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‘Maze Runner’: metáfora da vida adulta

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Embora seu primeiro longa seja uma adaptação de um best-seller infantojuvenil, ambientado num futuro pouco animador, o diretor estreante Wes Ball vê com muita clareza a singularidade de “Maze Runner — Correr ou morrer”. Para começar, ele rejeita o termo distopia, tão usado para se referir às franquias “Jogos Vorazes” e “Divergente”, e que parece ter sido eleito um baú de ouro pelos grandes estúdios de Hollywood nos últimos dois anos.

— Penso que é como se fosse um filme de náufrago. É sobre garotos presos num lugar, tentando criar uma sociedade própria. Não temos um governo autoritário nem um romance — define o cineasta, até então conhecido apenas pelo curta de animação “Ruin”, sucesso no YouTube.

No filme, em cartaz a partir da próxima quinta-feira, um grupo de meninos é confinado, por tempo indeterminado, num local conhecido como Clareira. Eles não sabem como foram parar lá. De vez em quando, uma nova pessoa é levada ao lugar, sem memória. Para além dos enormes muros que cercam o espaço, está o Labirinto, infestado de criaturas assassinas. Alguns poucos — chamados Corredores — se aventuram a explorar a profusão de caminhos, mas nem todos voltam.

— Vejo a Clareira como uma metáfora para o período anterior à fase adulta. Você vive na casa dos seus pais, come o que eles mandam, e tem as paredes que o cercam. Conforme o tempo passa, você começa a testar limites e vai para o mundo perigoso do lado de fora, onde há muitos rumos a tomar — filosofa Ball, antes de ressaltar que seu objetivo principal não foi “cuspir lições”, mas fazer um filme divertido.

Por conta da premissa, “Maze Runner”, baseado no romance homônimo do americano James Dashner, é comumente comparado a “Senhor das Moscas” e “Lost”. Ball conta que o que o atraiu no projeto foi o conceito de irmandade presente na trama.

fuga como objetivo

Isolados, os jovens tentam sobreviver através da ajuda mútua e da formulação de regras. Mas, assim como as outras histórias sobre confinamento forçado, essa microssociedade começa a se desestruturar, e a fuga dela se torna o objetivo principal.

— Meu objetivo foi criar um mundo palpável em que esses garotos pudessem habitar. Alguns possivelmente não querem arriscar o mundinho perfeito que criaram para si mesmos, afinal, descobriram como viver confortavelmente, com comida, abrigos... Mas, em algum momento, precisam sair de lá.

O custo de produção, reduzido para os padrões hollywoodianos — estima-se que o orçamento tenha ficado em torno de US$ 30 milhões (“Menos da metade do primeiro ‘Jogos Vorazes’”, lembra Ball) — levou o diretor a apostar no talento dos atores para cativar o público:

— Atuar tem a ver com reação. O filme é totalmente baseado em pequenas situações que os personagens encaram. Mesmo sem ter noção de seus históricos, você se identifica com eles pela maneira que reagem. A maneira que um desconhecido se comporta diz muito sobre ele.


Palestra na ArtRio aborda diferenças entre os campos da arte e o design contemporâneo

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RIO — Realizada num espaço de 1800 metros dentro do pavilhão 5 do Píer Mauá, a primeira edição da IDA, uma grande feira dedicada ao design arte, paralela a ArtRio, recebeu na tarde deste sábado não apenas sofisticados objetos, mas reflexões sobre sua natureza e uso. Além de funcionar como um grande ambiente expositivo e de negócios, o pavilhão recebeu dois encontros e palestras sobre a arte e o design contemporâneo. O primeiro bate-papo abordou as oportunidades no mercado do design nacional, e a palestra final, recebeu a curadora e a crítica de arte do GLOBO Luisa Duarte, que falou sobre “As aproximações e distâncias entre arte e design”. A especialista abriu sua exposição pontuando algumas diferenças entre os dois campos, a arte e o design, a partir de uma análise sobre a relação que cada território criativo estabelece com a noção de funcionalidade.

— Numa feira de arte como essa, a arte ou o objeto de arte aparece em primeiro lugar como uma mercadoria, mas antes de essas obras chegarem aqui, elas surgem sem finalidade definida e cumprem o seu papel de obra de arte, que é o de alargar o nosso olhar e fazer a gente ver o mesmo mundo de outra forma — diz.

— Como estamos numa feira que reúne um espaço de arte e um espaço de design é importante pontuar isso, porque a peça ou objeto de design vem ao mundo com uma função determinada.

Luisa citou a filósofa Hannah Arendt, ao elucidar a “razão de ser” não funcional da criação artística: “Os objetos que parecem destituídos de fim são os objetos estéticos, de um lado, e os homens, por outro. Deles não podemos perguntar com que finalidades foram criados”.

— Vivemos uma época que valoriza e nos cobra, o tempo todo, uma extrema funcionalidade, eficácia e finalidade. Sinto, às vezes, como se todos vivêssemos, hoje, em uma espécie de império do design, onde tudo é projetado, formatado e criado para atender de modo mais eficaz possível uma determinada função — disse. — Nesse mundo, a arte e a sua ausência de funcionalidade podem agir como um corte radical nessa dinâmica, quase como uma terapêutica, com uma função espiritual, que nos equilibra, ou como a Hannah Arendt diz, servindo para que a gente se sinta um pouco mais em casa, em meio a um mundo tão árido como esse em que vivemos.

A especialista também apresentou trabalhos de diversos artistas do campo do design, da engenharia e da arquitetura, demarcando e anulando as fronteiras que muitas vezes afastam ou funcionam esses campos como passíveis de serem interpretadas ou vistas como arte.

Funcionado aos moldes de importantes mostras internacionais, como a Design Miami/Basel, a Paris Design Week ou o The London Design Festival, a IDA chamou a atenção do público da Art Rio, que ocupou em bom volume, durante todo o sábado, esta seção dedicada ao design. Com apoio do GLOBO, a IDA lembrou a importância de assinaturas como as de Joaquim Tenreiro, Zanine Caldas, os Irmãos Campana e Sergio Rodrigues, morto na última semana, além de ter apresentado aos visitantes expositores renomados, como o Studio Alê Jordão, Dozen Designers, Studio Ignez Ferraz, Estúdio Maneco Quinderé, Antonio Bernardo/Lumini, Mercado Moderno e Marcos Teldeschi Arte e Design, entre outros.

Jay-Z anuncia nova gravidez de Beyoncé em show

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RIO — Depois dos boatos de divórcio, Jay-Z anunciou que Beyoncé está esperando seu segundo filho durante a apresentação da turnê “On the run”, em Paris. Segundo o site “Radar Online”, o rapper mudou a letra da música “Beach is better” e disse “porque ela está grávida de outro bebê”. O casal, que está junto há seis anos, teve Blu Ivy em janeiro de 2012.

Na semana passada a revista “OK!” já havia levantado rumores de que a cantora poderia estar grávida. “No último mês, Jay-Z tem sido extremamente protetor com ela, igual quando ela estava esperando Blue Ivy”, disse uma fonte à revista. “Ele informou para todos que viajam com eles na turnê que devem usar vozes tranquilas, iluminação e músicas suaves, e disse que ela só deve comer comida orgânica”, completou a fonte.

‘Pablo Escobar: O senhor do tráfico’ estreia mostrando todos os lados do narcotraficante

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O ator Andrés Parra é o protagonista da série "Pablo Escobar: O senhor do tráfico" - / Divulgação

RIO - Maior narcotraficante da história, que acumulou uma fortuna de cerca de US$ 30 bilhões com seus negócios e é até hoje uma das figuras mais controversas da Colômbia, Pablo Escobar tem sua história narrada na série em 74 episódios que o +Globosat exibe a partir desta segunda, às 21h. “Pablo Escobar: O senhor do tráfico” é uma produção ambiciosa, a maior da história da Colômbia. Baseada no livro “La parabola de Pablo”, de Alonso Salazar, teve 1300 atores envolvidos em gravações em 450 locações externas, em lugares como Miami, Bogotá, Medellín e Caribe.

