RIO — Após “Amores roubados”, encerrada na última semana na Globo, Osmar Prado dará vida a outro homem poderoso neste ano: o coronel Epaminondas de “Meu pedacinho de chão”. A novela, um remake de Benedito Ruy Barbosa, será exibida pela Globo às 18h, após o fim de “Joia rara”.
— Ele é uma espécie de senhor feudal e o poder sacrifica a questão ética. Meu personagem é um corrupto — adianta.
Depois de vender um pedaço de terra para um caipira, o coronel Epa, como é conhecido na cidade fictícia, terá muito trabalho para manter seus interesses após a fundação de uma vila no lugarejo. E os conflitos do personagem não param por aí. Epaminondas terá uma relação conturbada com o filho, interpretado pelo ator Johnny Massaro.
— É um conflito de gerações. Ele quer que o filho seja o que ele projetou e o jovem não seguirá a cartilha do pai — diz.
Casado na novela com a atriz Juliana Paes, o coronel Epa nutre um ciúme doentio pela mulher.
— Ele quer ter o total controle sobre ela. Tem um capataz, que será vivido por Irandhir Santos. Ela é dependente econômica, mas não é como Celeste que tinha um cartão de crédito. Epa, no entanto, é sagaz, inteligente. Quando percebe que está correndo o risco de perdê-la, recua. É muito turrão — explica Osmar.
Na obra, o ator deve contracenar com a filha Janaína, 34. Eles já atuaram juntos em Caminho da Índias (2009).
— Ela será uma costureira. Criativo como é o Luiz Fernando (Carvalho), pai e filha devem se encontrar. Não sei se Epaminondas irá à costureira.
“Meu pedacinho de chão” terá a presença de atores pouco vistos na TV, alguns recrutados do Grupo Galpão. Desde o fim do ano, o diretor Luiz Fernando Carvalho comanda workshops no Projac.
— Não será como uma novela normal em que se faz duas leituras e vamos para o pau. Temos um galpão onde ouvimos música, discutimos a prosódia e assistimos a filmes. Somos uma trupe de teatro — brinca.