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William Hurt interpreta um detetive na minissérie ‘Bonnie & Clyde’, estreia do domingo no History

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RIO — Louisiana, 23 de maio de 1934. Na data da morte de Bonnie Elizabeth Parker e Clyde Chestnut Barrow, casal famoso por seus assaltos durante a Grande Depressão americana, William Hurt ainda não havia nascido. Mas o ator, que interpreta o detetive Frank Hamer, carrasco do casal, na minissérie “Bonnie & Clyde” (os dois episódios passam neste domingo e segunda, no History, às 22h), diz se identificar com pessoas “que sofreram pressões terríveis em suas vidas" na época:

— Minha mãe cresceu durante a Depressão. Ela teve um filho sozinha e sem teto em Nova York enquanto a Segunda Guerra transcorria. Então eu sei muito sobre dor. Tive isso na minha vida. Todo mundo quer amor e tem que lidar com injustiças.

Não, Hurt não justifica os crimes de Bonnie e Clyde. Mas, com a experiência dos seus 63 anos — 33 vividos em Hollywood — o ator, que ganhou um Oscar em 1985 por sua performance em “O beijo da mulher aranha”, entende o anseio do desprovido casal, cuja história foi levada ao cinema em 1967, por fama e dinheiro. Por isso, fez questão de humanizar o seu Frank Hamer.

— Meu Hamer é um pouco diferente. Eu o interpretei como quem tem um amor secreto pelos seres humanos e quer apenas combater injustiças. Eu não acho que ele tenha matado alguma vez por raiva. Estava fazendo seu trabalho e se enxergava como um homem da lei, focado em encontrar pessoas que a infringissem — descreve Hurt.

Astro de filmes como “A vila” (2004) e “O incrível Hulk” (2008), o ator não compara cinema a TV e acredita que “não há nada num formato que faça de um projeto melhor ou pior”.

— O que importa é o grau de preparação e consideração dos produtores. O sucesso está na preocupação que lhe é dispensada. No uso do tempo e do espaço de um jeito que permita os artistas se expressarem de uma forma generosa —observa.

Outra artista vinda da tela grande que integra o elenco da minissérie é Holly Hunter, vencedora da estatueta de melhor atriz por seu trabalho em “O piano” (1993). Ela é Emma Parker, mãe de Bonnie.

— Os meus primeiros dias de gravação foram com Holly, e é um sonho trabalhar com ela. A gente ensaiava antes de gravar, e ela sempre dava um feedback positivo das minhas cenas — comenta Holliday Grainger, que interpreta a assaltante.

A atriz britânica de 23 anos, cujo trabalho de maior destaque até ser escalada para “Bonnie & Clyde” fora a Lucrécia Bórgia da minissérie “Os Bórgias” (2011), conta ter ficado surpresa ao ganhar o papel.

— Minha agente tinha mandado um vídeo despretensiosamente. Fiquei assustada, porque nunca tinha vivido uma americana nas telas. Vi vários filmes da texana Sissy Spacek para pegar o sotaque. Também tive que aprender a lidar com armas, mas foi tranquilo. A parte que realmente tive medo foi ter que subir numa sapatilha de ponta para uma cena. Não fazia isso desde os 14 anos — conta Holliday, que tem ao seu lado como Clyde Emile Hirsch, conhecido por papéis em filmes como “Na natureza selvagem” (2007).


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