na fila do INSS”. Mas a melhor fase é agora: sou convidado para almoços e jantares de despedida e não pago nada (risos).

Globo de Ouro de Marilyn Monroe é leiloado por valor recorde de US$ 250 mil

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O Globo de Ouro de Marilyn Monore foi vendido por um valor recorde de US$ 250 mil pela casa de leilões Julien’s em Beverly Hills, na Califórnia. Marilyn ganhou o prêmio em 1961, quando foi escolhida pela Associação de Jornalistas Estrangeiros de Hollywood a Atriz Preferida do Cinema Mundial.

Segundo Darren Julien, presidente-executivo da casa de leilões, o troféu foi vendido a um comprador europeu. Ele era um dos três Globos de Ouro conquistados pela atriz em sua carreira.

A venda recorde confirma uma tendêncoia que já vinha sendo observada por colecionadores de lembranças de celebridades: os preços aumentaram dramaticamente. Segundo Julien, compradores da China e da Rússia, que veem esses artefatos da cultura pop ocidental como investimentos, têm ajudado nesse movimento.

— Muitos clientes que investem em arte estão comprando essas coisas também. Querem diversificar seus portfólios — disse.

Além disso, o carro Ford Thunderbird de 1956 de Marilyn, leiloado pela primeira vez, obteve US$ 490 mil no "Ícones & Ídolos: Hollywood", que ocorreu na sexta-feira e no sábado.

A atriz, uma das celebridades que mais atrai colecionadores, foi fotografada dirigindo o carro com o marido, o escritor Arthur Miller, logo depois que eles se casaram em 1956. Ela foi proprietária do veículo por seis anos, até pouco antes da sua morte em 1962.

Uma cópia de Monroe do primeiro número da Playboy com ela na capa, assinada pelo editor Hugh Hefner, foi vendida por US$ 32 mil, juntamente com quase uma dúzia de outros itens de propriedade da atriz. O leilão também incluiu itens de outras celebridades, incluindo Tina Turner e Cher.

Olivia Araujo enxerga avanços de representatividade na TV: ‘Tem uma geração de negros incríveis’

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RIO — Uma voz a serviço da igualdade racial, a atriz Olivia Araujo, de “O tempo não para”, vê na arte um motivo para comemorar o Dia da Consciência Negra. Na data que simboliza a luta contra o racismo, a intérprete da ex-escrava Cesária, que conquistou a independência financeira com a venda das suas joias de crioula, celebra a oportunidade de integrar o elenco de uma novela que conta com nomes consagrados, como o do veterano Milton Gonçalves, além de talentos jovens, como Aline Dias e David Junior.

— O cenário é positivo. “O tempo não para” tem um elenco representativo. As coisas estão indo. Com certeza, não na velocidade de que gostaríamos, mas estão caminhando. Temos uma geração de negros incríveis — frisa a artista de 46 anos, para destacar: — A gente vive situações de racismo diariamente desde que o primeiro negro escravizado pisou por aqui

Sobre o atual cenário político, ela prefere ser prática:

— Resistimos há mais de três séculos e vamos continuar resistindo. O momento político não vai fazer diferença porque racismo sempre existiu no Brasil.

Nem mesmo a internet, instrumento muito usado em ataques racistas, ela enxerga como vilã:xfoto2.jpg.pagespeed.ic.yYTK1VjaeL.jpg

— As redes sociais deram voz para todos, democratizaram o direito à opinião. O problema é que as pessoas se escondem atrás de um apelido para demonstrar o que realmente pensam. Lamento que usem as redes para ofender por uma questão racial.

Para Olivia, a maior conquista, sem dúvida, é a liberdade de ser o que é:

— A população negra reconheceu sua beleza e sua potencialidade. Hoje, as pessoas ficam mais à vontade para usar o cabelo crespo, liso, com tranças... Enfim, como quiserem. Cesária, por exemplo, valoriza a sua beleza e não abre mão das joias e das tranças. No século 19, ela não tinha acesso à estética como a gente tem hoje. Mas, ainda assim, estava sempre com um adorno.

Com o mesmo olhar otimista, mas crítico, ela olha para a indústria de cosméticos voltada para os negros.