No ar de segunda a sexta, a série chega ao Brasil depois de passar por cerca de 20 países. Na Colômbia, foi um sucesso retumbante: o primeiro episódio foi visto por 11 milhões de pessoas. Tudo isso por causa da enorme influência que a figura de Escobar ainda tem sobre os colombianos: há quem admire e defenda o traficante, cujo nome está vinculado aos assassinatos de pelo menos 10 mil pessoas mas que, ao mesmo tempo, doava casas para a população carente de Medellín e até se ofereceu para pagar a dívida externa da Colômbia em 1984, na época, de 10 milhões de dólares.

“Ainda há muita gente que o odeia e muita gente que o ama. Era um personagem muito complexo. Era um ótimo pai, ótimo marido, filho e amigo, mas também tinha a capacidade de espalhar dor e terror. Alegava ser um defensor dos direitos humanos, mas ao mesmo tempo ordenava um bombardeiro num avião comercial”, descreve, em entrevista à BBC, Andrés Parra, o ator de 36 anos que passou por uma transformação impressionante para viver o protagonista na TV.

A série chegou a sofrer algumas críticas por mostrar o lado adorado do narcotraficante e fazer uma espécie de apologia de sua personalidade. O livro no qual a produção televisiva se baseia é amparado em reportagens e depoimentos de pessoas que estiveram envolvidas com ele.

“A verdade é que a Colômbia se deslumbrou com Pablo Escobar; políticos, atletas, padres, toda a sociedade se apaixonou por ele e o apoiou. Pensar que ele alcançou tudo sozinho é mentira. Por outro lado, nós temos mesmo uma conexão com personagens maus. Alguém diz que ‘Breaking bad’ é uma apologia ao mal? Acabamos torcendo para o mau porque ele faz coisas que não temos coragem”, disse Parra ao jornal peruano La Republica.

Resumos das novelas: Veja o que acontece nos capítulos desta segunda

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RIO — Após flagrar seu filho João Lucas (Daniel Rocha) na casa de Maria Isis (Marina Ruy Barbosa), o Comendador José Alfredo (Alexandre Nero) cobra explicações do rapaz no capítulo desta segunda-feira de “Império”

MALHAÇÃO

Karina quebra o alto-falante do carro de som que Pedro contratou. Dalva tenta descobrir quem foi a última namorada de Alan. Nat liga para Dalva, mas Duca impede a moça de falar com sua avó. João pega o celular de Gael escondido. Sol faz uma declaração para Wallace durante a aula. João pede para René ensiná-lo a operar uma câmera. João observa Bianca e Bárbara separarem as roupas para o falso videobook. Pedro avisa à banda que não conseguirá o dinheiro para pagar o estúdio. Lobão coloca Cobra para treinar com Nat. Duca fala sobre a namorada misteriosa de Alan, e Heideguer avisa que ela precisa ser encontrada. Nat surpreende Cobra e vence a luta.

BOOGIE OOGIE

Susana diz a Madalena que inventou a história da troca de bebês para ficar com Fernando. Daniele avisa a Gilda que Fernando a demitiu por causa de seu namoro com Rodrigo. Sebastiana vê Homero e o aponta para Leonor como o homem que fugiu logo após os tiros na discoteca. Madalena avisa a Fernando que Susana está trabalhando na loja de Vitória. Ricardo pede a Luisa para contar a verdade sobre seus pais a Madalena. Sandra revela a Rafael que Gilda e Fernando são amantes. Beatriz avisa a Célia que Elísio não aceitou o convite para jantar em sua casa. Fernando promete a Susana que terminará com Carlota durante uma viagem que fará com a mulher a Roma. Serginho conta para Vitória que Fernando é amante de Gilda.

GERAÇÃO BRASIL

Davi conta para Manuela o que descobriu sobre Jonas. Gláucia confessa a Jonas por que nunca conseguiu desempenhar o papel de mãe. Rita e Dante contam para Davi e Matias que vão se separar. Lara e Brian se preocupam com a aproximação de Chang e Tomás. Brian afirma a Jonas que Verônica pode arruinar o plano dos dois. Verônica decide terminar seu romance com Jonas. Davi e Verônica descobrem a identidade da pessoa que mandou os e-mails anônimos sobre Jonas.

IMPÉRIO

José Alfredo cobra explicações de João Lucas sobre sua presença na casa de Maria Ísis. Cora decide vender as alianças que foram de Evaldo e Eliane. Cristina e Vicente se beijam. Enrico avisa a Maria Clara que Vicente será o responsável pelo bufê da festa da joalheria Império. Orville pensa em se associar a uma loja de leilões. Xana resolve entregar Luciano para o juizado de menores. Enrico questiona Cláudio e Beatriz ao vê-los saindo cedo de casa. Érika vai para a casa de Téo.

VITÓRIA

Clarice descobre que Gregório foi solto e se desespera, dizendo que Artur corre risco. Diana comemora a liberdade do pai e diz que é bom tê-lo de volta. Nelito mostra cópia da receita da medicação dada a Vitória e Renata comprova que assinatura é de Edu. Edu fica indignado e diz que jamais faria mal à Vitória. Ele diz que Gregório pode estar tentando prejudicá-lo e que vai investigar a história. Gregório diz para Bernardo que Iago confessou ter matado Felipe. Bernardo fica furioso com a acusação e não acredita em Gregório, dizendo que ele deveria voltar para prisão. Clarice diz para Iago que pretende contar para Gregório a verdade sobre Artur e Diana. Iago finge apoiá-la e diz que fará qualquer coisa por ela. Jorge vai até Iago e lhe pergunta se foi ele o responsável por dopar Vitória. Ele diz que reconheceu documento que Iago deu para Edu assinar. Iago lhe olha ameaçadoramente e insinua que vai demiti-lo caso ele conte algo. Quim convence Matilde a fazer entrevista com Paulão e Priscila e marca o encontro. Rafael convence Diana a ficar noiva dele para fazer com que Artur acredite na farsa e desista do exame de DNA. Rosa cobra explicações de PH sobre as roupas de dança e pergunta se ele está tendo um caso. PH fica aflito e diz que a lavanderia deve ter trocado as roupas. Bruno diz que Anastácia não devia ter mentido para ele e decide terminar o namoro. Os dois choram, arrasados. Clarice mente para Artur sobre ida a delegacia e finge surpresa ao saber que Gregório está em liberdade. Priscila e Paulão negam em entrevista dada para Matilde que tiveram algo a ver com a morte de Dinho. Quim conversa a sós com os dois e pergunta se eles tiveram algo a ver com a morte de Enzo. Eles negam tudo e fingem sentir a morte do amigo. Paulão fica furioso ao ouvir Virgulino fazer piada e chamar Quim de gato. Quim segue com a farsa e finge espancar Virgulino no banheiro. Priscila e Paulão escutam, os gritos de Virgulino e sorriem, satisfeitos. Rafael e Diana fazem jantar de noivado. Artur fica em choque ao ouvir pedido de casamento e diz que eles não podem se casar. Ele se desespera com a possibilidade de perder Diana e revela que os dois não são irmãos.

