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'Todo mundo parece se vestir igual e da maneira mais fácil', acredita Iris Apfel, ícone fashion vivida por Nathalia Timberg

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Em São Paulo, Roger Waters chama Bolsonaro de neofascista e divide plateia

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SÃO PAULO — Roger Waters não decepcionou quem esperava dele um show cheio de música, espetáculo visual e muito discurso político na abertura da porção brasileira da turnê "Us + them", nesta terça à noite, na Arena Palmeiras, em São Paulo. Embora o presidente americano Donald Trump continue sendo o alvo preferido do cofundador do Pink Floyd, o candidato à presidência do Brasil pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi mencionado algumas vezes direta e indiretamente na apresentação.

A primeira vez foi durante intervalo que Waters e banda fizeram após a execução da seminal "Another brick in the Wall", que contou com a participação de meninos e meninas de comunidades paulistanas acompanhando a música numa espécie de coreografia. Vestidos com macacões laranja, como prisioneiros americanos, eles terminam o número exibindo camisetas com a inscrição "Resist" (resista, em inglês).

download (1).jpgJá no intervalo, o grande telão que ocupa toda a extensão do palco exibiu vários slides com exemplos de personagens, tendências e comportamentos que merecem resistência. Em um deles, estava escrito que devemos resistir "ao neofascismo". E, em seguida, o telão mostrou exemplos de países e líderes políticos onde o neofascismo estaria em ascensão. Um dos países citados foi o Brasil e o líder apontado é Bolsonaro.

Mais para o final do show, após outro grande sucesso do Pink Floyd, "Eclipse", o telão exibiu pela primeira vez a inscrição #Ele não, em referência à campanha nas redes sociais contra o voto em Bolsonaro. Antes de começar o bis, que teve "Mother" e "Confortably numb", Waters recebeu vaias e aplausos do público durante pelo menos três minutos, numa disputa que claramente foi vencida pelos admiradores do roqueiro e de sua música.

Em um discurso breve, o músico afirmou saber que há uma eleição em andamento no país e que "não tem nada a ver com isso". Mas, disse ele, não poderia deixar de se posicionar:

— Eu sou a favor dos direitos humanos — afirmou ele, que agradeceu o carinho do público. — Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do sul e não foi bonito. Links Roger Waters

Após dois shows na capital paulista (o outro será nesta quarta), Waters passa por Brasília (13), Salvador (17), Belo Horizonte (21), Rio (24), Curitiba (27) e Porto Alegre (30). No Rio, o Maracanã será o palco. Ainda há ingressos para todas as apresentações

Waters fez seu primeiro show no Brasil em 2002, com uma coletânea dos sucessos do Pink Floyd e de sua carreira solo. Em 2007, voltou com a turnê que apresentava o clássico “Dark side of the moon“ na íntegra. Cinco anos depois foi a vez de os brasileiros assistirem ao impactante “The Wall”, com as impressionantes projeções no gigantesco muro que ia sendo construído conforme o show avançava — para ser derrubado no final — e a homenagem a Jean Charles, o brasileiro morto pela policia de Londres.

Busto de Eliseu Visconti será reinaugurado no Municipal 40 anos após ter sido retirado

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RIO — A partir desta quinta, bustos de personalidades como o compositor Carlos Gomes, o ex-prefeito Francisco Pereira Passos, o ator João Caetano e o dramaturgo Arthur Azevedo ganham a companhia de um antigo “residente” do Teatro Municipal. Quase 40 anos depois de ser retirada do local e levada para o Museu dos Teatros, em Botafogo, a escultura que representa o pintor Eliseu Visconti (1866-1944) volta à antiga casa, com uma celebração, às 18h, antecedendo a estreia do balé “Primavera da dança”.

Diferentemente dos demais, o busto de Visconti foi instalado sozinho na entrada do Balcão Nobre, de frente para o foyer do teatro. Lá também estão outras obras suas, como as pinturas dos painéis central e laterais e do teto (intitulado “A música”), considerado uma obra-prima da arte decorativa no Brasil.

OANAO DE BOOOCA_ SITE INSTITUTO ELISEU VISCONTI.jpgDentro da sala de espetáculos (que também tem teto assinado por Visconti), outro tesouro do artista ítalo-brasileiro poderá ser visto pelo público: o pano de boca de 12 x 16 metros, pintado entre 1906 e 1907 em Paris, a partir do tema “A influência das artes na civilização”. Será a primeira ocasião em cerca de dois anos em que o pano descerá diante da plateia — por conta da idade da obra e das engrenagens originais do mecanismo, a direção da casa opta por mostrá-lo apenas de tempos em tempos.

— A obra foi pintada em Paris porque no Brasil não havia ateliês com pé direito alto o suficiente. Ao finalizá-la, em 1907, Visconti expôs a obra na cidade, e vários brasileiros a viram. Muitos se revoltaram por ele retratar na pintura personagens negros entre as figuras populares, chegaram a escrever para Rui Barbosa para que fossem removidas — conta Tobias Visconti, neto do pintor e idealizador do instituto que leva o nome do avô. — Mas ele resistiu e a obra veio de navio ao Brasil. Na chegada, 20 dias depois, a polêmica já havia passado.

Além do busto em cobre, serão expostos estudos para o pano de boca e os painéis das paredes e teto, atualmente sob a guarda do Cedoc do Teatro Municipal. Doado à instituição em 1952 por Louise Visconti, viúva do pintor, o busto foi assinado por Zaco Paraná (1864-1961), em retribuição a um retrato pintado pelo artista.

Ao criar o projeto, em 2003, Tobias solicitou a volta da escultura e do acervo ao Municipal. Em 2018, com a doação do pedestal pelo instituto ao Teatro, a obra pôde voltar ao seu lugar original.

— É mais uma forma de preservar a memória dele, em um local com o qual tinha uma relação histórica— observa Tobias. — No nosso site incluímos uma versão digital do catálogo raisonné com mais de 1.200 obras, que esperamos publicar em breve.