— Reconheço os avanços. Somos um mercado que consome estética, moda, e que precisa de representatividade, então a indústria nos olha como consumidores. Não é uma questão de consciência, é uma questão comercial — observa ela, completando: — Nos 130 anos de abolição, a população negra se alfabetizou e ascendeu socialmente. Mas parte da sociedade é contra essa realidade. Por isso, é preciso lembrar que o Brasil viveu às custas de uma triste moeda chamada escravidão.

'Temos uma geração de negros incríveis', diz Olivia Araujo, de 'O tempo não para'

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RIO — Uma voz a serviço da igualdade racial, a atriz Olivia Araujo, de “O tempo não para”, vê na arte um motivo para comemorar o Dia da Consciência Negra. Na data que simboliza a luta contra o racismo, a intérprete da ex-escrava Cesária, que conquistou a independência financeira com a venda das suas joias de crioula, celebra a oportunidade de integrar o elenco de uma novela que conta com nomes consagrados, como o do veterano Milton Gonçalves, além de talentos jovens, como Aline Dias e David Junior.

— O cenário é positivo. “O tempo não para” tem um elenco representativo. As coisas estão indo. Com certeza, não na velocidade de que gostaríamos, mas estão caminhando. Temos uma geração de negros incríveis — frisa a artista de 46 anos, para destacar: — A gente vive situações de racismo diariamente desde que o primeiro negro escravizado pisou por aqui

Sobre o atual cenário político, ela prefere ser prática:

— Resistimos há mais de três séculos e vamos continuar resistindo. O momento político não vai fazer diferença porque racismo sempre existiu no Brasil.

Nem mesmo a internet, instrumento muito usado em ataques racistas, ela enxerga como vilã:xfoto2.jpg.pagespeed.ic.yYTK1VjaeL.jpg

— As redes sociais deram voz para todos, democratizaram o direito à opinião. O problema é que as pessoas se escondem atrás de um apelido para demonstrar o que realmente pensam. Lamento que usem as redes para ofender por uma questão racial.

Para Olivia, a maior conquista, sem dúvida, é a liberdade de ser o que é:

— A população negra reconheceu sua beleza e sua potencialidade. Hoje, as pessoas ficam mais à vontade para usar o cabelo crespo, liso, com tranças... Enfim, como quiserem. Cesária, por exemplo, valoriza a sua beleza e não abre mão das joias e das tranças. No século 19, ela não tinha acesso à estética como a gente tem hoje. Mas, ainda assim, estava sempre com um adorno.

Com o mesmo olhar otimista, mas crítico, ela olha para a indústria de cosméticos voltada para os negros.

— Reconheço os avanços. Somos um mercado que consome estética, moda, e que precisa de representatividade, então a indústria nos olha como consumidores. Não é uma questão de consciência, é uma questão comercial — observa ela, completando: — Nos 130 anos de abolição, a população negra se alfabetizou e ascendeu socialmente. Mas parte da sociedade é contra essa realidade. Por isso, é preciso lembrar que o Brasil viveu às custas de uma triste moeda chamada escravidão.

Taylor Swift usa sua força para buscar maior renda de streaming para artistas

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LOS ANGELES — Taylor Swift assinou um novo contrato com a Universal para garantir maior controle sobre sua própria música e que poderá aumentar no futuro os pagamentos para outros artistas por reproduções de suas canções no Spotify.

Swift é uma das artistas mais ricas e influentes da música pop atual com álbuns recordistas de vendas como “1989” e “Reputation”. A americana disse que o contrato com a Universal Music Group (UMG) inclui um acordo garantindo que qualquer venda de participações da UMG no Spotify “resultaria em uma distribuição de dinheiro para seus artistas”.

"Eles generosamente concordaram com isso, com o que acreditam que serão melhores condições já proporcionadas por outras grandes gravadoras", disse a cantora de “Fearless” aos seus 113 milhões de seguidores em um post no Instagram.

O Spotify, que tem mais de 83 milhões de assinantes e é o maior serviço de streaming de música pago, abriu suas ações em abril deste ano. Links Taylor Swift

"Acredito fortemente que o streaming foi fundado e cresce por conta da mágica criada por artistas, compositores, e produtores", escreveu Swift.

A cantora de 28 anos disse também que seria a proprietária de todos as gravações masters, que são os registros originais das canções. Os termos financeiros de seu acordo não foram publicados.

Swift há muito tempo usa sua força na indústria musical para fazer campanha por maiores repasses dos serviços de streaming para os artistas. Em 2017, ela retornou seu catálogo ao Spotify quase três anos depois de reclamar publicamente que os serviços de streaming não pagavam o suficiente aos artistas.