CHIQUITITAS

Tati chora por pensar que Vivi prefere ser modelo do que sua irmã. Vivi pede conselho para Samuca, pois está em duvida se aceita ou não a proposta para modelar por um ano no Rio Grande do Sul. Cris mostra para Samuca como está ficando sua matéria sobre namoro. Carol e Junior combinam que a partir de agora vão sempre conversar sobre qualquer achismo ou mal entendido. Vivi está muito emocionada e conta para Tati que decidiu aceitar a proposta e que não pode desistir de seus sonhos. A garota conta que se pudesse levaria Tati, mas que essa pode ser uma oportunidade única. Mili tenta descobrir quem foi que deixou uma rosa branca na cama dela enquanto dormia. Ela não sabe que foi Miguel. Tati também se emociona e chama a irmã de egoísta. Chico conversa com Vivi e Mili com Tati. Beto e Érica saem para um encontro num bar. Em casa, Carol prepara um jantar com a ajuda de Junior. Os dois se beijam enquanto preparam uma massa. Mili conta uma nova história para as meninas antes de dormir. A história é sobre dois passarinhos, inspirada no conflito entre Tati e Vivi.

Rômulo Neto diz que pretende oficializar união com a namorada Cleo Pires

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Rômulo Neto diz que pretende oficializar união com Cleo Pires - Fabio Seixo / Agência O Globo

RIO — Se na novela “Império”, Robertão é “bicho solto”, na vida real, o ator Rômulo Neto frisa que é bem diferente e conta que planeja oficializar a união com Cleo Pires, com quem já mora junto. Romântico assumido, ele revela que é do tipo que faz surpresas, manda flores e abre a porta do carro para a mulher.

— O momento de oficializar não está muito distante. Existe uma conexão muito forte entre nós, a coisa está fluindo de uma forma natural. Já conversamos sobre o assunto. Não faço questão de igreja, mas de oficializar sim. Tenho uma visão romântica em relação a esses termos de parceria e compromisso — diz o intérprete do malandro.

Filho do ator e nadador Rômulo Arantes, falecido em 2000, o galã falou ainda do desejo de ser pai:

— Tenho muita vontade de ter filhos. Até porque sinto muita falta do meu pai. Acredito que essa parceria com o meu filho vai suprir essa carência de alguma forma. Fora que é uma algo incrível você ter um fruto seu e da mulher que você ama.

Rômulo falou ainda da relação em família com Gloria Pires e Orlando Morais (padastro de Cleo).

— A Gloria é um ser humano tão incrível que não parece ser esse expoente da teledramaturgia brasileira. É de uma simplicidade, caráter e generosidade... Isso a torna essa profissional incrível. O Orlando também. Temos altas conversas.

André Frateschi: Um raro ator que se completa como cantor

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RIO — Apenas ouvir David Bowie na plataforma digital mais próxima não dá a perfeita dimensão do trabalho do mestre dos mil disfarces. É preciso virtualmente tocar seus discos (de preferência no vinil), ver as capas, olhar as fotos e apreciar a arte para captar o recado completo. O mesmo vale para o disco de estreia de André Frateschi, assumido seguidor do mitológico artista britânico, a quem interpretou por quase uma década na noite paulistana, no projeto Heroes. Os primeiros prazeres de “Maximalista” são sentidos pelos olhos e pelos dedos, passeando pelos cativantes desenhos de Fábio Moon, abrindo as três partes do gordo CD, desvendando seu encarte e lendo suas intensas letras.

O prazer seguinte, complementar, é ouvi-lo. Fazendo jus ao título, “Maximalista” é expansivo, grande e barulhento em suas 15 faixas espalhadas por dois discos prateados. Mas não há gorduras ou embutidos musicais. Tudo ali vale a pena. O contexto do álbum é dado pelo nome de uma de suas faixas, “SP, Berlin”: é a vida, muitas vezes solitária e quase sempre frenética, nas grandes cidades, “em meio à fumaça que sai pelos canos”, como ele canta em “Todo homem é uma ilha”, notável citação de “Sonífera ilha”, dos Titãs. Raro caso de ator que se completa como cantor, Frateschi interpreta de forma teatral, mas precisa, sem exageros, seja entre as distorções de “Meta fugidia” ou na balada “Queda” (com a justificável participação de Mike Garson, tecladista de Bowie). E explode, por fim, como se possuído pelo personagem John Constantine, na furiosa “O gosto de raiva” (“Passei as portas do inferno/Eu me alimento de ódio”). Em “Maximalista”, mais é mais.

Obras de arte e objetos da milionária Bunny Mellon serão vendidos em Nova York

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Obras de arte e objetos da milionária Bunny Mellon serão vendidos em Nova York - / New York Times

NOVA YORK — Poucas pessoas visitaram Oak Spring Farms, a grande casa de Rachel Lambert Mellon, mais conhecida como Bunny. Se o tivessem feito, teriam visto um Pissarro sem moldura, como um achado de mercado de pulgas, acima da lareira. No andar superior, uma natureza-morta de Van Gogh estava pendurada acima da banheira. Porcelanas antigas estavam artisticamente organizadas sobre qualquer superfície.

Bunny Mellon foi a matriarca de uma dinastia americana cuja fortuna e obras de arte faziam frente às dos Frick, Carnegie e Morgan. Mais notavelmente, ela foi uma colecionadora apaixonada, representante de uma era que passou. Ela não prestava atenção ao que estava na moda. Não pensava em retorno financeiro. Ao contrário, Bunny tinha um gosto discreto e original, comprando o que amava, livre dos mandamentos de decoradores ou consultores financeiros.

US$ 100 milhões

Bunny era muito discreta e raramente abria sua casa para visitantes. Por isso, quando ela morreu, em março, aos 103 anos, ninguém tinha ideia de tudo que a milionária deixara para trás. Ela deixou milhares de objetos — pinturas, desenhos, joias, bolsas, cestos e até mesmo um caminhão de bombeiro —, que agora vão a leilão pela Sotheby’s. A instituição estima que a coleção de Bunny Mellon pode render US$ 100 milhões.

A Sotheby’s planeja nove dias de extravagância, começando dia 10 de novembro. A ideia é usar as galerias dos dez andares de sua sede em Nova York, a fim de exibir o que estava nas paredes e armários das cinco casas que Bunny dividiu com seu segundo marido. Com preços estimados de US$ 200 (por um tapete de 1940) a US$ 30 milhões (por uma tela de Mark Rothko), a casa de leilões espera atrair não só clientes ricos, mas qualquer pessoa ávida por um pedacinho dos bens de Bunny.

Em 1996, quando a casa de leilões fez uma venda similar do espólio de Jacqueline Kennedy Onassis, houve quem esperasse horas na fila para dar uma olhada nos tacos de golfe de John F. Kennedy ou no anel de diamante de 40 quilates que ela ganhou de Aristóteles Onassis. Aqueles leilões, que duraram quatro dias, renderam US$ 34,4 milhões, seis vezes mais que o esperado.

Na visita que a equipe da casa de leilões fez à propriedade de Bunny, em julho, tudo foi reunido e organizado — como em uma operação militar. Especialistas da Sotheby’s percorreram os mais de 20 pavimentos da propriedade e documentaram cada um de seus quatro mil objetos, catalogando cada xícara e garfo.

Obras vendidas antes

A coleção de Bunny Mellon tem mais de 400 desenhos e pinturas, incluindo obras de Picasso, Georges Seurat, Edward Hopper e Winslow Homer. Colecionadores proeminentes compraram as melhores pinturas antes mesmo de elas irem a leilão. Alexander D. Forger, amigo, advogado e testamenteiro da milionária diz que foi a escolha “prudente”.

— Temos impostos do espólio para pagar — afirma ele, sem revelar compradores e preço de venda, estimado em cerca de US$ 300 milhões.


