RIO — Desde que recuperou o respeito que lhe era devido e voltou a gravar com mais regularidade, Erasmo Carlos pôde abandonar os discos-padrão que a indústria lhe impunha, ao sabor das modas, e se deu o direito de ousar aqui e ali. Não apenas um álbum com canções inéditas de alta qualidade, “Gigante Gentil” é um extravagante exercício de reconexão.
Quem se perguntava como seria, hoje, um disco daquele Erasmo dos anos 1970 — roqueiro, romântico, filósofo — tem aqui a resposta completa. Da sonoridade à capa (evocativa daquela de 1975, do “Projeto Salvaterra”), tudo parece ter passado pela máquina do tempo.
Cotação: Ótimo