Grafiteira inaugura mural de quase 500 m² na Lapa com show de MC Carol

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RIO — No Dia da Consciência Negra, um lembrete em forma de arte: um mural de quase 500 m² será inaugurado na Lapa, a partir das 16h, ao lado do Rio Scenarium e em frente à Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam). O evento conta com shows de MC Ainá e MC Carol, além da exposição “AfroGrafiteiras”. No local onde já havia um imenso grafite, a mesma artista, Panmela Castro, quis atualizar o desenho a partir de um conceito cunhado por Vilma Piedade, pós-graduada em Ciência da Literatura pela UFRJ. O novo projeto foi pintado por Panmela em 12 dias, no último mês.

Mural inaugurado na Lapa lembra a dor das mulheres negras"Dororidade", conceito que ultrapassa a "sororidade", ainda não existe no dicionário. O neologismo questiona o exercício da irmandade entre as mulheres, muito mencionado nos movimentos feministas, que não suficientemente inclui a dor das mulheres negras, que sofrem dentro das estruturas do racismo existentes na sociedade.

— O termo 'dororidade' seria um contraponto à sororidade, que não intersecciona, não abraça todas as mulheres. Esse conceito surge a partir da dor sentida pelas mulheres negras através do machismo e do racismo, mas abraça todas as mulheres — explica Panmela.

uU6VuVrQ.jpegAos 37 anos, nascida em Nilópolis e criada na Penha, Panmela é mundialmente famosa por seus murais — a série "Irmãs Siamesas" já foi pintada em Miami, Nova York, Amsterdam e Berlim. Formada em Belas Artes com habilitação em Pintura na UFRJ, foi considerada pela CNN como "a rainha do grafite brasileiro", em 2017.

Vítima de violência doméstica por um ex-namorado aos 24 anos, ela fundou há oito anos a Rede Nami, uma ONG com seis projetos. Atualmente, o principal deles é o "AfroGrafiteiras", voltado para mulheres negras que querem aprender a grafitar, que em quatro anos já formou 560 mulheres. Uma das funções de Panmela, fundadora da rede, é captar recursos, nacional e internacionalmente. O projeto, voltado para mulheres negras recebe patrocínio da Fundação Ford. Os recursos servem para pagar as professoras, comprar materiais de arte e cobrir os demais custos desse projeto. Links.Panmela

Em julho deste ano, a sede da ONG, que fica na comunidade pacificada Tavares Bastos, no Catete, recebeu a ativista Malala Yousafzai. Um dos objetivos do projeto é difundir a Lei Maria da Penha por meio de grafites.

Na língua do TTK, um dialeto criado na década de 1980 por moradores do Catete, no qual as palavras são pronunciadas de trás para frente, "nami" significa "mina".

Embora se considere uma mulher negra, Panmela reconhece que tem pele clara e discute a respeito da dimensão do colorismo.

pggDN3uA.jpeg— Quanto mais escura a pele, mais a pessoa sofre preconceito. Reconheço que tenho meus privilégios. Fui criada com as pessoas disfarçando minha negritude, falavam que eu tinha ascendência de índios. Meu pai biológico morreu há 15 anos, e ele era negro, mas não cheguei a conhecê-lo. Foi a partir dos meus irmãos por parte de pai, que descobri há 4 anos, que entrei contato com as minhas raízes — explica a grafiteira.

No evento de inauguração do mural, haverá também o lançamento da exposição das “AfroGrafiteiras”, no Rio Scenarium, com 50 obras das alunas do projeto, a partir da curadoria de JLo Borges, que atua como coordenadora da Rede Nami, junto a Panmela.

Além disso, o videoclipe do rap “Dororidade” (cuja letra foi escrita por Panmela Castro, Letícia Britto, Andrea Bak e Jlo Borges), dirigido por Sabrina Fidalgo, será interpretado por Andrea Bak, formada no último ano pela turma de afrografiteiras e participante fixa do Slam Minas.

Andrea, mulher negra de 18 anos, está concluindo o curso técnico de Química e sonha em ser médica. Começou a grafitar dois meses antes de entrar no curso da Rede Nami, e hoje formou um grupo de rap com outras duas meninas, o "Nefetaris Vandal".

