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Documentário sobre tragédia familiar em SP, ‘Mataram meu irmão’ vence o 18º é tudo verdade

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Centrado numa tragédia ocorrida com a família do cineasta gaúcho radicado em São Paulo Cristiano Burlan, o longa-metragem autobiográfico “Mataram meu irmão” foi o ganhador do prêmio mais disputado da 18ª edição do festival É Tudo Verdade, encerrado no domingo: o de melhor documentário brasileiro, complementado por R$ 110 mil em dinheiro. Sem previsão de estreia, a produção, na qual Burlan investiga as circunstâncias do assassinato de seu irmão, em 2001, conquistou ainda o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Já o melhor filme da competição estrangeira veio da Geórgia: “A máquina que faz tudo sumir”, de Tinatin Gurchiani, sobre a ressaca cultural de jovens da ex-república soviética.

— Uma das maiores dores que um ser humano pode ter é a tomada de consciência de sua própria finitude. Este filme é uma tentativa de entender essa dor, que ficou consciente para mim a partir da morte do meu irmão — diz Burlan ao GLOBO, explicando que seu longa-metragem integra uma trilogia, voltada para sua família. — Antes, em 2007, eu fiz o média-metragem “Construção”, sobre meu pai. Há uma ideia de um terceiro título, sobre minha mãe, que também foi assassinada.

Composto pelos cineastas Flávia Castro e Marcelo Machado e pelo produtor Matias Mariani, o júri da seleção brasileira concedeu ainda uma menção honrosa a “Em busca de Iara”, de Flavio Frederico (diretor dos premiados “Boca” e “Caparaó”), sobre a guerrilheira política Iara Iavelberg (1944-1971). Iara foi companheira do ex-capitão do Exército e também guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-1971). Entre os curtas-metragens, o melhor filme foi “O pátio”, do curitibano Aly Muritiba, que ganhou ainda o prêmio de aquisição Canal Brasil. Houve uma menção honrosa para o curta “Sanã”, de Marcos Pimentel. O melhor curta na votação dos críticos foi “Gericinó — Do lado de fora”, de Gabriel Medeiros e Mara Clara Senra.

israel leva prêmio especial

Formado pelo produtor e cineasta canadense Peter Wintonick, pelo crítico e cineasta sueco Stig Björkman e pela ensaísta portuguesa Susana de Sousa Dias, o júri da competição estrangeira concedeu um prêmio especial à produção israelense “Uma vez entrei num jardim”, de Avi Mograbi, sobre conflito no Oriente Médio. Já o prêmio de melhor curta internacional acabou nas mãos de um diretor brasileiro. Embora radicado na Espanha e pouco conhecido aqui, o cineasta Sérgio Oksman (de “Goodbye, America”) foi premiado por “Uma história para os Modlin”. De origem espanhola, a produção, rodada em Madri, narra a história de Elmer Modlin, ator de “O bebê de Rosemary” (1968). (Rodrigo Fonseca)


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