RIO - Estrela de cults do cinema francês, com destaque para o polêmico "A mãe e a puta" (1973), Bernadette Lafont morreu nesta quinta-feira, aos 74 anos, em decorrência de uma insuficiência cardíaca. A atriz, que trabalhou com diretores como François Truffaut ("Uma jovem tão bela como eu") e Louis Malle ("O ladrão aventureiro") estava internada desde segunda-feira, para tratamento médico com cardiologistas.
Imortalizada por sua beleza e pela intelectual que imprimia em suas personagens, mesmo nas comédias mais rasteiras, Bernadette atuou em sucessos de público e crítica desde sua estreia, em 1957, em "Os pivetes", o segundo curta-metragem da carreira de Truffaut. Ainda década de 1950, ela participou de "Nas garras do vício" (1958), de Claude Chabrol, um mestre na França em matéria de suspense. Com ele, Bernadette fez ainda o campeão de bilheteria "Inspetor Lavardin" (1986).
Participou também do elenco "Crime no carro-dormitório" (1965), o primeiro longa-metragem de Costa-Gavras. Três anos depois atuou em "Le révélateur", de Philippe Garrel, e trabalhou com Jacques Rivette em "Noroeste" (1976). As trocas que estabeleceu nos sets com alguns dos maiores diretores da França estimulou a atriz a dirigir. Em 1996 ela filmou o curta-metragem " Pourquoi partir?", em parceria Bastien Duvall.
Em 2012, Bernadette protagonizou a comédia dramática "Paulette", que surpreendeu exibidores na França. Este ano, estava escalada para trabalhar em "Les vacances du petit Nicolas", de Laurent Tirard, que estreia em julho.