Stradivarius roubado que vale milhões de dólares é recuperado e emprestado a jovem violinista

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RIO— A última vez que um jovem aspirante a violinista tirou um som do violino Stradivarius de 1734, ele simplesmente o roubou. O furto ocorreu no escritório de seu dono, o violinista virtuoso e professor Roman Totenberg, na Longy School of Music em Cambridge, Massachusetts. O instrumento permaneceu perdido por 35 anos.

Agora o violino, que vale milhões de dólares, foi passado para outro violinista aspirante para tocá-lo — legalmente, desta vez.

O "Strad" roubado ressurgiu em 2015, vários anos após a morte do aparente ladrão, um violinista com uma carreira duvidosa, quando sua ex-mulher o entregou ao FBI. O órgão o devolveu às três filhas de Totenberg, que decidiram restaurá-lo e vendê-lo. Porém, queriam ter certeza de que acabaria com um músico, não trancado em uma coleção.

— Ele era um professor tão maravilhoso, lembrou Nina Totenberg, filha de Roman — Ele amava tanto ensinar aos jovens.

Mas colocá-lo nas mãos de um jovem músico foi mais fácil na teoria do que na prática. Os melhores violinos Stradivari são vendidos por milhões de dólares, e ficam longe do alcance da maioria dos artistas — ainda mais dos estudantes.

Os Totenberg procuraram a Rare Violins of New York, que restaura e vende os instrumentos. Depois de pelo menos um lance falso, o violino foi vendido a um comprador anônimo que concordou em emprestá-lo a um jovem violinista promissor. A empresa disse que o violino foi vendido por uma quantia entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões. Não foi divulgado quanto tempo ele ficará emprestado.

Mas foi formalmente apresentado ao seu primeiro destinatário, Nathan Meltzer, de 18 anos, que estuda com Itzhak Perlman e Li Lin na Juilliard School, em uma cerimônia na manhã de terça-feira nos escritórios da Rare Violins na West 57th Street, perto de Carnegie Hall.

43524435_1401582756640419_1897118803041452032_n.jpgEnquanto as irmãs Totenberg observavam, Meltzer pegou o velho violino de seu pai e tocou "Recitativo" e "Scherzo" de Fritz Kreisler.

— Ele tem um tom bonito e quente em todas as alturas. Cada corda, cada parte do braço, além de um tempo de resposta muito rápido — disse Meltzer — No momento, ainda estou no estágio da lua de mel: quando estou praticando, estou apenas ouvindo.

Grandes violinos devem ser tocados para satisfazer seu potencial, de modo que emprestá-los a músicos pode aumentar seu valor. O receptor do violino tem a responsabilidade de honrar o instrumento.

Ziv Arazi, executivo-chefe da Rare Violins, disse que espera que o acordo — parte de um novo projeto chamado In Consortium — inspire outros "investidores dedicados a promover as aspirações de jovens músicos promissores".

O violino costumava ser conhecido como "Ames" Stradivari, por George Ames, o banqueiro e violinista inglês que o manteve brevemente no século XIX. Agora está sendo chamado Stradivari de “Ames, Totenberg” em memória de Roman Totenberg, que morreu em 2012 aos 101 anos de idade.

Demitido da Marvel, James Gunn é cotado para assumir 'Esquadrão Suicida 2', da DC

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SÃO PAULO — James Gunn, afinal, não vai ficar muito tempo desempregado. Depois de ser demitido pela Disney/ Marvel, o diretor dos dois primeiros filmes da trilogia "Guardiões da Galáxia" está negociando com a Warner e DC para assumir a sequência de "Esquadrão Suicida".

A ideia, de acordo com veículos de imprensa americanos, é que Gunn assuma roteiro e direção do filme. Além disso, terá liberdade para criar uma identidade completamente nova à série protagonizada pelo grupo de anti-heróis.

James GunnGunn dirigiu os dois primeiros "Guardiões da Galáxia", mas foi demitido pela Disney/Marvel antes de terminar o terceiro em razão do reaparecimento de antigos tuítes em que ele fazia piada com temas sensíveis como pedofilia e estupro.

O cineasta chegou a pedir desculpas pelas publicações, feitas entre 2008 e 2012, mas os estúdios se mantiveram firmes em sua decisão, apesar do protesto de vários atores do elenco, como Chris Pratt, Zoe Saldana e Dave Bautista.

A Warner desenvolveu "Esquadrão Suicida 2" com o diretor Gavin O'Connor, que foi contratado há um ano, mas já abandonou o projeto. O'Connor pediu demissão ao saber que o filme solo de Harley Quinn, uma das integrantes do Esquadrão, teria uma trama parecida com a que estava desenvolvendo para o segundo filme do grupo.

Carmen Maria Machado: 'Acho importante elaborar cenas de sexo em que a mulher esteja no centro'

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SÃO PAULO — Livro de estreia de Carmen Maria Machado, “O corpo dela e outras farras” (Planeta), reúne oito contos que passeiam por diferentes gêneros para falar da violência contra a mulher em um mundo ainda afetado pelo machismo. O “New York Times" apontou-o este ano como um dos “15 títulos notáveis de mulheres que estão moldando a forma como lemos e escrevemos ficção no século XXI”.

Fã de ficção especulativa e leitora de autoras como Karen Russell, Shirley Jackson e Angela Carter, Carmen passa da fantasia ao horror, da ficção científica ao humor e ao erotismo com desenvoltura. Em um dos seus contos, as mulheres se tornam invisíveis e ninguém dá a mínima; em outro, fantasmas femininos se escondem em um vestido de baile. E assim por diante.Links Gabo

Descendente de austríacos e cubanos, a escritora vive na Filadélfia com sua mulher, Val Howlett. Ao mesmo tempo que escreve um livro de memórias, aguarda a produção da adaptação de seus contos para o formato de série.

O que seu estilo, apontado como “único” pelos críticos americanos, tem de especial?

Todos os escritores são uma combinação daquilo que leem e do que gostam. Certamente, não sou a única a escrever desse modo. Mas acho que há uma mistura saborosa de gênero, feminismo, sexo, estranheza, corpos de mulher e contos de fadas. E as pessoas estão respondendo a isso.

As cenas de sexo do livro são narradas de forma diferente do habitual. Por quê?