Documentário que será exibido no Festival do Rio analisa os adolescentes a partir dos 'teen movies'

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RIO - São cenas recorrentes, na realidade ou no cinema. Os ônibus amarelos chegam devagar e param na frente de um pátio de grama, para que os alunos desçam, praticamente quicando ao ritmo da energia da juventude. Os mais bonitos, bem vestidos ou populares se tornam o centro das atenções, eles desfilam, deixando para os cantos os nerds, os tímidos, os góticos ou qualquer grupo excluído pelo ambiente. Eventualmente alguém corre, outros praticam algum esporte, há quem leia algum livro. No fim, o plano mais aberto mostra a entrada do colégio, cercada por um universo de jovens que nas últimas décadas ganhou tanta importância para o cinema ao ponto de os teen movies se tornaram uma categoria que engloba gêneros diversos, do terror de “Prova final” (1998) à aventura de “Homem-Aranha” (2002), da comédia de “Meninas malvadas” (2004) ao drama de “Segundas intenções” (1999).

É esse conjunto de filmes, com o incrível número de cerca de 250 produções, que compõe “Muito além das Patricinhas de Beverly Hills”, documentário inédito no Brasil que será exibido no Festival do Rio (entre os dias 24 de setembro e 8 de outubro). Seu diretor, o jornalista inglês Charlie Lyne, teve o trabalho gigantesco de reunir obras de uma década (1995 a 2004) para analisar esse tipo de cinema e, como consequência, propor um olhar sobre o comportamento dos jovens contemporâneos.

— Eu passei quase três meses não fazendo nada além de ver teen movies. Eu acordava às 8h, me sentava com uma pilha de 300 filmes e assistia a cinco deles diariamente, do início ao fim. Tomava notas detalhadas sobre cada um deles, e a partir daí montei a história que queria contar — diz Lyne, em entrevista por e-mail. — A questão é que existe um ciclo vicioso em relação aos teen movies. Eles atingem as pessoas na idade mais imaginativa e as inspira a trazer elementos do cinema para suas próprias vidas. Depois, a cultura que emerge dessa inspiração acaba servindo como base para a geração seguinte de teen movies. O que quero dizer, portanto, é que os adolescentes imitam os filmes adolescentes, e vice-versa.

“Muito além das Patricinhas de Beverly Hills” é o primeiro longa-metragem de Lyne, ele próprio um jovem, de 23 anos, que assina uma coluna sobre lançamentos de DVD e blu-ray para a edição digital do jornal inglês “The Guardian”. Lyne é, assim, um exemplo de espectador que foi moldado pelos filmes sobre os quais trata em seu documentário.

JOHN HUGHES DE FORA

O filme foi produzido a partir de uma campanha de financiamento coletivo no site Kickstarter em janeiro de 2013, quando arrecadou cerca de R$ 45 mil com o apoio de 505 investidores, a maioria jovens que cresceram assistindo aos teen movies. Desde o início do projeto, o diretor já deixava clara a proposta de fazer um recorte de produções entre 1995 e 2004, evitando os anos 1980, justamente a década que muitos críticos consideram o período dourado dos filmes para adolescentes.

Foi nos anos 1980 que o americano John Hughes, por exemplo, fez “Gatinhas e gatões” (1984), “Clube dos cinco” (1985) e “Curtindo a vida adoidado” (1986), tornando-se um patrono desse tipo de cinema. Foi também nos anos 80 que as séries “Porky’s” (1982) e “A vingança dos nerds” (1984) foram lançadas.

— Nós queríamos atrair as pessoas para um universo cinematográfico específico e não criar um choque em que alguém pule de um filme da década de 1950 para outro atual — explica Lyne. — Os filmes dos anos 1990 e 2000 foram especialmente fascinantes porque eram mais plurais do que o cinema adolescente da década de 1980, esse notório por algumas poucas histórias de sucesso. Ao evitar esses filmes, nós pudemos explorar algumas joias escondidas.

O documentário de Lyne, então, não tem imagens do espetacular “Picardias estudantis” (1982), de Amy Heckerling, o filme que mostrou Sean Penn cabeludo e com cara de mané, mas há dezenas de outras obras semelhantes, a começar pelo título do documentário. Da mesma Amy Heckerling, “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995) é visto por Lyne como um marco depois que seu bom desempenho deu aos estúdios a “confiança para produzir dúzias e dúzias de teen movies”.

— “Patricinhas de Beverly Hills” foi uma sátira maravilhosa e impulsionou a carreira de seus atores. O filme teve um orçamento relativamente baixo, abrindo caminho para que se fizesse uma quantidade imensa de pequenos teen movies — afirma o diretor (veja o trailer do filme abaixo).

É praticamente impossível listar todos os filmes presentes no documentário de Lyne. Mesmo que por um segundo, aparecem cenas de produções internacionais, como o francês “Os sonhadores” (2003) e o mexicano “E sua mãe também” (2001). Por outro lado, alguns longas-metragens ganham mais destaque, com seu enredo e personagens analisados demoradamente, como é o caso de “Um show de vizinha” (2004), “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” (1997), “Jimmy Bolha” (2001), “Olhos famintos” (2001) e “De repente 30” (2004).

Sem nenhuma entrevista, as cena exibidas no documentário são acompanhadas de uma narração, que analisa a formação da sexualidade, as disputas, o bullying, a falta de perspectiva sobre o futuro e muitos temas comuns para os adolescentes. A narradora é a atriz Fairuza Balk, estrela do sucesso “Jovens bruxas” (1996), hoje relegada a papéis menores no cinema.

— Como acontece com a maioria das pessoas, muito da minha adolescência foi formada pelo cinema. Hoje, já adulto, percebo que eu aceitava muitas ideias desses filmes sem questionar. Algumas, sobre autoconhecimento ou identidade sexual, podiam ter um impacto positivo. Mas muitas eram profundamente negativas. Muitos filmes são bastante equivocados ao tratar de de divisão social, raça ou gênero, por exemplo. Mas é inegável que todos afetaram quem eu sou hoje — avalia Lyne.

Violinista francês é solista em concerto da Orquestra Sinfônica de Lucerna

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RIO- Renaud Capuçon é, seguramente, um dos músicos mais atraentes e talentosos de sua geração. O violinista francês, de 38 anos, será o solista no concerto da Orquestra Sinfônica de Lucerna nesta segunda, no Teatro Municipal.

A apresentação será a última da temporada 2014 da série “O GLOBO/Dell’arte concertos internacionais” por um incidente: a vinda da Sinfônica de Beijing, prevista para concluir o ano musical em novembro, acabou comprometida por problemas de logística — como está em turnê pela Ásia, o grupo achou operacionalmente complicado seguir para o Brasil — e foi adiada para 2015.

O público terá, então, a chance de testemunhar a experiência da bicentenária Orquestra Sinfônica de Lucerna. O mais antigo conjunto da Suíça, fundado em 1806, será liderado pelo seu regente principal, o jovem maestro americano James Gaffigan.

Munido do seu violino Guarneri del Gesù “Panette” (1737), que antes de chegar às suas mãos pertenceu ao gigante do instrumento Isaac Stern (1920-2001), Capuçon estará a serviço do “Concerto para violino e orquestra” de Johannes Brahms (1883-1897). A obra, uma das quatro grandes do repertório germânico para o instrumento (ao lado das de Beethoven, Bruch e Mendelssohn), foi gravada faz coisa de três anos pelo artista, com a Filarmônica de Viena, pelo selo Virgin Classics. A orquestra, perita no repertório clássico-romântico, completa o programa com a Sinfonia nº 9 — “A Grande”, de Franz Schubert (1797-1828), a última composta pelo austríaco e que tem uma história curiosa: considerada pesada e difícil, foi rejeitada, só sendo resgatada anos depois da morte do artista. Robert Schumann (1810-1856) descobriu a partitura em uma visita à casa do irmão de Schubert, e tratou, então, de garantir sua estreia na Gewandhaus, de Leipzig, sob a direção de Felix Mendelssohn.