AndreaBAK.Instagram— Para compor minhas músicas me inspiro na diáspora negra. Sempre penso sobre as propostas do feminismo branco: quais mulheres elas atingem de fato? Precisamos de mais ações práticas que incluam mulheres negras. Na arte estamos tendo mais espaço, mas as mulheres negras têm menos visibilidade. Precisamos de mais projetos como o da rede Nami. Ter oportunidades que sejam iguais para todas — ressalta a MC.

Rede Nami e o "AfroGrafiteiras"

O "AfroGrafiteiras' é dividido em duas etapas — básica e avançada, que duram dois anos, ao todo. No primeiro, as alunas estudam arte urbana e têm aulas com especialistas em temas como violência doméstica, direitos sexuais e reprodutivos e a mulher no trabalho, sempre focados na perspectiva da mulher negra. No final de cada mês de aula, fazem um croqui sobre o tema discutido pelo especialista e, por fim, colocam os dons em prática grafitando.

No segundo ano, o curso adquire um caráter mais profissionalizante, com visitas a museus, reuniões com críticos de arte e curadores e aulas de como montar um portfólio, apresentar-se nas redes sociais e escrever sua biografia de artista. Cada turma tem 30 mulheres.

O espaço proporcionado pela Rede Nami não tem como intuito ser apenas uma proposta artística, mas sim incluir as mulheres negras de forma acolhedora e discutindo temas voltados para que se sintam mais à vontade e recuperem a autoconfiança.

— Muitas meninas chegam às oficinas abaladas. As mulheres negras têm dificuldades em se relacionar nos espaços em geral, não somente no aspecto de relacionamentos amorosos. Queremos que elas recuperem a autoestima perdida. Há exemplos de meninas que antes alisavam o cabelo e decidem fazer a tranisção capilar. A arte é uma forma bacana de chamar essas mulheres para discutir sobre o que é ser uma mulher negra — explica JLo, coordenadora da rede Nami.

SERVIÇO

Lançamento do 'Mural Dororidade / Expo #AfroGrafiteiras'

Terça, 20/11, a partir das 16h, na Rua do Lavradio, Centro.

O evento terá shows das MCs Carol e Ainá, além do lançamento do videoclipe do rap "Dororidade', que será exibido em telão e interpretado ao vivo por Andrea Bak, acompanhada pela DJ Tamy. A exposição com 50 obras das alunas do projeto AfroGrafiteiras será na Galeria Scenarium (do Rio Scenarium).

Arnaldo Cézar Coelho se aposenta da TV hoje, com Brasil x Camarões

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RIO — Hoje, quando o juiz apitar o fim do amistoso entre Brasil e Camarões, ele estará marcando, de forma simbólica, o encerramento da carreira de comentarista de Arnaldo Cézar Coelho. De forma segura, o ex-árbitro diz ter completado um ciclo.

— A vida tem etapas e objetivos. Quando parei de apitar e fui ser comentarista, era um projeto novo, um frescor. Fiquei por 29 anos e cheguei a um momento que não tenho mais meta. Então, antes que eu me torne uma pessoa relaxada na função, é hora de sair de cena — explica ele, que já tinha avisado, no fim da Copa do Mundo desse ano, sobre sua decisão.

Contratado da Globo até o fim do ano, com prorrogação por mais um, Arnaldo preferiu rescindir o acordo. Agora, ele jogará em outras áreas.xarnaldo-copa2-.jpg.pagespeed.ic.C6HWFdRx8n.jpg

— Pretendo dar palestras, posso ter a oportunidade de fazer publicidade... Mas a intenção imediata é viajar, tirar férias — avisa ele, lembrando o momento mais marcante nesses quase 30 anos de TV: — A final da Copa de 94. Quando Baggio perdeu o pênalti, a gente pulava tanto... Eu agarrei o Galvão, numa gravata, e ele gritava “é tetra”, abraçado ao Pelé, faltando ar (risos).

Tranquilo com a decisão, Arnaldo se diverte com a repercussão de sua saída:

— Muitos lamentam, outros, brincalhões, dizem: “quero ver você na fila do INSS”. Mas a melhor fase é agora: sou convidado para almoços e jantares de despedida e não pago nada (risos).

Snoop Dogg ganha estrela na Calçada da Fama e agradece a si mesmo

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RIO — Snoop Dogg ganhou sua estrela na Calçada da Fama de Hollywood, numa cerimônia transmitida pelo YouTube, gravada para o programa de Jimmy Kimmel e marcada pela irreverência do veterano rapper. Em seu discurso, Dogg agradeceu aos principais apoiadores de sua carreira, sem deixar de fora... ele mesmo.