Escrever sobre sexo é divertido, gosto muito. Acho importante elaborar cenas de sexo em que a mulher esteja no centro, em que os corpos de mulheres sejam levados em consideração. Porque na maior parte das vezes em que li ficção erótica eram livros escritos por homens brancos heterossexuais, e não eram nada interessantes. Depois de um tempo, fica muito repetitivo. Então, achei interessante reservar um espaço para os corpos das mulheres.

Como escolhe os gêneros de cada um dos seus contos?

Não sento para escrever e digo: “Vou escrever um conto de terror” ou “vou escrever um conto de ficção científica”. Não planejo nada. Na verdade, pego todas as minhas referências, as coisas que li, o meu arsenal, faço uma grande mistura e deixo que as coisas surjam de forma orgânica.

Como descreveria seu processo de escrita?

Dou aulas e, quando ensino, ao longo do semestre, não escrevo. Quando não estou dando aulas, acordo bem cedo e escrevo durante a manhã. Sempre que tenho alguma ideia, logo registro para não esquecer. E tenho mais ideias do que posso escrevê-las. Por isso, eu mantenho listas. Além disso, gosto do formato dos contos porque posso escrever as minhas ideias mais rapidamente. Links crianças SC+

O livro tem uma bela dedicatória ao seu avô cubano, Reinaldo Pilar Machado Gorrin. Qual a história por trás dela?

Quando eu era criança, o meu avô sentava comigo e com meu irmão para contar histórias de sua vida. Eram contadas de uma forma muito natural, davam a sensação de que eram bem estruturadas e bem acabadas. Não eram especialmente sensacionais, mas a maneira como ele se comunicava com a gente era o que nos prendia a atenção. Sempre que me perguntam sobre escrever e como contar histórias lembro do meu avô. Ele foi o primeiro que me fez pensar em histórias dessa maneira e também a razão pela qual me tornei uma escritora. Foi por isso que dediquei o livro a ele.

Ainda há muito preconceito contra a literatura que tematiza o feminismo e outras questões de gênero?

Certamente. É difícil ter um livro como esse publicado. Tenho sorte porque o minha editora americana, Graywolf Press, publica trabalhos muito estranhos, que ninguém quer. Esse livro tem sete anos. Parece relevante agora por causa da situação política nos Estados Unidos e no mundo, por causa da forma como falamos das questões de gênero. Não o planejei desse forma, não fiz essa escolha. Foi uma coisa que saiu assim.79289031_SC - São Paulo SP Capa de O corpo dela e outras farras Planeta de Carmen Maria Machado. Fot.jpg

'O corpo dela e outras farras'

Editora: Planeta (selo Minotauro). Autora: Carmen Maria Machado. Tradução: Gabriel Oliva Brum. Páginas: 240. Preço: R$ 49,90.

Stradivarius leiloado por milhões de dólares é cedido a jovem violinista

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RIO — A última vez que um jovem aspirante a violinista tirou um som do violino Stradivarius de 1734, ele decidiu simplesmente ficar com o instrumento. O furto ocorreu no escritório de seu dono, o violinista virtuoso e professor Roman Totenberg, na Longy School of Music em Cambridge, Massachusetts. O instrumento ficou desaparecido por 35 anos.

Mas agora o violino, avaliado em milhões de dólares, foi repassado para outro violinista aspirante que poderá tocá-lo — legalmente, desta vez.

O "Strad" roubado ressurgiu em 2015, vários anos após a morte do aparente ladrão, um violinista com uma carreira duvidosa, quando sua ex-mulher o entregou ao FBI. O instrumento foi devolvido às três filhas de Totenberg, que decidiram restaurá-lo e vendê-lo. Porém, queriam ter certeza de que acabaria com um músico, não trancado em uma coleção.

— Ele era um professor tão maravilhoso, lembrou Nina Totenberg, filha de Roman — Ele amava tanto ensinar aos jovens.

Mas colocá-lo nas mãos de um jovem músico era mais fácil na teoria do que na prática. Os melhores violinos Stradivari são vendidos por milhões de dólares, e ficam longe do alcance da maioria dos artistas — ainda mais dos estudantes. Links violino

Os Totenberg procuraram a Rare Violins of New York, que restaura e vende os instrumentos. Depois de pelo menos um lance falso, o violino foi vendido a um comprador anônimo que concordou em emprestá-lo a um jovem violinista promissor. A empresa disse que o violino foi vendido por uma quantia entre US$ 5 milhões e US$ 10 milhões.

Não foi divulgado quanto tempo ele ficará emprestado, mas seu primeiro destinatário será, Nathan Meltzer, de 18 anos, que estuda com Itzhak Perlman e Li Lin na Juilliard School. O rapaz foi formalmente apresentado numa cerimônia na manhã desta terça-feira, no escritório da Rare Violins na West 57th Street, perto de Carnegie Hall.

43524435_1401582756640419_1897118803041452032_n.jpgEnquanto as irmãs Totenberg observavam, Meltzer pegou o velho instrumento e tocou "Recitativo" e "Scherzo" de Fritz Kreisler.

— Ele tem um tom bonito e quente em todas as alturas. Cada corda, cada parte do braço, além de um tempo de resposta muito rápido — disse Meltzer — No momento, ainda estou no estágio da lua de mel: quando estou praticando, apenas ouço.

Grandes violinos devem ser tocados para satisfazer seu potencial, de modo que emprestá-los a músicos pode aumentar seu valor. O receptor do violino tem a responsabilidade de honrar o instrumento.

Ziv Arazi, executivo-chefe da Rare Violins, disse que espera que o acordo — parte de um novo projeto chamado In Consortium — inspire outros "investidores dedicados a promover as aspirações de jovens músicos promissores".

O violino costumava ser conhecido como "Ames" Stradivari, em homenagem a George Ames, o banqueiro e violinista inglês que o manteve por um breve período no século XIX. Agora está sendo chamado Stradivari de “Ames, Totenberg” em memória de Roman Totenberg, que morreu em 2012 aos 101 anos de idade.