SC exclusivas - O violinista francês Renaud Capuçon, que se apresenta na série OGLOBo/Dell'arte - Divulgação/Kopie / Divulgação

Elogiado por suas interpretações quentes, leves, carregadas de expressão, Capuçon — que esteve no país em 2011, quando tocou com a Osesp — deverá apresentar um Brahms que passa longe de abordagem mais tradicional ou pesada.

— A peça é uma das grandes do repertório. É dedicada ao violinista Joseph Joachim. E foi muito bem escrita para o violino. O que não significa que seja fácil — disse o músico por telefone, de Montevidéu.

Ele diz não saber precisar com clareza o que caracteriza suas interpretações quentes que já arrancaram fartos elogios da crítica especializada (além de uma infinidade de prêmios).

— O que posso dizer é que tento, primeiro, servir ao compositor. Depois, ao público. Acho que toco como sou. Ao tocar, o som a sua alma. Penso no violino, na respiração, em partilhar. É complexo.

“SOU COMPLEXO”

Tão complexo como descrever sua personalidade ou a alma que imagina contagiar com seu jeito de tocar.

— Sou complexo. Mas acho que sou uma pessoa aberta.

Sobre tocar em um violino que pertenceu a Isaac Stern, com quem estudou em uma master class, ele comenta:

— Anos atrás eu jamais pensaria que teria este violino. É uma imensa responsabilidade. É melhor não pensar nela. Penso que, agora, este é simplesmente o meu violino.

Orquestra Sinfônica de Lucerna e Renaud Capuçon

Onde: Teatro Municipal — Praça Floriano s/nº, Centro, (2332-9191)

Quando: Nesta segunda, às 20h30m

Quanto: De R$ 120 a R$ 500

Classificação: Livre

Falta de parceria entre colecionadores e instituições faz com que obras se distanciem do público

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RIO — A obra de Rosangela Rennó, “Menos-Valia (Leilão)”, de 2010, exibia uma coleção de 73 objetos fotográficos adquiridos em feiras de segunda mão. A artista levava para um circuito legitimado — a 29ª Bienal de SP — aquilo que antes era destinado à invisibilidade e, ao realizar um leilão das peças durante a mostra, colocava à luz o fetiche da mercadoria vinculado à arte. “Se a arte pode fazer do lixo poesia, está sujeita a fazer da invenção uma mera cifra” — estas palavras de Moacir dos Anjos sobre “Menos-Valia (Leilão)” nos recorda uma obviedade tantas vezes esquecida: antes de ser uma mercadoria, uma obra de arte é uma invenção endereçada ao mundo.

Há três anos escrevi neste mesmo espaço um artigo sobre a repercussão da primeira edição da feira ArtRio. O texto questionava a euforia causada pelo evento e chamava atenção para as disfunções de um circuito de arte local desequilibrado, no qual o mercado se organizou muito bem enquanto outras esferas, como as instituições públicas, a crítica, as escolas, tinham um peso cada vez menor, deixando que o comércio se tornasse o parâmetro maior de legitimação do trabalho de um artista.

FRAGILIDADE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Passado este tempo vale colocar em pauta um outro debate. Uma reportagem publicada na capa do Segundo Caderno da última quarta-feira mostrava números reveladores: atualmente 76% da venda de obras de arte no Brasil têm como destino colecionadores, e somente 4% instituições. Esses dados levam a algumas considerações. Primeiramente reiteram a fragilidade de nossas políticas públicas de aquisição de acervo, bem como são sintomas de um grau ainda diminuto de parceria entre colecionadores e instituições. Em boa parte do mundo pessoas físicas são a origem de parcela considerável do orçamento de museus para novas aquisições. Em segundo lugar, a estatística sinaliza a existência de uma quantidade esmagadora de trabalhos que fica restrita ao circuito ateliê-galeria-casa do colecionador. Se vivemos em uma época na qual a ética do consumo está demasiadamente aplicada à arte, é importante lembrarmos que a arte é, antes de tudo, um bem comum, no sentido de que sua realização ultrapassa em muito os fins comerciais. Torna-se pertinente começarmos a desenhar dispositivos que levem essas obras para mais perto da esfera pública fazendo com que colecionadores — agentes que possibilitam que os artistas continuem a criar vivendo somente de sua obra e que ativam todo um circuito — possam atuar de maneira mais forte no que toca o papel da arte na formação de nosso país.

A arte contemporânea possui uma natureza capaz de destiná-la a um apartamento do mundo — diferentemente de livros, músicas, filmes; tal situação revela-se uma contradição cruel, pois ali estão sendo muitas vezes cultivadas reflexões ricas sobre o tempo em que vivemos.

Deixemos de lado os nomes considerados históricos e tomemos um volume considerável de artistas jovens ou em meio de carreira que certamente formam a maior parcela dentre os 76% adquiridos por colecionadores, até porque nesse nicho encontra-se um preço menos exorbitante. Esse manancial, o contemporâneo de hoje que será o histórico de amanhã, deveria ser o foco de um projeto que torne viável a circulação de trabalhos destinados a viver entre quatro paredes vistos por pouquíssimas pessoas. Ou seja, não trata-se de competir com museus e instituições públicas obviamente, mas sim de inventarmos novas maneiras de fazer com que essas obras hoje em casas e apartamentos, muitas vezes guardadas e não vistas pelos próprios donos, cheguem, mesmo que temporariamente, mais perto de todos e sejam pensadas, articuladas em público.

Nesse circuito ainda somente imaginado, haveria a tentativa de instaurar um espaço não só de obras expostas, mas de pensamento sobre a arte num sentido expandido. As obras seriam o ponto de partida, mas devido ao seu caráter não formatado, não institucionalizado, poderia haver ali um cruzamento de processos, aproximando diferentes atores da sociedade. Em “Para não dizer que não falei de arte 2”, coluna publicada no dia 12 de agosto neste caderno, Marcus Faustini afirmou: “A distribuição pela malha urbana de espaços de criação e recepção de experiências artísticas pode ser um dos termômetros considerados para medir o direito a essa mobilidade.” No texto, o autor buscava justamente imaginar formas ainda não existentes de circulação da arte na cidade, propondo “um espaço poroso e participativo, pois espaços de arte não guardam apenas repertórios para expor. São lugares de ação.”

As ideias de Faustini vão ao encontro do que tentamos esboçar — a necessidade de criarmos mecanismos que levem alguns desses trabalhos hoje abrigados em coleções para mais perto do público, fazendo com que a obra “viva”. Se o que está dito aqui parece tateante é porque não trata-se de um pensamento fechado, mas que surge com a vontade de abrir espaço para um debate permeado por mais perguntas do que certezas, mas convicto de sua pertinência.

Nesta edição da ArtRio, entretanto, uma iniciativa diferente chamava atenção: algumas obras expostas em diversas galerias traziam sinalização de que seriam do interesse do curador do Museu de Arte do Rio (MAR), Paulo Herkenhoff, para o acervo da instituição. Com isso, público e pessoas jurídicas podiam se oferecer para doar valores para as aquisições, em uma espécie de crowdfunding presencial. Vejamos com o balanço final, ainda a ser revelado, qual o impacto da ação.

ArtRio leva milhares ao Píer Mauá e tem vendas até a última hora

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RIO — Do lado de dentro dos cinco armazéns ocupados pela ArtRio, a movimentação de público e a negociação de obras estiveram “tão boas quanto o clima do lado de fora”, diz a diretora da feira, Brenda Valansi, referindo-se ao fim de semana ensolarado. O evento, encerrado ontem à noite no Píer Mauá, havia atraído até o fim da tarde 48 mil visitantes aos estandes das 110 galerias selecionadas.

