Quantcast
Channel: OGlobo
Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716

‘Vídeo show’, que já teve mais de dez apresentadores, faz 30 anos

$
0
0

RIO — A música “Don’t stop ‘til you get enough” é de Michael Jackson. No entanto, há 30 anos, também é facilmente identificável como a trilha de abertura do “Vídeo show”. Se o tema é o mesmo há três décadas, outras coisas mudaram e muito no programa, que fez aniversário e ganhou uma repaginada no cenário. Por lá, já passaram dez apresentadores e 15 repórteres; e na lista dos que mais agradaram ao público está Miguel Falabella, que fazia dobradinha com Cissa Guimarães, “a garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”, como repetia seu parceiro de vídeo.

— O “Vídeo show” foi como um filhote para mim. Foram 15 anos (de 1986 a 2001). Peguei pequenininho e criei mesmo, assumi, fiz de um tudo. E eu levava meus filhos para as gravações quando não tinha babá. Eles adoravam — lembra Cissa.

Falabella sabe que aquele tempo passou, mas tem boas lembranças:

— Sinto muita saudade, mas acho que há ciclos que se fecham para que outros sejam abertos — observa ele, que se recorda de momentos curiosos no programa. — Uma vez fizeram um clipe com todos os cabelos que usei. Foi muito engaçado, porque tive duas mil caras em 15 anos.

Nem só o visual do elenco se transforma. Para comemorar o aniversário, por exemplo, o cenário do programa ficou maior e ganhou bancadas com objetos pessoais dos atuais apresentadores, André Marques e Ana Furtado. Ele, que também é DJ, agora tem uma mesa de som e dá uns toques na trilha sonora da atração:

— Eu sou o Severino (porteiro quebra-galho interpretado por Paulo Silvino no “Zorra total”) da TV Globo. O que eles pedirem para eu fazer, eu faço, com muito prazer.

Brincadeiras à parte, Marques fala com emoção de seus laços com o programa, do qual passou a ser apresentador em 2001:

— Tirei as férias do Miguel, e fui ficando. Nove meses depois, descobri que eu seria o titular. Lembro que meus olhos se encheram de lágrimas, fiquei muito emocionado — lembra.

Ele havia começado no “Vídeo show” como repórter em 2000, após cumprir uma bem-sucedida passagem por “Malhação”, interpretando Mocotó. O mesmo caminho percorreu Ana Furtado, sua companheira na apresentação desde 2009 (na época, com Geovanna Tominaga, Luigi Baricelli e Fiorella Mattheis). Ela fez sua primeira reportagem para o programa em julho de 2002:

— Foi com os meninos do “Casseta & Planeta”, durante a Copa do Mundo. Estava com receio, pois sabia que qualquer coisa que eu falasse poderia virar piada. E acabou virando mesmo, foi ótimo.

A data exata da estreia do “Vídeo show” foi 20 de março de 1983, com a atriz Tássia Camargo no comando.

— No primeiro programa, ela entrevistou o jogador de futebol Júnior. Nas semanas seguintes, os convidados no estúdio foram Chacrinha e Erasmo Carlos — relembra o roteirista Ricardo Xavier, mais conhecido como Rixa, que se juntou à equipe no ano seguinte. —Em 1984, editei a primeira “conversa” entre personagens de diferentes produções e vi que dava para ir além: fiz o Lima Duarte conversando com ele mesmo, a partir de falas que eu anotava de diversas novelas e especiais, e não parei mais.

Até então, a atração era semanal, exibida na hora do almoço de domingo, e atores como Malu Mader, Paulo Betti e Kadu Moliterno revezavam a apresentação. Em 1987, Marcelo Tas, assumiu o comando, com o personagem Cabeça Branca, sendo seguido por Falabella.

Outra que tem lembranças do programa é Angélica, que comandou o quadro “Vídeo Game”, até dezembro de 2011.

— Também fiz sátiras de de novelas impagáveis com André. Era muito divertido — ela recorda.


Viewing all articles
Browse latest Browse all 32716


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>