RIO - Calmaria? Que nada! A região de Everglades, na Flórida, continua bombando na terceira temporada de “The Glades”, no ar no A&E. Se o segundo ano da série foi cheio de ação, desta vez o drama policial foca também nas relações pessoais entre os personagens. É o que conta o ator Carlos Gómez, em teleconferência com jornalistas da América Latina.
— Na segunda temporada, os produtores quiseram fazer de “The Glades” um programa policial mais... Comum, com mais ação e coisas do tipo. Este ano está mais interessante, vamos mostrar mais as relações entre as pessoas — revela o ator, que interpreta Carlos Sanchez, parceiro do mocinho Jim Longworth (Matt Passmore). — O público vai saber mais sobre Callie (Kiele Sanchez) e Longworth, e sobre a relação do meu personagem com a família.
Na trama, Carlos vive um médico que trabalha na área criminal, supervisionando os exames toxicológicos e autópsias feitas no laboratório criminal do Departamento Legal da Flórida. Foi lá que conquistou a amizade de Longworth, o policial transferido de Chicago para assumir uma rotina bem diferente no estado ensolarado.
— Sanchez enxerga Longworth como um bobão. Às vezes simplesmente não acredita nas trapalhadas que o parceiro faz, mas ele é um ótimo detetive — defende o ator, de 50 anos.
A química entre a dupla vem agradando. “The Glades” foi renovada para mais uma leva de 13 episódios graças à boa audiência que a temporada atual — já terminada nos Estados Unidos — conquistou:
— Depois de três anos, os roteiristas sabem bem quem são os personagens e para onde querem que eles sigam. Acho que isso faz muita diferença com relação às séries que são mais sobre as especificidades técnicas da polícia, como “CSI: Miami”, ou mesmo “CSI”.
Mas engana-se quem pensa que a história vai enveredar de vez por um lado mais sentimental:
— Além da ação, vamos continuar a mostrar o céu azul e as mulheres bonitas de Miami!
Nascido em Nova York, filho de pais latinos, Gómez festeja a boa repercussão de Sanchez, um ótimo profissional, colega leal, bom marido e pai dedicado:
— É importante que o público americano veja na TV um bom personagem latino, que é médico e não bandido. Estão surgindo mais bons papéis do tipo, e o estereótipo vai desaparecer. Hollywood está vendo que somos uma população crescente.