Feira do Livros de Frankfurt aposta na diversidade e defesa dos direitos humanos

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RIO — Homenageando a Geórgia como país convidado, a Feira do Livro de Frankfurt aposta na sua 70ª edição na diversidade, na defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos. A conferência de abertura foi feita pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. A autora fez uma fala em defesa do feminismo, segundo publicou o jornal alemão "Frankfurter Rundschau".

— Ainda existe a tentativa de controlar as mulheres. Ainda existe uma incapacidade de enxergar as mulheres como seres humanos plenos — disse a escritora, tida como uma das principais vozes literárias do continente africano atualmente.

Presidente da Associação Alemã de Editores e de Livreiros, Heinrich Riethmüller também discursou na abertura. Ele lembrou que a Declaração dos Direitos Humanos, assim como a Feira de Frankfurt, também completa 70 anos em 2018.

79298828_Visitors are pictured at the Frankfurt Book Fair on October 10 2018 in Frankfurt am Mai.jpg— A indústria do livro deseja dar uma contribuição significativa para o sucesso de uma sociedade livre e democrática — afirmou, segundo o site "Deutsche Welle".

Diversos debates se centrarão em temas ligados a liberdade de expressão, em especial na Europa. Na abertura do novo pavilhão do centro de convenções, ocorrida na manhã desta quarta-feira, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, a escritora croata Ivana Sajko e o autor belga Stefan Hertmans debateram sobre o tema "Como defender a liberdade em tempos turbulentos".

Segundo Sajko a literatura tem um papel central na vida política de um país.

— Ela mostra as narrativas invisíveis. Nos aproxima de histórias pequenas e individuais, que constituem a sociedade mais amplamente — afirmou, segundo o "Frankfurter Allgemeine".

Links livros

Outro desafio que irá pautas as conversas nas mesas e nos corredores da feira será a crise finceira que os mercados livreiros de diferentes partes do mundo vem enfrentando. Como publicou o "El País", com exceção da China, os principais mercados de livros (EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão) estão em queda desde 2008.

Ainda assim, em relação ao ano passado, a Feira cresceu em 3% no número de expositores, como divulgou o "Publishnews". Esse ano, o evento recebe 7,5 mil expositores de 110 países. No ano passado, quase 300 mil pessoas passaram pelo evento.


National Book Awards anuncia seus finalistas para 2018

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58843120_SC A escritora Lauren Groff autora de Destinos e fúrias.jpgRIO — O National Book Awards, um dos principais prêmios literários dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta os seus 25 finalistas em cinco categorias — ficção, não ficção, poesia, tradução literária e juvenil.

Em ficcção, estão “A Lucky Man,” de Jamel Brinkley; “Where the Dead Sit Talking,” de Brandon Hobson; “The Great Believers,” de Rebecca Makkai; “The Friend,” de Sigrid Nunez; e “Florida,” de Lauren Groff, autora que teve seu livro "Destinos e fúrias", lançado no Brasil em 2016 pela Intrínseca e eleito pelo GLOBO como um dos melhores do ano.

Na categoria juvenil, alguns autores são mais conhecidos do público brasileiro, como Leslie Connor, que lançou "Todos de pé para Perry Cook" (Harper Collins). Ela concorre por “The Truth as Told by Mason Buttle” . O autor Christopher Paul Curtis, de "Minha família é um barato" (Ática), aparece na lista por “The Journey of Little Charlie” .

Em poesia, destaque para Terrance Hayes, vencedor do prêmio em 2010, e que concorre novamente por "American Sonnets for My Past and Future Assassin". Outros indicados são Diana Khoi Nguyen, por “Ghost Of”; Justin Phillip Reed, por “Indecency”; e Jenny Xie, por “Eye Level”.

Entregue desde 1950, o National Book Awards premia os melhores livros escritos por americanos no ano. O vencedor de cada categoria recebe US$ 10 mil.

Em São Paulo, Roger Waters chama Bolsonaro de neofascista e divide plateia

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SÃO PAULO — Roger Waters não decepcionou quem esperava dele um show cheio de música, espetáculo visual e muito discurso político na abertura da porção brasileira da turnê "Us + them", nesta terça à noite, na Arena Palmeiras, em São Paulo. Embora o presidente americano Donald Trump continue sendo o alvo preferido do cofundador do Pink Floyd, o candidato à presidência do Brasil pelo PSL, Jair Bolsonaro, foi mencionado algumas vezes direta e indiretamente na apresentação.

A primeira vez foi durante intervalo que Waters e banda fizeram após a execução da seminal "Another brick in the Wall", que contou com a participação de meninos e meninas de comunidades paulistanas acompanhando a música numa espécie de coreografia. Vestidos com macacões laranja, como prisioneiros americanos, eles terminam o número exibindo camisetas com a inscrição "Resist" (resista, em inglês).

download (1).jpgJá no intervalo, o grande telão que ocupa toda a extensão do palco exibiu vários slides com exemplos de personagens, tendências e comportamentos que merecem resistência. Em um deles, estava escrito que devemos resistir "ao neofascismo". E, em seguida, o telão mostrou exemplos de países e líderes políticos onde o neofascismo estaria em ascensão. Um dos países citados foi o Brasil e o líder apontado é Bolsonaro.

Mais para o final do show, após outro grande sucesso do Pink Floyd, "Eclipse", o telão exibiu pela primeira vez a inscrição #Ele não, em referência à campanha nas redes sociais contra o voto em Bolsonaro. Antes de começar o bis, que teve "Mother" e "Confortably numb", Waters recebeu vaias e aplausos do público durante pelo menos três minutos, numa disputa que claramente foi vencida pelos admiradores do roqueiro e de sua música.

