RIO - A grande diversão dos fãs do Oscar é apostar em quem vai ganhar e sugerir quem deveria ser o verdadeiro vencedor. Todo mundo tem uma preferência, acompanhada de um argumento para definir o favorito. Uma das frases que mais se ouve é: “Isso não é filme de Oscar”. Trata-se de um aforismo delicado. O que diabos teriam a ver obras como “O artista” (melhor filme de 2011), “O discurso do rei” (2010), “Guerra ao terror” (2009), “Quem quer ser um milionário?” (2008) ou “Onde os fracos não têm vez” (2007)?
Mas, seguindo a diversão de fazer apostas, vale dar uma olhada em como anda a lista dos favoritos. Hoje, a vitória de “Argo” é dada como certa pelos analistas, assim como a de Daniel Day-Lewis como melhor ator, por “Lincoln”, e a de Anne Hathaway como atriz coadjuvante, por “Os miseráveis”.
Nas outras categorias, pode-se esperar alguma surpresa, mas também não muita — raramente acontece algo completamente inesperado no Oscar. A melhor atriz deve ser Jennifer Lawrence, por “O lado bom da vida”, mas a francesa Emmanuele Riva (“Amor”), que completa 86 anos hoje, vem ganhando força. Já a disputa para ator coadjuvante envolve três possibilidades: Christoph Waltz, levemente favorito por “Django livre”; Tommy Lee Jones, por “Lincoln”; e Philip Seymour Hoffman, por “O mestre”.
Na direção, como vários dos cineastas concorrentes a melhor filme ficaram de fora, é dado como certo que o Oscar vai ficar entre Steven Spielberg (“Lincoln”) e Ang Lee (“As aventuras de Pi”), com vantagem para o primeiro.
Já nas categorias de animação, documentário e filme estrangeiro, “Detona Ralph”, “Searching for sugar man” e “Amor” são apostas confiáveis. Mas, no Oscar, tudo pode acontecer.