"Eu quero me agradecer por acreditar em mim mesmo, quero me agradecer por todo esse trabalho duro. Quero me agradecer por não tirar folgas. Quero me agradecer por nunca desistir. Quero me agradecer por ser generoso e sempre dar mais do que recebo. Quero me agradecer por tentar sempre fazer mais o certo do que o errado. Quero me agradecer por ser eu mesmo o tempo inteiro", disse o rapper de 47 anos em seu discurso.

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Brincadeiras à parte, Snoop Dogg também fez os agradecimentos de praxe para os fãs e a família, além de citar figuras importantes em sua carreira como Dr Dre e Quincy Jones. Veja o discurso completo abaixo (em inglês).

Snoop Dogg Gets Star On Hollywood Walk Of Fame

Comemorando os 25 anos de lançamento de seu primeiro álbum solo, "Doggy style", Snoop Dogg foi homenageado na categoria "Gravação". É dele a estrela de número 2.651 na Calçada da Fama.

Damien Hirst dá à luz sua nova polêmica: 13 fetos e um bebê gigante no Qatar

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Quem chega ao hospital Sidra, no Qatar, agora é recebido por 14 esculturas de bronze gigantes, com as quais o artista britânico Damien Hirst percorre o desenvolvimento de um feto da fecundação até o nascimento. As peças da "Viagem Milagrosa", culminando com um bebê recém-nascido de 14m de altura, voltaram a ver a luz depois de terem ficado cinco anos cobertas, supostamente pelas críticas geradas, informa a agência AFP.

Hirst intuiu a polêmica que a exposição de figuras humanas em um país islâmico causaria. “É a primeira escultura nua no Oriente Médio”, disse o artista ao "Doha News" na época da instalação. “É muito ousada.” O britânico esquentava o clima com suas declarações, e as figuras entraram na alça de mira dos mais suscetíveis.

79932537_Workers operate on The Miraculous Journey an art installation by artist Damien Hirst ou.jpg

A instalação é parte da coleção de arte contemporânea do hospital Sidra, onde a irmã do emir, Al-Mayassa bint Hamad bin Khalifa Al-Thani, investiu no que há de mais seleto no mercado internacional. A intenção dela era transmitir uma imagem de modernidade e abertura do país árabe, de 2,6 milhões de habitantes. No total, são 65 obras de arte, incluindo uma instalação de neon da provocadora artista britânica Tracey Emin.

O custo das 14 esculturas da "Viagem Milagrosa" é estimado em 17,5 milhões de euros (R$ 75,4 milhões), aos quais devem ser somados os honorários do artista. A esperança é que esse gasto possa ser considerado um bem sucedido investimento em marketing. A polêmica provocada pela instalação já está tornando o hospital mundialmente famoso. Dedicado a crianças e mulheres, ele tem 400 leitos e foi inaugurado em janeiro com um investimento de mais de 7 bilhões de euros (R$ 30 bilhões).

Gênio do marketing

Por iniciativas com essa, a galeria White Cube considera Hirst o maior especialista em marketing do mundo da arte. E essas 14 esculturas demonstram isso mais uma vez. Para o artista Dinos Chapman, também habituado com polêmicas, a caveira de platina (coberta com 8.601 diamantes) é a obra de um gênio, mas não da arte, e sim do marketing.

Poucos como ele conseguem transformar uma imagem numa marca capaz de dar a volta ao mundo. O próprio reconhece que “tornar-se uma marca é algo importante na vida”. Afinal, este “é o mundo em que vivemos”, justifica Hirst.

— O sucesso de Damien Hirst está numa marca sólida e num processo de manufatura com controle de qualidade — escreveu o especialista em arte Don Thompson em seu famoso libelo "O Tubarão de 12 Milhões de Dólares".

Vinte e cinco anos depois do tubarão dissecado, o que o mercado de arte mais reconhece e valoriza em Damien Hirst é seu faro para chamar a atenção.

— Sua marca gera publicidade e suas obras atraem pessoas que, de outra forma, nunca teriam contemplado a arte contemporânea — afirma Thompson, elogiando ironicamente a astúcia do artista.

Análise: A história da arte brasileira passava pela casa de João Sattamini

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