RIO - Kevin Spacey é protagonista da ousada e inovadora série “House of cards”. Não tanto pelo roteiro, mas pela maneira como ela foi divulgada para o mundo. Seus 13 episódios foram lançados numa tacada só através da Netflix, sem TV, sem DVD, somente pelo recurso “on demand” em streaming na internet. Portanto, é com propriedade que o ator faz uma previsão de mudança para a exibição de seriados na TV e lançamento de filmes no cinema. Ele sugere que os longas devam ser lançados mundialmente na telona e “on demand” ao mesmo tempo.
“Imagino que virá um tempo em que alguém vai fazer 13 horas de uma história sem intervalos. Eles não vão dar fim a um episódio, mas vão deixar o público escolher quando deve fazer uma pausa. De alguma maneira, eles já fazem isso agora. Seria interessante como algo deste tipo pode evoluir o espectador”, disse o ator, segundo o jornal "The Guardian".
A análise de Spacey ainda vai além. Ele acredita que esta mudança seria também uma forma de combate à pirataria. Algumas produções aderiram o combo estreia simultânea no cinema e “on demand”, como “Margin Call - o dia antes do fim” (2011), que tem Spacey no elenco, e “Pelos olhos de Maisie” (2012), com Julianne Moore.
Mas e as pessoas parariam de ir ao cinema?
“As pessoas amam sair e dividir experiências. Elas sempre farão isso”, rebate. “Por que ‘Game of thrones’ é a série mais pirateada da história da TV? Porque as pessoas não conseguem ter acesso a ela rápido o bastante. Além disso, se você for ao cinema, adorar um filme e, na saída, encontrar já o DVD à venda, você compraria. Isso minimizaria muito a pirataria”.