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Lázaro Ramos: ator, autor, diretor e... compositor

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RIO - Lázaro Ramos diz que toca piano, violão e percussão. Mal. Ao compor, pensa em contar as histórias do jeito que aprendeu há tempos no Bando de Teatro Olodum. Dessa forma artesanal e pessoal surgiram as músicas da peça infantil “A menina Edith e a velha sentada”, que estreia hoje, às 11h, no Galpão das Artes do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. Em parceria com o diretor musical Ricco Viana, o ator, escritor, diretor, apresentador e, agora, compositor criou a trilha do espetáculo adaptado junto com Elísio Lopes Júnior de seu livro “A velha sentada” (editora Uirapuru), lançado em 2010.

— O livro já surgiu como peça e já com espaço para música, mas eu não achava que participaria da parte musical, achava que esse seria o problema do Ricco — conta Lázaro, que dirige a peça com Fábio Espírito Santo.

Referências pop

O espetáculo narra a viagem de Edith pelo próprio corpo, depois que uma vizinha diz a sua mãe que ela é uma menina tão desanimada que parece ter uma velha sentada na cabeça. Edith parte então em busca da tal velha, na companhia musical de James Brown, Raul Seixas, Los Hermanos, Patu Fu e até Amy Winehouse. Todos como inspiração de canções originais. No fim, um Cartola aparece como assinatura luxuosa com “O sol nascerá”.

— Por mais que os estilos mudem, há um segmento harmônico porque em todas há uma pegada do violão de aço (do músico Bruno Costa), que é o instrumento chefe — diz Ricco Viana.

— A gente sabia o que queria, com referências mais pop mesmo. E nisso a cabeça de pai vai junto, com a preocupação de apresentar uma música para crianças menos tatibitate e um espetáculo a que os pais gostarão de assistir, não só os filhos — diz Lázaro, pai de João Vicente, de 1 ano e 10 meses.

No elenco, George Sauma, Isabel Fillardis, Orlando Caldeira, Rose Lima e Suzana Nascimento cantam, dançam e têm uma integração de trupe de circo. Caldeira, aliás, vem do circo e empresta sua presença de palco ao amigo imaginário na cabeça de Edith, cantando um funk à la James Brown. Ele e Sauma também fazem os dentes na performance em que Isabel Filardis interpreta uma língua meio diva, tipo Amy Winehouse. Na década de 1980, Isabel, Lilian Valeska (atualmente no musical “Vale tudo”, sobre Tim Maia) e Carla Prieto formavam o grupo vocal “As Sublimes”.

— Dancei muito ao som das Sublimes — revela Lázaro, que conta ainda ter adaptado o espetáculo para que cada um usasse suas habilidades. — A Suzana é uma contadora de histórias e toca bandolim, incorporamos isso. O Sauma canta e toca vários instrumentos, tudo isso entrou em cena.

A história que aborda temas como autoestima e uso responsável da tecnologia (já que Edith é uma menina que só vive na frente do computador), terá bonecos de Alexandre Guimarães como os amigos de Edith e experiência sensorial: além da coreografia de Ana Paula Bouzas e muita música, haverá comida, texturas, cheiros — tudo o que Edith experimentar, o público também conseguirá provar.

— Assumimos a lógica infantil da criatividade livre — define Lázaro, o diretor.


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