RIO - A família de Clarence Clemons, braço direito de Bruce Springsteen na E Street Band, está processando três médicos que cuidaram do músico antes de sua morte, em 2011. De acordo com a ação judicial, a equipe do hospital que atendeu o saxofonista foi negligente e não ministrou corretamente medicação que poderia ter evitado o derrame que o vitimou.
Parentes do músico entraram com a ação sigilosa no início de 2012. Agora, quase dois anos após a morte do capitão da E Street Band, o caso foi aprovado para ir a júri. William Clemons, irmão de Clarence, lidera as acusações. Clarence lutou durante anos contra dores crônicas. O músico havia passado por uma cirurgia para correção de sua síndrome no túnel carpal, além de ter colocado várias próteses.
Apesar de a operação ter sido considerada bem sucedida, os médicos teriam falhado em prover a recuperação do músico, então com 69 anos. Antes da cirurgia, Clemons tomava medicamentos para afinar o sangue, que foram suspensos no pré-operatório, como de praxe. Segundo a família, porém, o músico deveria ter recebido tratamento compensatório. A falta de medicamentos adequados teria causado o derrame que lhe foi fatal.
Na época de sua morte, sua mulher contou que ele havia perdido a sensibilidade nos dedos indicador e polegar. "Ele estava seriamente preocupado com sua capacidade de voltar a tocar sax novamente", disse Victoria Clemons. "Clarence viveu sua vida como tocava seu saxofone - sem reservas. Sua alma se libertou quando seu corpo já não conseguia mais tolerar outra batalha. Ele se mudou para outra dimensão", disse Victoria.
Clemons foi substituído na E Street Band por seu sobrinho, Jake Clemons. Ao lado de Springsteen, o grupo se apresenta no Brasil no dia 20 setembro, dentro da programação do Rock in Rio. As informações são do jornal "The Guardian".