Logo na sexta-feira, a notícia de que um quadro de Monet havia sido vendido por R$ 20 milhões no dia anterior causou burburinho. Muitas das galerias preferem não revelar valores de venda, mas a substituição de obras de um dia para o outro nos estandes “mostrou o bom movimento dos negócios”, disse Brenda.

— Senti um público mais bem informado, mais próximo do universo da arte e com menos receio de falar e perguntar sobre as obras — observou ela. — Acho que tudo contribuiu a favor. A derrubada da Perimetral, o acesso à feira pelo casarão do pavilhão 1 e esse tempo bom se refletiram nas vendas.

A ArtRio pode ser dividida em três núcleos, com galerias dedicadas a medalhões da arte moderna, a nomes consagrados da arte contemporânea mundial e do Brasil, assim como galerias focadas na jovem produção brasileira. Até o começo da tarde de ontem, a espanhola Mayoral não havia vendido nenhuma das 18 telas de Salvador Dalí que trouxe para o Rio, mas seus responsáveis se disseram “bastante felizes com o andamento das negociações”. Gigantes da arte contemporânea mundial, como a Gagosian, a Pace e a White Cube, também estavam satisfeitas com as propostas e as vendas. Se a primeira chamou a atenção com peças de Richard Serra, Jeff Koons, Willem de Kooning e Dan Colen, a Pace dedicou seu estande às grandes e coloridas telas do chinês Zhang Huan, enquanto a White Cube se tornou um fenômeno de público, muito por conta do impacto causado pela obra “Altered towers”, dos irmãos Jake and Dinos Chapman. Mas a galeria também fechou boas vendas: duas obras de Damien Hirst (sendo uma delas a tela “Rio”, comprada por R$ 3,36 milhões), um neon de Tracey Emin e uma obra de Sarah Morris, além de “diversos outros negócios engatilhados para fechar nos últimos instantes”, disse um representante.

O estande da Mul.ti.plo Galeria com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage vendeu mais de 100 das 150 gravuras criadas por artistas como Luiz Zerbini e Barrão. Já Ricardo Rego, da Lurixs, que vendeu três esculturas de Raul Mourão, dizia, anteontem, que a ArtRio tem “essa peculiaridade de fechar negócios nos últimos instantes”. Durante os quatro dias de feira, ele vendeu também obras de Paulo Climachauska.

— Quinta-feira não foi bom, na sexta melhorou e sábado foi ótimo — disse Rego. — Mas para a nossa galeria, a feira não se extingue aqui. Negócios futuros nascem dessa possibilidade de apresentar obras a um grande público, e muitas negociações se concretizam depois.

Entre altos e baixos

O português Mário Sequeira, no entanto, disse que a edição 2014 “foi a pior em termos de negócio”. Com a experiência de quem participa do evento desde o primeiro ano, ele ainda esperava compradores para obras de José Bechara, Pedro Cabrita Reis e três grandes telas de Julian Opie, avaliadas em até R$ 150 mil.

— As pessoas esperam até o último dia, mas este ano não vendi tão bem como nos outros — lamentou Sequeira.

Anita Schwartz se dizia satisfeita com vendas de obras de Nuno Ramos e Abraham Palatnik. Já Artur Fidalgo vendeu telas de Camila Soato e pirografias de Julia Debasse, enquanto a Portas Vilaseca, focada em jovens artistas, teve compradores para 20 de 24 peças levadas à feira.

Longa com Idris Elba lidera bilheteria nos EUA

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RIO — O suspense “No good deed” e o longa “Winter, o golfinho 2” superaram os super-heróis alienígenas de “Guardiões da Galáxia” nas bilheterias norte-americanas e ficaram com os dois primeiros lugares da lista dos mais vistos do fim de semana. No “Good deed” arrecadou cerca de US$ 24,5 milhões, enquanto Winter alcançou a marca de US$ 16,5 milhões.

As duas estreias superaram os US$ 8 milhões de Guardiões da Galáxia, no seu sétimo final de semana de exibição, que caiu do primeiro lugar pela primeira vez em três semanas. A aventura da Marvel, no entanto, se mantém como o filme mais visto do ano nos Estados Unidos, com uma arrecadação que já passa de US$ 300 milhões. Em todo o mundo, o filme já teve bilheteria de US$ 612 milhões e também continua em primeiro lugar nas bilheterias mundiais da semana.

Confira as 10 maiores bilheteria do fim de semana na América do Norte, segundo o Box Office Mojo:

1. No good deed — US$ 24,5 milhões

2. Winter, o golfinho 2 — US$ 16,5 milhões

3. Guardiões da galáxia — US$ 8 milhões

4. As Tartarugas Ninja — US$ 4,8 milhões

5. Vamos ser tiras — US$ 4,3 milhões

6. The drop — US$ 4,2 milhões

7. Se eu ficar — US$ 4 milhões

8. O homem novembro — US$ 2,7 milhões

9. O Doador de memórias — US$ 2,6 milhões

10. A 100 Passos de um sonho — US$ 2,4 milhões

Resumos das novelas: Veja o que acontece nos capítulos desta terça

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RIO —O maior segredo de Fernando (Marco Ricca) vai cair nas mãos de Vitória (Bianca Bin) em “Boogie Oogie” . No capítulo desta terça-feira, a jovem vai descobrir que o pai é amante de Gilda (Letícia Spiller). Vitória, então, leva a secretária para sua casa e revela a bomba para toda a família.

MALHAÇÃO

João filma o videobook de Bianca. Heideguer manda Cobra descobrir a identidade da suposta namorada de Alan. Pedro sugere a Bianca que pague a segunda parcela do acordo, se ele conseguir que Karina o abrace. Pedro beija Karina, mas acaba machucado. Marcelo vê Delma conversando com Roberta. Duca pede para fechar a banca de Dalva, e ela desconfia. João decide editar o videobook de Bianca na QG. Nat chega para o encontro com Duca, e Cobra a intercepta.

BOOGIE OOGIE

Vitória convida Rafael para ser seu par no concurso de dança da discoteca Boogie Oogie. Célia descobre que Susana é amante de Fernando. Vitória lê a mensagem do cartão que Gilda recebeu de Fernando. Sandra aceita o convite de Pedro para dançar no concurso. Madalena insiste, e Augusta e Vicente acabam concordando em participar do concurso de dança da Boogie Oogie. Vitória leva Gilda para sua casa e comunica a todos da família que Gilda e Fernando são amantes.

GERAÇÃO BRASIL

Davi e Verônica se surpreendem com as novas revelações sobre Jonas. Arthur engana Murphy, para que Manu invada o computador de Jonas. Manuela ouve Jonas contar para Brian que pretende fugir após o lançamento dos projetos. Verônica descobre por que foi escolhida para escrever a biografia de Jonas. Jonas decide contar a verdade sobre Gláucia para Sílvio. Herval revela a Davi que tentou impedi-lo de entrar no Geração Brasil. Davi descobre que Manuela foi forçada a mentir para ele. Jonas vai atrás de Verônica. Verônica procura Pamela.

