Quantcast
Channel: OGlobo
Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716

‘Frozen’ estreia no Brasil em 3 de janeiro após liderar bilheteria nos EUA e ser indicado ao Globo de Ouro

$
0
0

RIO - Chris Buck se diz “perplexo”. Ele e a colega Jennifer Lee ainda tentam digerir a repercussão de “Frozen — Uma aventura congelante” desde a sua estreia nos Estados Unidos, em novembro (no Brasil, o filme será lançado em 3 de janeiro). A nova investida da Disney, dirigida pelos dois, foi recebida de braços abertos pela crítica americana, que aclamou o visual gelado, as pitadas de tempero sombrio e os números musicais. Apagou o fogo de “Jogos Vorazes — Em chamas” e tirou o épico com Jennifer Lawrence do topo das bilheterias. Neste mês, recebeu duas indicações ao Globo de Ouro (melhor animação e canção, por “Let it go”), e a imagem de um Oscar fica cada vez mais sólida no horizonte.

— Foi em algum momento durante o verão que percebemos que o filme seria mais grandioso do que imaginávamos — lembra Lee, que, além de ser a primeira mulher a assinar o roteiro de um longa animado da Disney desde Noni White, em “Tarzan” (1999), faz a sua estreia na direção. — Isso foi possível porque, de “Enrolados” (2010) a “Frozen”, passando por “Detona Ralph” (2012), o estúdio se dedicou a criar personagens e escopos cada vez mais expressivos. Além disso, Kristen e Robert Anderson-Lopez (letristas) fizeram uma abordagem nova e, ao mesmo tempo, clássica.

Adaptado do conto de fadas — publicado em 1845 — de Hans Christian Andersen, autor de “A pequena sereia”, o longa aborda a jornada da jovem Anna (voz de Kristen Bell, no original) em busca da irmã Elsa (Idina Menzel), que se isola em um castelo de gelo no dia da coroação, após seu poder congênito de congelar tudo ao redor fugir de controle. Afora um ou outro personagem de índole questionável, chama atenção na trama a falta de uma figura que reúna os traços tradicionais de vilão.

— O tema da história de Andersen é menos sobre o bem contra o mal, e mais sobre o amor contra o medo ou a negatividade. Eu nunca tinha feito algo assim — diz a cineasta, que vê na “mudança dos tempos” o aumento da presença feminina em animações recentes, como “Enrolados” e “Valente” (2012), da Pixar. — Somos cineastas contemporâneos, e são personagens com os quais o público moderno se identifica.

O que chamou a atenção de Chris Buck no projeto foi a possibilidade de criar um mundo praticamente todo ambientado na neve e no gelo (“Queria levar o público a lugares desconhecidos”, ele diz). Mas os produtores não ficaram sempre no conforto do estúdio só porque o universo de “Frozen” foi criado a partir de storyboards e computadores. A equipe enfrentou o frio do Canadá e da Noruega, onde estudou a cristalização e a maneira com que a luz é refletida e refratada em uma imensidão de flocos brancos.

— Também observamos a arquitetura e as roupas nesses locais. São lugares tão ricos. Levamos a inspiração para as telas — explica Buck, para quem o maior desafio de comandar uma animação (ele também dirigiu “Tarzan” e “Tá dando onda”) é “ser paciente”. — “Frozen” demorou cerca de quatro anos para começar a ser rodado, porque as ideias originais foram modificadas diversas vezes. É um jogo de paciência organizá-las em um filme.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>