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Vicente Ferraz desenvolve drama sobre a Guerra do Paraguai

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RIO — Um tema relevante para a história do Brasil, mas pouco explorado pelo cinema nacional ganhará vida nas mãos do carioca Vicente Ferraz. O diretor de "Soy Cuba, o mamute siberiano" e "A estrada 47" atualmente escreve o roteiro de "Bastardos", sobre a Guerra do Paraguai, um dos maiores e mais sangrentos conflitos da América do Sul. Com o projeto, o cineasta, chamado pela revista "Variety" de "um dos mais singulares e ambiciosos" realizadores do país, pretende abordar a escravidão.

— O Brasil era o único império escravocrata envolvido nessa guerra terrível e definitiva para o futuro do Cone Sul e para a nossa trajetória. O curioso é que ela explica um pouco a cultura do gueto no Brasil, que tem relação com esse passado assombroso, a escravidão. Acho que é uma oportunidade de tocar nesse assunto com um olhar contemporâneo — diz.

O título do longa refere-se ao filho bastardo de um dono de engenho do Rio de Janeiro. Ele acaba se envolvendo na guerra ao ser resgatado por um grupo de soldados pertencente a um batalhão de escravos. Um dos personagens será norte-americano, o que viabiliza o desejo de Ferraz de transformar o filme em uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, embora ele também pretenda recorrer a programas de fomento do governo.

Não é a primeira vez que Ferraz usa eventos históricos para ambientar uma trama. "Estrada 47", atração da Première Brasil do último Festival do Rio, é um drama sobre pracinhas brasileiros tentando sobreviver aos dissabores dos campos de batalha italianos, durante a Segunda Guerra Mundial. O diretor, porém, rejeita a ideia de que seu projeto anterior seja um filme de gênero. O conflito era apenas o pano de fundo. Ele reforça que "Bastardos" seguirá a mesma linha:

— É um filme de personagens.


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