Em um discurso breve, o músico afirmou saber que há uma eleição em andamento no país e que "não tem nada a ver com isso". Mas, disse ele, não poderia deixar de se posicionar:

— Eu sou a favor dos direitos humanos — afirmou ele, que agradeceu o carinho do público. — Prefiro estar num lugar em que o líder não acredita que a ditadura é uma coisa boa. Lembro das ditaduras da América do sul e não foi bonito. Links Roger Waters

Após dois shows na capital paulista (o outro será nesta quarta), Waters passa por Brasília (13), Salvador (17), Belo Horizonte (21), Rio (24), Curitiba (27) e Porto Alegre (30). No Rio, o Maracanã será o palco. Ainda há ingressos para todas as apresentações

Waters fez seu primeiro show no Brasil em 2002, com uma coletânea dos sucessos do Pink Floyd e de sua carreira solo. Em 2007, voltou com a turnê que apresentava o clássico “Dark side of the moon“ na íntegra. Cinco anos depois foi a vez de os brasileiros assistirem ao impactante “The Wall”, com as impressionantes projeções no gigantesco muro que ia sendo construído conforme o show avançava — para ser derrubado no final — e a homenagem a Jean Charles, o brasileiro morto pela policia de Londres.

Veja o repertório completo do show:

Set 1:

"Breathe" (Pink Floyd)

"One of these days" (Pink Floyd)

"Time" (Pink Floyd)

"Breathe" (Reprise) (Pink Floyd)

"The great gig in the sky" (Pink Floyd)

"Welcome to the machine" (Pink Floyd)

"Déjà vu"

"The last refugee"

"Picture that"

"Wish you were here" (Pink Floyd)

"The happiest days of our lives" (Pink Floyd)

"Another brick in the wall" Part 2 (Pink Floyd)

"Another brick in the wall" Part 3 (Pink Floyd)

Roger Waters_Camila Cara00003.jpg Set 2:

"Dogs" (Pink Floyd)

"Pigs (Three different ones)" (Pink Floyd)

"Money" (Pink Floyd)

"Us + Them" (Pink Floyd)

"Smell the roses"

"Brain damage" (Pink Floyd)

"Eclipse" (Pink Floyd)

"Encore:

"Mother" (Pink Floyd)

"Comfortably numb" (Pink Floyd)

‘Segundo sol’: casamento de Clóvis e Gorete é marcado por muita confusão

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RIO - Em ‘Segundo sol’, o maior desejo de Clóvis (Luis Lobianco) – se casar com Gorete (Thalita Carauta) – não será concretizado facilmente. A festa já está rolando no bar de caranguejo quando Natalino (Leandro Daniel), que trabalha no evento como garçom, começa a provocar uma confusão, dizendo ser o noivo na frente de todos os convidados.

Desnorteados, os Falcão decidem seguir com a celebração enquanto o verdadeiro pai de Badu (Davi Queiroz) se tranca no banheiro. Gorete dá os primeiros passos em direção ao altar, e o garçom aparece completamente desequilibrado. Angustiada por esconder de Clóvis quem é Natalino, a noiva tenta segurar o choro. Dodô (José de Abreu) pede que a juíza continue com as formalidades. Mas, quando Clóvis faz os votos, numa intensa declaração de amor a Gorete, ela cai num pranto desesperado de culpa. Diante de todos os convidados, Gorete anuncia que não vai mais se casar e confessa que mentiu sobre a paternidade do filho: Dodô (José de Abreu) não é o pai de Badu, e sim, Natalino.

Em choque, Clóvis e toda a família pedem para interromper a cerimônia e decidem conversar com Gorete em particular. Dentro de casa, a aspirante a cantora explica que mentiu por amor ao filho, porque desejava que Badu tivesse um bom pai. Ainda assim, ela é acusada de farsante, principalmente por Dodô, o mais prejudicado com a história.

Naná (Arlete Salles) é a única a defender Gorete, que se despede de Clóvis. Antes de partir, ela faz um carinho no amado, que, inesperadamente, a impede de sair e diz que quer se casar com ela mesmo assim.

Pressionado, o caçula dos Falcão alega que o amor é o que importa na relação entre os dois. E que já se considera pai de Badu, independentemente de qualquer laço de sangue. Gorete mal acredita no que ouve. A família, comovida, dá o aval para que o casamento aconteça.

Ao som de “Sal na pele”, a noiva entra ao lado de Dodô. Frente à juíza, o casal confirma a união. Clóvis dá um beijo apaixonado em Gorete, e Badu se junta a eles para celebrar o momento.

As cenas estão previstas para irem ao ar a partir desta quinta-feira, dia 11.

Feira de Frankfurt pode alavancar crescimento das vendas de livros brasileiros no mercado internacional

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RIO - Em meio à crise que desanima a compra de livros e direitos autorais na Feira de Frankfurt deste ano, que começou nesta quarta-feira (10/10), publishers brasileiros buscam ver um outro lado, mais positivo, da história: o evento tem sido encarado como uma alavanca para retomar o crescimento nas vendas.

Segundo dados do Projeto Brazilian Publishers — uma parceria Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e da Câmara Brasileira de Livros (CBL) para exportações —, depois de quatro anos de queda, as negociações com outros países voltaram a crescer. As vendas, que caíram de US$ 2,9 milhões em 2013 para US$ 948 mil no ano passado, de janeiro a julho de 2018 já chegaram a US$ 814 mil.

— Até o final do ano, esperamos ficar entre US$ 1,3 milhão e US$ 1,5 milhão. Para alcançarmos esta expectativa, ainda temos que exportar entre US$ 480 e US$ 680 mil — calcula o gerente do projeto, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes, animado com as perspectivas da feira alemã, o maior evento do mercado editorial do mundo. — Nossa expectativa de negócios para Frankfurt 2018 é de US$ 650 mil. Não só no evento, mas nos próximos 12 meses. Isso porque Frankfurt não é apenas uma excelente oportunidade de negócios para os empresários, mas o início da nossa preparação para o ano seguinte. É aqui que iniciamos as negociações para as participações nas feiras de Buenos Aires e Bogotá.

leia mais sobre o mercado editorial

Das três feiras de que o Brazilian Publishers participa com estande (Bolonha e Guadalajara, além de Frankfurt), a alemã é a que conta com mais empresários. Em 2013, quando o Brasil foi o país homenageado lá, o evento contou com um número recorde de quase 180 brasileiros.

