RIO - O governo cubano colocou à disposição 2500 documentos do escritor americano Ernest Hemingway. Os papéis estão digitalizados e impressos na Biblioteca e Museu Presidencial John F. Kennedy e são referentes ao período que esteve na capital cubana, Havana, a partir de 1939. O material conta com cópias de cartas, passaportes, contas de casa e de bares, cadernos e ainda o telegrama que anunciou que ele havia ganho o prêmio Nobel de Literatura, em 1954.
A iniciativa é da Fundação americana Finca Vigía (mesmo nome da famosa casa de Hemingway em Havana), que trabalha especialmente para preservar documentos do escritor, em acordo com o Conselho Nacional de Patrimônio Cultural de Cuba. O arquivo ficará disponível para investigação na biblioteca, que já havia recebido 3000 documentos em 2008.
“Estamos contentes em poder disponibilizar cópias de pesquisas que permitem uma visão única da rotina de Hemingway, esse tesouro serve para humanizar o homem e entender o escritor”, comemora Tom Putnam, diretor da biblioteca, que detém 90% dos documentos manuscritos existentes do autor.
Clássicos como “Por quem os sinos dobram” e “O velho e o mar” foram escritos em Finca Vigía, sua residência cubana, onde morou de 1939 a 1960. A casa hoje é um museu dedicado ao autor que abriga cerca de 23 mil peças.