IMPÉRIO

Érika socorre Téo. Antoninho leva Xana para o enterro de Teresa. Danielle desconfia de que Maria Marta esteja impedindo a conclusão da obra de seu apartamento. Maria Ísis diz para Severo e Magnólia que José Alfredo vai colocar o apartamento no nome dela. Cora vai à casa de Magnólia e encontra Robertão. Orville e Jonas acertam o leilão com as obras de Salvador. Cristina pede para conversar com Fernando. Magnólia e Severo se surpreendem quando encontram Cora na casa deles

VITÓRIA

Ninguém acredita na afirmação de Artur. Então, ele revela que inventou a história por que queria ver Gregório sofrer pensando que havia incesto. Diana dá um tapa no rosto de Artur, diz que o filho é de Rafael e que é com ele que irá se casar. Gregório e Rafael expulsam Artur do haras, enquanto Luciene leva Diana para o quarto. Katia sente pena de Artur. Ricardinho insinua que Clarice traiu Gregório, deixando Bernardo incomodado. Artur fala para Gregório que ele não é seu pai de sangue e nunca soube que foi traído. Ao ver Gregório tentando empurrar Artur, Bernardo intervém e pede que ele vá embora. Luciene diz que sentiu sinceridade nas palavras de Artur. Diana conta que Artur a conhece muito bem e sabe que está mentindo. Mossoró fala para Rafael que ele e Diana não vão convencer ninguém com o romance inventado. Rafael sente raiva por Artur ter estragado o noivado. Artur é consolado por Clarice. Rafael se irrita com Mossoró. Ricardinho percebe que Luciene está mentindo sobre a paternidade do filho de Diana. Clarice diz para Artur que irá ajuda-lo a reconquistar Diana. Iago não esconde o choque ao saber que Artur contou a verdade para Diana. Artur pede perdão para Clarice e Iago não gosta de ver a cumplicidade deles. Bernardo agradece Katia por todo o apoio e dá um beijo nela. Ricardinho se declara para Luciene. Virgulino comemora o sucesso do plano contra Priscila e Paulão. Rosa teme o que pode acontecer com Quim caso os neonazistas descubram a farsa. Virgulino elogia Paulo Henrique, deixando Rosa enciumada. Zuzu cobra explicações de Quim sobre a agressão em Virgulino. Renata fica surpresa ao saber da briga e liga para Edu. Zuzu e Renata nem desconfiam que seja uma armação. Quim finge estar contrariado, mas no fundo gosta de ver as duas se importando com ele. Gregório se lembra do dia que Artur contou que havia dormido com Diana. Artur recorda o dia em que ganhou o cavalo Ventania e logo em seguida, após ser derrubado por ele, viu Gregório matá-lo. Edu diz que Quim passou os limites e critica o ato de violência cometido por ele. Quim disfarça rebeldia e decide sair de casa, deixando Edu, Renata e Zuzu surpresos. Com ódio, Iago revela para William que pensa em atirar uma flecha em Artur. Quim vai até a casa de Jorge pedir abrigo. Renata conforta Edu, desesperado sabendo do envolvimento de Quim com neonazistas. Jorge aceita que Quim passe a noite em sua casa. Priscila percebe o olhar decepcionado de Valéria e pergunta se a mãe acha que ela está envolvida na morte de Dinho. Gregório questiona se Bernardo teve um caso com Clarice. Diana vai atrás de Clarice e encontra com Artur.

CHIQUITITAS

Mili diz para Marian que a rosa branca trouxe de volta sua inspiração e a deixou ainda mais feliz. Mosca, Rafa, Binho, Duda, Thiago, Neco e Fabio vão treinar Artes Marciais para um torneio da escola. O mestre Chen (Massayuki Yamamoto) ensina técnicas com disciplina e rigor. Vivi diz para Carol que aceitou ir para seu primeiro grande trabalho como modelo no Rio Grande do Sul, onde permanecerá por um ano. No Café Boutique, Clarita fica enciumada ao ver Beto e Érica tão envolvidos. Maria Cecília leva os relatórios negativos do Café para Junior, que decide vender alguns imóveis para lidar melhor com a crise. Marian vê um fio solto com eletricidade dentro do chafariz e enche ele. A vilã coloca a flor de Mili dentro do lugar para que a chiquitita, quando for pegar a rosa, tome um grave choque. Miguel observa tudo escondido. Carol vai ao apartamento de Bruno para visitar Dani. Bruno (Bruno Autran) não autoriza que ela suba. Mili vai pegar sua rosa no chafariz e escuta um grito de alerta de Miguel: "cuidado com o fio". Chico aparece e ajuda a chiquitita, que graças ao alerta não foi eletrocutada. Chico diz que o fio se soltou do poste com a forte chuva na noite anterior. Bia diz para Pata que acredita que Marian foi quem armou tudo. Mili coloca a rosa de volta em seu quarto e Marian espia com raiva.

Elenco brinca com Leandro Hassum no set de 'O candidato honesto': 'Desconcentra a gente'

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RIO — Em um making-of de "O candidato honesto", que estreia no próximo dia 2, no fim de semana que antecede as eleições, o elenco dedura Leandro Hassum durante as gravações do longa. Famoso pelo jeito escrachado, o ator e humorista é alvo dos colegas e do diretor Roberto Santucci por conta das piadas no meio do trabalho.

No filme, Hassum vive João Ernesto, um candidato à presidência que sofre uma magia que o transforma em um político de honestidade irremediável, revelando todos os seus escândalos pessoais e profissionais.

"O Leandro no set a gente já sabe que desconcentra. Ele faz maior bagunça, bota todo mundo para rir", comenta Santucci, que vira alvo de uma piada no meio de um take. O ator Victor Leal, que faz o papel de um dos assessores do político interpretado por Hassum, não consegue parar de rir quando ele tira sarro do diretor.

As atrizes Ellen Rocche e Luiza Valdetaro não poupam o colega, também. Elas revelam que Hassum é proibido de frequentar o setor de maquiagem, porque acaba "borrando" toda a produção para as cenas.

Ele, é claro, comenta o espírito brincalhão.

"Sinto, quando estou atuando, como se estivesse na sala de casa, fazendo pros meus parentes. Tenho uma intimidade, me sinto em casa para tudo. É muito bom trabalhar nesse clima de família", comemora o humorista.


William Bonner homenageia Patricia Poeta e Renata Vasconcellos com selfie

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William Bonner homenageia Patricia Poeta e Renata Vasconcellos com selfie - / Reprodução

RIO — Já em clima de despedida, William Bonner postou uma foto antiga ao lado de Patrícia Poeta, que deixará a bancada do "JN" no dia 3 de novembro para se dedicar a um novo projeto de entretenimento da Globo. Renata Vasconcellos, que substituirá a colega no jornalístico, também aparece na selfie tirada em março nos bastidores do prêmio "Melhores do Ano", no "Domingão do Faustão". A mudança foi anunciada na manhã desta segunda-feira em comunicado oficial divulgado pela Globo.

"Estou para completar 15 anos no jornalismo da Globo. E, agora, terão sido três anos maravilhosos, inesquecíveis no 'Jornal Nacional'. Quando aceitei com muita alegria o convite para ancorar o JN, propus esse prazo. Acreditava, então, que estar na bancada do mais importante telejornal brasileiro seria uma experiência única, enriquecedora, algo que me aprimoraria de uma maneira sem igual. Foi exatamente o que aconteceu. Agora, parto feliz para começar a desenvolver um novo projeto, no entretenimento, algo com que sempre sonhei e para o qual procurei estar preparada. Sempre vi a televisão como um espaço maior para propor e realizar ideias. É exatamente isso que estou fazendo agora", disse Patricia, no comunicado da emissora.

Já Renata ressaltou que estar “ao lado de William Bonner no 'Jornal Nacional' é uma honra e uma alegria imensa”. “Sou jornalista por formação e vocação. Todos esses anos na GloboNews, no 'Bom dia Brasil' e, agora, no 'Fantástico', me deram a certeza de que o telejornalismo é o que me atrai, é a minha paixão, é o que sei fazer. E poder exercê-lo no jornal mais importante da TV brasileira é algo que me traz ao mesmo tempo uma alegria imensa, pelo reconhecimento do meu trabalho, mas também muita responsabilidade. Conto com o apoio de todos para honrar esse compromisso que assumo agora”, comentou a jornalista também na nota da Globo.