Passada a homenagem e com a crise que se aprofundou, a partir de 2014, a participação do país voltou paulatinamente a um tamanho mais modesto, oscilando entre 25 e 30 editores nacionais com foco em exportações. Este ano, 22 editoras brasileiras irão ao evento pelo Brazilian Publishers, além de outras seis que confirmaram a ida, mas sem o apoio do projeto. O maior problema para elas é a desvalorização do real.

— Hoje, nossos mercados alvo são China e América Latina, com destaque para Colômbia, Argentina e México. São os três países que possuem os principais eventos internacionais voltados para compra e venda de livros e direitos autorais: FIL, em Guadalajara; Filbo, em Bogotá; e a Feira do Livro de Buenos Aires — esclarece Aguiar de Menezes.

CUENCA, GEOVANI E BIANCA

Os três jovens autores brasileiros dos livros “O Sol na Cabeça”, “Quando me descobri negra” e "A morte de J.P. Cuenca" foram selecionados pelo Ministério da Cultura (MinC) para participar da Feira de Frankfurt deste ano, que termina domingo: Bianca Santana, Geovani Martins e João Paulo Cuenca vão participar de debates com outros autores latino-americanos.

Geovani estará na mesa “A Nova Literatura da América Latina”, no sábado. Bianca debaterá o que é ser uma representante das “Escritoras da América Latina”, no domingo. Cuenca estará em duas conversas: “Literatura Política”, nesta quinta-feira, e “Língua Portuguesa”, no sábado.

A indicação de novos autores premiados, com obras traduzidas no exterior, e que incluam em seus trabalhos a diversidade da cultura brasileira são alguns dos critérios levados em consideração para a seleção dos escritores. O MinC arca com uma ajuda de custo e as passagens dos autores. Neste ano, o investimento foi de R$ 18 mil.

Feira de Frankfurt: venda de livros brasileiros no mercado internacional deve crescer este ano

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RIO - Em meio à crise que desanima a compra de livros e direitos autorais na Feira de Frankfurt deste ano, que começou nesta quarta-feira (10/10), publishers brasileiros buscam ver um outro lado, mais positivo, da história: o evento tem sido encarado como uma alavanca para retomar o crescimento nas vendas.

Segundo dados do Projeto Brazilian Publishers — uma parceria Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e da Câmara Brasileira de Livros (CBL) para exportações —, depois de quatro anos de queda, as negociações com outros países voltaram a crescer. As vendas, que caíram de US$ 2,9 milhões em 2013 para US$ 948 mil no ano passado, de janeiro a julho de 2018 já chegaram a US$ 814 mil.

— Até o final do ano, esperamos ficar entre US$ 1,3 milhão e US$ 1,5 milhão. Para alcançarmos esta expectativa, ainda temos que exportar entre US$ 480 e US$ 680 mil — calcula o gerente do projeto, Luiz Alvaro Salles Aguiar de Menezes, animado com as perspectivas da feira alemã, o maior evento do mercado editorial do mundo. — Nossa expectativa de negócios para Frankfurt 2018 é de US$ 650 mil. Não só no evento, mas nos próximos 12 meses. Isso porque Frankfurt não é apenas uma excelente oportunidade de negócios para os empresários, mas o início da nossa preparação para o ano seguinte. É aqui que iniciamos as negociações para as participações nas feiras de Buenos Aires e Bogotá.

leia mais sobre o mercado editorial

Das três feiras de que o Brazilian Publishers participa com estande (Bolonha e Guadalajara, além de Frankfurt), a alemã é a que conta com mais empresários. Em 2013, quando o Brasil foi o país homenageado lá, o evento contou com um número recorde de quase 180 brasileiros.

Passada a homenagem e com a crise que se aprofundou, a partir de 2014, a participação do país voltou paulatinamente a um tamanho mais modesto, oscilando entre 25 e 30 editores nacionais com foco em exportações. Este ano, 22 editoras brasileiras irão ao evento pelo Brazilian Publishers, além de outras seis que confirmaram a ida, mas sem o apoio do projeto. O maior problema para elas é a desvalorização do real.

— Hoje, nossos mercados alvo são China e América Latina, com destaque para Colômbia, Argentina e México. São os três países que possuem os principais eventos internacionais voltados para compra e venda de livros e direitos autorais: FIL, em Guadalajara; Filbo, em Bogotá; e a Feira do Livro de Buenos Aires — esclarece Aguiar de Menezes.

CUENCA, GEOVANI E BIANCA

Os três jovens autores brasileiros dos livros “O Sol na Cabeça”, “Quando me descobri negra” e "A morte de J.P. Cuenca" foram selecionados pelo Ministério da Cultura (MinC) para participar da Feira de Frankfurt deste ano, que termina domingo: Bianca Santana, Geovani Martins e João Paulo Cuenca vão participar de debates com outros autores latino-americanos.

Geovani estará na mesa “A Nova Literatura da América Latina”, no sábado. Bianca debaterá o que é ser uma representante das “Escritoras da América Latina”, no domingo. Cuenca estará em duas conversas: “Literatura Política”, nesta quinta-feira, e “Língua Portuguesa”, no sábado.

A indicação de novos autores premiados, com obras traduzidas no exterior, e que incluam em seus trabalhos a diversidade da cultura brasileira são alguns dos critérios levados em consideração para a seleção dos escritores. O MinC arca com uma ajuda de custo e as passagens dos autores. Neste ano, o investimento foi de R$ 18 mil.

Festival Intercâmbio de Linguagens apresenta no Rio espetáculos inovadores de circo e teatro

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RIO - Uma bicicleta que ascende rumo à Lua. Dois acrobatas que parecem flutuar no ar. E mesmo um palhaço que apresenta um espetáculo chamado “Exceções à gravidade”. Na 16ª edição do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, que acontece de sexta até 21 de outubro no Teatro Riachuelo e no Espaço Cultural Sérgio Porto, é evidente a busca pela leveza.

— Estamos trazendo esperança, poesia e reflexão em tempos difíceis — conta a criadora do FIL, Karen Acioly.

Ela acredita que o festival pode promover um momento de pausa durante o período eleitoral:

— Sabíamos que era um risco total fazer o FIL bem na época das eleições, mas a gente tinha que respeitar a agenda das companhias. Quando percebemos o que estava acontecendo no Brasil, vimos que tínhamos que trazer inspiração. Não podemos deixar de persistir na arte.

