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“Rosa de Ouro”, a apoteose de um gênero marginal

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RIO - O samba, que em 1965 vivia um surto de redescoberta graças ao espetáculo “Opinião” (com Nara Leão, Zé Kéti e João do Vale) e às noitadas no bar Zicartola, de Cartola e Dona Zica, teve seu momento de glória com o “Rosa de Ouro”. Arquitetado, ainda no Zicartola, pelo poeta e compositor Hermínio Bello de Carvalho, o musical foi montado para ocupar pelo período de um mês o Teatro Jovem, que ficara vago por causa da viagem de uma peça. O sucesso foi imediato. “Rosa” ficou em cartaz por um ano, correu o Brasil, teve segunda temporada e rendeu dois LPs.

Para conduzir o desfile dos mais refinados sambas (de nomes como Paulo da Portela, Nelson Cavaquinho, Cartola, Lamartine Babo, Sinhô e Ismael Silva), Hermínio convocou Aracy Cortes, grande estrela do teatro de revista nos anos 1920 e 1930, que estava injustamente esquecida. E apostou em Clementina de Jesus, ex-empregada doméstica que ele revelara, um ano antes, no show “O menestrel”, com o jovem violonista Turibio Santos.

— O “Rosa de Ouro” trouxe para a boca de cena o samba como ele era e mostrou que era possível fazer algo de qualidade com um gênero marginalizado — analisa o presidente do bloco Timoneiros da Viola, Vagner Fernandes.


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