Exposição de Matisse é a mais popular da história da Tate Modern

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‘Blue Nude’, de Henri Matisse - Robert Bayer / Agência O Globo

LONDRES — Uma exposição dedicada às colagens de recortes de papel de Matisse foi anunciada como a mostra mais visitada da história da Tate Modern, em Londres.

“Henri Matisse: The cut-ous”, que esteve aberta de 17 de abril a 7 de setembro, se tornou a primeira mostra do museu a alcançar a marca de meio milhão de visitantes, com 562.622 espectadores.

A exibição abordava a colorida e inovadora obra do mestre francês entre os anos de 1937 e 1954. Para o artista, essa fase representou um capítulo final — e brilhante — de sua carreira.

Uma tour privado pela exposição, “Matisse live”, também foi exibido ao vivo de uma galeria para mais de 200 cinemas pela Inglaterra, atraindo um público de 15 mil pessoas.

“Estamos contentes que tanta gente tenha vindo para ver as obras. Capturar a imaginação de visitantes todas as idades é uma prova do poder do trabalho de Matisse”, disse Nicholas Serota, diretor da Tate. “Temos uma enorme gratidão com as instituições públicas e os colecionadores privados que nos emprestaram suas preciosas peças. Sem sua generosidade e confiança, a exibição não teria sido possível.”

O recorde anterior era da mostra “Matisse Picasso”, de 2002, que teve 467 mil espectadores. Em 2012, a exibição “Damien Hirst” havia levado 463 mil pessoas ao museu.

Robin Thicke diz que estava sob influência de drogas quando gravou 'Blurred lines'

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RIO - O cantor Robin Thicke admitiu que estava sob influência de drogas quando gravou "Blurred lines". Disse também que tentou receber mais crédito pela canção do que o merecido: segundo ele, Pharrell Williams foi o principal autor do hit.

As declarações foram reveladas pela revista "Hollywood Reporter", que obteve a transcrição de um depoimento de Thicke em um tribunal, como parte da batalha judicial envolvendo "Blurred lines". Há um ano, o espólio de Marvin Gaye acusa a música de ser um plágio de "Got to give it up", do consagrado artista da Motown, e de "Sexy ways", do Funkadelic.

"Eu estava chapado de vicodin e álcool quando cheguei no estúdio. Minha lembrança é que, quando fizemos a música, eu pensei que queria estar mais envolvendo do que eu realmente estava na época. Nove meses depois, (a música) se se tornou um sucesso enorme, e aí eu queria crédito. Então comecei a me convencer de que eu tinha mais papel nela do que eu de fato tinha", disse Thicke. "Mas a verdade é que Pharrell escreveu praticamente todas as partes da música."

Thicke foi considerado co-autor da canção, tendo conseguido uma quantidade de até 22% sobre seus diretos de publicação. O músico acrescentou que mentiu a respeito de suas contribuições porque achou que isso ajudaria nas vendas.

Já Williams, em deporimento, disse ter se sentido no "banco de passageiros" de "Blurred lines". "Isso acontece todos os dias nessa indústria", afirmou. "Fazem parecer que as pessoas têm muito mais autoria do que realmente têm."

Williams negou que tenha tentado copiar a obra de Gaye.

Will Ferrell estará em continuação de 'Zoolander'

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RIO — Treze anos após "Zoolander" e mais de cinco após o início da preparação de uma possível continuação, finalmente foram revelados alguns detalhes. Segundo o site JoBlo, Will Ferrell está confirmado novamente como o vilão Mugatu. Stiller, que dirigiu e estrelou o longa, deve ser o diretor do novo título.

Ferrell disse que o roteiro do novo longa está em progresso (há alguns anos, Stiller chegou a dizer que estava completado). Ele aproveitou e revelou que mais novidades podem surgir em pouco tempo.

"Na realidade, devemos fazer em breve uma leitura do roteiro, e Mugatu é parte dele", disse ele. Recentemente, o roteirista Justin Theroux havia confirmado que a história do novo filme estava em progresso.

Lançado em 2001, "Zoolander", estrelado por Stiller, Ferrell e Owen Wilson, brinca com o mundo da moda através do protagonista. Modelo de mãos, ele se vê envolvido em uma trama de conspiração para matar um político.

Livro ilustra a trajetória de Kalma Murtinho

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RIO — Kalma Murtinho viveu plenos 93 anos. Dedicou mais de dois terços deles a vestir personagens, até morrer, em 20 de outubro de 2013. Passou à história como a maior figurinista do moderno teatro brasileiro. E é essa trajetória que está reunida no livro “Kalma Murtinho — Figurinos”, editado pela Funarte e organizado pela filha (e também figurinista) de Kalma, Rita Murtinho, e pelo ator e escritor Carlos Gregório.

Ao longo de 240 páginas, o leitor descobre que desde menina Kalma tinha interesse por vestimentas e opinava sobre as roupas da família; adolescente, ficou amiga de Maria Clara Machado, com quem montava peças e atuava no Movimento Bandeirante. A obra ressalta que a sua presença, desde o início, no Tablado, fundado em 1951, foi essencial para o crescimento do teatro. Dispostos lado a lado, os desenhos de Kalma e as correspondentes fotos dos espetáculos deixam claro, por exemplo, que “Pluft”, o ilustre fantasminha dos palcos, nasceu da criatividade de Maria Clara, mas ganhou corpo e rosto pela imaginação de Kalma.

— Procurei acomodar trabalhos emblemáticos da carreira dela, que tivessem fotos de cena correspondentes — conta Rita. — Assim se tem a noção exata do trabalho dela.

A presença de Kalma no teatro foi longa e frequente. Ela criou figurinos para 240 espetáculos. Para o livro, ainda viva, a figurinista fez uma primeira seleção com 60 trabalhos. Destes, ficaram 36. Rita pinçou ainda as fantasias feitas para o desfile da Mangueira de 1972; para o filme “Amélia” (2001), de Ana Carolina; e para o balé “Les présages”, remontagem de Tatiana Leskova para a obra de Leonid Massine, para o Teatro Municipal em 1998. Também para o Municipal, Kalma vestiu “O trovador”, ópera dirigida por Bia Lessa, que reabriu a casa após reforma, em 2010.

O livro, com projeto gráfico de Ruth Freihof, conta ainda com textos da atriz Fernanda Montenegro, da crítica teatral Barbara Heliodora e da jornalista Paula Santomauro. Como começou a ser pensada com Kalma ainda viva, a publicação traz histórias saborosas, dadas em depoimento a Carlos Gregório:

— Ela estava cansada. Mesmo assim, lembrou coisas divertidas, como quando fazia os figurinos para “A úlcera de ouro” (de Hélio Bloch, 1967). Ela foi à Ducal pedir camisas, e o homem da loja foi naquelas que combinavam com os ternos. Mas ela não queria camisas sóbrias, pediu coloridas. E ele disse: “Dona Kalma, isso não se usa”. Ela disse que ia usar e escolheu camisas vibrantes. Não é que ele ficou encantado e quis levá-la para trabalhar lá? — lembra Carlos Gregório.

Por meio da narrativa de Kalma fica-se sabendo, por exemplo, que, para Fernanda Montenegro, em “O amante de Madame Vidal” (1973), mudou figurinos depois de achar novidades pelo comércio. “Quando entrei na Casa Turuna, vi uma franja preta e prata, de 50 centímetros. Era o que eu queria”, contou. “Madame Vidal” rendeu a ela um de seus três prêmios Moliére.

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