Logo na abertura, o FIL já promete um deleite visual, com o espetáculo “Santa Madera”, que acontece nesta sexta, às 17h, e no sábado, às 19h, no Teatro Riachuelo.

— Quando assisti ao “Santa Madera” pela primeira vez, fiquei chocada com o silêncio das crianças e dos adolescentes na plateia. É um espetáculo para todo mundo. Eles fazem isso sem nenhuma palavra, e você fica submerso num profundo encantamento. Cada pessoa vai a um lugar diferente com a experiência — diz Karen.

Segundo ela, este foi o ano mais árduo para viabilizar a realização do festival, que acontece desde 2003.

— Todo ano eu penso que a viagem vai ser menos desafiadora, e não é. Estamos totalmente no risco em relação aos incentivos locais e internacionais. Queremos entregar tudo com um grau de excelência, na esperança de algum dia ver o trabalho florescer — comenta ela, que assiste anualmente a centenas de espetáculos, em diversos festivais pelo mundo, para fazer a curadoria do FIL.

Destaques da programação

“Santa Madera”. Realizada pela companhia francesa MPTA, a apresentação, inspirada nos rituais sagrados dos povos indígenas, conta com os artistas Juan Ignacio Tula e Stefan Kinsman, que desafiam a gravidade com movimentos na roda cyr, um dos instrumentos mais desafiadores do circo. Sexta, às 17h, e sábado, às 19h, no Teatro Riachuelo.

“Quando as pessoas andam em círculos”. Uma empreitada da Artesanal Cia. de Teatro, a peça discute a realidade da juventude do Rio de Janeiro a partir de personagens que ficam presos em uma balada, na iminência de um ato terrorista. Classificação indicativa de 16 anos. Domingo e segunda-feira, às 20h30m, no Espaço Cultural Sérgio Porto. 79288652_SC - FIL - espetáculo Lua Gigante - Fotos de Renato Mangolin.jpg

“Lua gigante”. Uma produção para crianças, também da Artesanal, o espetáculo mescla circo contemporâneo e teatro de sombras para imaginar uma bicicleta que voa rumo à Lua. A partir de 3 anos. Sábado e domingo, às 17h, no Sérgio Porto.

“Exceções à gravidade”. Um dos palhaços mais famosos do mundo, o americano Avner Eisenberg leva o público à risada ao mesmo tempo em que reflete sobre a sua função. A partir de 6 anos. Domingo, às 17h, no Teatro Riachuelo.

“Meninas e seda”. Misturando linguagens, a francesa Séverine Coulon discute questões em torno da autoaceitação ao contar a história de Anne, uma menina que não gosta de sua pele e acha que encontrará a felicidade num vestido.

Com mais de cem mil fotos, acervo de Walter Firmo é digitalizado no Instituto Moreira Salles

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Zibia Gasparetto, escritora espírita, morre aos 92 anos

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RIO — A escritora espírita Zíbia Gasparetto morreu aos 92 anos em São Paulo. A notícia foi publicada pela editora Vida & Consciência, fundada pela médium best-seller com seus filhos Luiz Antonio e Silvana Gasparetto, nas redes sociais.

"Hoje, o astral recebe com amor uma de suas representantes na Terra", diz a mensagem. "Esse legado será eterno e os conhecimentos de Zibia sobre as relações humanas e espirituais serão transmitidos por muitas e muitas gerações. Ela segue em paz ao plano espiritual, olhando por todos nós".

Zibia

Segundo a editora, Zíbia publicou 58 obras e teve mais de 18 milhões de livros vendidos. Nascida em Campinas, interior do estado de São Paulo, a autora se tornou um dos maiores nomes da literatura espírita.

Entre seus principais livros estão "O amor venceu", "Tudo tem seu preço" e "Eles continuam entre nós". Sua obra contribuiu para o fortalecimento do mercado editorial espiritualista e para a difusão da religião espírita através de relatos psicografados.

Em maio, Zibia perdeu o filho Luiz Antonio Gasparetto, de 68 anos, em decorrência de um câncer de pulmão. Também médium e escritor, Luiz apresentou ainda o programa "Encontro marcado", na RedeTV!, onde tentava conciliar famílias brigadas.

O velório será realizado nesta quinta-feira no Cemitério de Congonhas, às 10h00, e o sepultamento, no mesmo local, às 15h00.

Roger Waters reage a vaias e se diz 'censurado' em segundo show em São Paulo

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RIO — Na segunda apresentação de sua turnê brasileira, nesta quarta-feira, Roger Waters ironizou as vaias recebidas na noite anterior, quando exibiu a mensagem "#Ele Não" no telão de seu palco, também na Arena Palmeiras, em São Paulo. Na imagem em que o ex-líder do Pink Floyd denuncia o crescimento do neo-fascismo, a menção ao Brasil e a Bolsonaro foi coberta por alguns segundos pela mensagem "ponto de vista político censurado".

Próximo ao fim do show, o telão que exibira, na noite anterior, o #EleNão, mostrou apenas a mensagem "nem fodendo" — que já aparecia no muro da turnê "The Wall", de 2012, em resposta à pergunta feita na letra da canção "Mother": "Mother, should I truste the government" (ou, "Mãe, eu deveria confiar no governo?"). Waters explicou a decisão e falou sobre seu ativismo, antes de abrir o bis do show, com a própria "Mother".

“No show de ontem, não só no estádio, mas na saída, houve alguns fatos tristes. Mas minha sugestão é essa. É do nosso interesse, como comunidade humana, criar um futuro para nossos filhos e futuras gerações. Teremos de achar um jeito de usar nossa luta para combater os porcos”, disse, fazendo uma referência a "Pigs (Three different ones)", uma das canções do show.

Roger Waters manifestação segundo show

Nas redes sociais, o novo protesto causou confusão. Alguns usuários viram apenas a imagem com a tarja que cobria o nome de Bolsonaro, entendendo que o cantor teria sido realmente censurado.

