Quantcast
Channel: OGlobo
Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716

Brasileira que cantou com Thievery Corporation e Nouvelle Vague lança 1º disco solo

$
0
0

RIO - Quantos artistas podem se orgulhar de fazer um disco com jaboticabalência? Só mesmo Karina Zeviani, que, depois de passar seis anos pelo mundo em shows com os grupos Thievery Corporation e Nouvelle Vague, lança agora o seu primeiro solo. “Amor inventado” (Som Livre) é o disco em que conta a história da menina que nasceu na pequena Jaboticabal (interior paulista), que foi baliza de banda marcial, que comeu muita pipoca nos circos mambembes de domingo, que ouvia o avô tocar sanfona no sítio e que, na adolescência, repentinamente se viu como modelo fotográfico, fazendo trabalhos na Alemanha, onde, em mais uma reviravolta, se descobriu na música, num karaokê.

— Esse disco tem uma pegada quase infantil. Minha musicalidade instintiva e rudimentar foi preservada. É pop artesanal — define a cantora, que se radicou no Rio há pouco mais de um ano. — Já fiz o que tinha que fazer lá fora.

O disco solo, em que planejava relatar “as aventuras de Karina no país que ela criou”, era uma ideia que a rondava desde que abandonou a carreira de modelo para cantar nos bares alemães. Em 2001, quando morou pela primeira vez no Rio, Karina chegou a gravar quatro músicas suas. Mas a produção não agradou gravadoras, o que a empurrou para uma temporada em Londres, onde fez imersão na música eletrônica e no maracatu.

Em 2003, foi a Nova York, onde encontrou o percussionista brasileiro Mauro Refosco, que entregou uma cópia do seu disco ao brasilianista emérito David Byrne. Envolvido com um projeto de trip-hop de sabores brasileiros, o Thievery Corporation, Byrne recomendou Karina ao grupo quando a vocalista das suas músicas de maior sucesso, Pam Bricker, cometeu suicídio. Em 2005, a brasileira entrou no turbilhão de gravações e shows com o Thievery, até que começou a bater o enfado com a rotina de cantar as mesmas músicas.

Três anos se passaram e ela foi convidada para outro projeto: o Nouvelle Vague, banda francesa especializada em versões bossa nova de sucessos do pós-punk e da new wave. Foi um dos líderes do Nouvelle, Marc Collin, que a ajudou a dar a partida em “Amor inventado” e que a incentivou a ser sua própria produtora.

Assim, as gravações começaram em Paris e se estenderam por NY, SP e Salvador. Karina reuniu canções nascidas de diversas inspirações, como a circense “Buiu” e o quase-fado “Carta”. Disco pronto, só faltava uma gravadora para lançá-lo.

— A Som Livre achou algumas músicas maluquinhas e me pediu algo mais na linha de “Maria Rosa” (faixa violeira) — diz ela, que veio, logo em seguida, com a alegre “Não peço permissão” e com “Update”, para fechar o repertório.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>