Links Roger Waters

Quando alguns começaram a gritar “ele não”, Waters se esquivou:

“Eu não faço ideia do que vocês estão gritando. Eu estou fora dessa conversa. Mas ouçam: eu sinto o amor neste lugar e queremos que este futuro seja com o reconhecimento de que os direitos individuais são importantes. E todas as etnias, religiões e nacionalidades merecem ter os direitos humanos básicos”, disse.

Uma foto no Instagram mostrou, mais cedo, um grupo na arquibancada carregando uma faixa com os dizeres "Fuck you, Roger. Play the song" (, ou "vai se foder, Roger. Toque a música", em tradução direta), o que causou revolta de parte do público. Agentes que faziam a segurança do show precisaram intervir.

Instagram Faixa Roger Waters

Após os dois shows na capital paulista, Waters parte para Brasília (13), Salvador (17), Belo Horizonte (21), Rio (24), Curitiba (27) e Porto Alegre (30). No Rio, o Maracanã será o palco. Ainda há ingressos para todas as apresentações

Waters fez seu primeiro show no Brasil em 2002, com uma coletânea dos sucessos do Pink Floyd e de sua carreira solo. Em 2007, voltou com a turnê que apresentava o clássico “Dark side of the moon“ na íntegra. Cinco anos depois foi a vez de os brasileiros assistirem ao impactante “The Wall”, com as impressionantes projeções no gigantesco muro que ia sendo construído conforme o show avançava — para ser derrubado no final — e a homenagem a Jean Charles, o brasileiro morto pela policia de Londres.

Veja o repertório completo do show:

Set 1:

"Breathe" (Pink Floyd)

"One of these days" (Pink Floyd)

"Time" (Pink Floyd)

"Breathe" (Reprise) (Pink Floyd)

"The great gig in the sky" (Pink Floyd)

"Welcome to the machine" (Pink Floyd)

"Déjà vu"

"The last refugee"

"Picture that"

"Wish you were here" (Pink Floyd)

"The happiest days of our lives" (Pink Floyd)

"Another brick in the wall" Part 2 (Pink Floyd)

"Another brick in the wall" Part 3 (Pink Floyd)

Roger Waters_Camila Cara00003.jpg Set 2:

"Dogs" (Pink Floyd)

"Pigs (Three different ones)" (Pink Floyd)

"Money" (Pink Floyd)

"Us + Them" (Pink Floyd)

"Smell the roses"

"Brain damage" (Pink Floyd)

"Eclipse" (Pink Floyd)

"Encore:

"Mother" (Pink Floyd)

"Comfortably numb" (Pink Floyd)

Selena Gomez é internada após sofrer colapso emocional

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RIO — Selena Gomez, internada na última quarta-feira após ser diagnosticada com um colapso emocional, havia sido hospitalizada uma semana antes no Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, Estados Unidos. Segundo o portal de notícias "TMZ", a cantora e atriz descobriu, no fim de setembro, que sua taxa de glóbulos brancos estava abaixo do normal, e desenvolveu uma crise emocional por preocupação.

A queda na taxa pode ser consequência do transplante de rim pelo qual Selena passou em 2017, segundos especialistas ouvidos pelo portal americano.

Nesta semana, Selena sofreu uma crise emocional por conta da preocupação com seu estado de saúde e voltou a ser hospitalizada. No centro médico onde deu entrada pela primeira vez, Selena teria tentado arrancar os fios dos aparelhos e saído do hospital sem autorização.

Selena Gomez tem 26 anos e, em 2017, passou por um transplante renal após ser diagnosticada com lúpus. Nesta quinta-feira, ela está sendo tratadaem um hospital psiquiátrico na costa leste dos EUA, onde é submetida a uma terapia dialética comportamental, uma psicoterapia usada no tratamento de transtornos mentais.

Análise: por que protesto de Roger Waters não deveria surpreender ninguém?

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Amy Winehouse voltará aos palcos na forma de holograma

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LONDRES — Fãs da cantora britânica Amy Winehouse, morta em 2011, aos 27 anos, poderão vê-la nos palcos novamente na forma de um holograma, disse seu pai, Mitch Winehouse, à Reuters.

O show, que deve estrear em 2019, será criado pela mesma companhia que produziu turnês com hologramas para o músico Roy Orbison e para a cantora de ópera Maria Callas. Produtores esperam viajar o mundo com o espetáculo durante três anos.

O holograma de Amy Winehouse será projetado no palco a frente de uma banda que acompanhará a voz de suas gravações originais. Mitch Winehouse disse que todo o lucro da turnê será destinado à Fundação Amy Winehouse, criada após a morte da cantora para ajudar jovens que sofrem de abuso de substâncias e outros problemas.

"Fãs têm clamado por algo novo de Amy, mas, na verdade, não há nada novo" em termos de música, disse Mitch em entrevista. "Nós sentimos que essa seria uma maneira incrível tanto de Amy revisitar seus fãs por meio de um holograma como de arrecadar dinheiro para nossa fundação".

Vista como uma das cantoras mais talentosas de sua geração, Amy Winehouse morreu em julho de 2011 em sua casa, em Londres, ao 27 anos. A cantora, conhecida por sucessos como "Rehab" e "Back to Black", sofreu com problemas relacionados a bebida e drogas durante grande parte de sua carreira.

Para criar o holograma, a empresa BASE Hologram, responsável pelo projeto, contratará uma atriz para imitar os movimentos de palco de Amy Winehouse e concluirá a imagem com próteses e imagens geradas por computador, de acordo com o diretor executivo da empresa, Brian Becker. A tecnologia permite que a projeção se mova pelo palco, disse ele.

"Faremos o melhor que pudermos em termos de honrar seu legado", disse Becker. "Esta é uma celebração."

O show provavelmente durará entre 75 minutos e 110 minutos, disse Becker. Mitch Winehouse reconheceu que pode ser difícil para ele assistir ao holograma, mas disse acreditar que sua filha aprovaria o projeto, especialmente porque vai ajudar sua fundação.

"O legado dela não é mais só sobre música", disse. "O legado dela é sobre algo a mais. É sobre ajudar os mais jovens".

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