RIO - A investigação sobre a morte da atriz Natalie Wood, reaberta no ano passado, começa a ganhar contornos de assassinato, revela a "CBS". Em julho, a causa da morte na certidão de óbito, considerada "acidental" até então, foi alterada para "indeterminada". Os investigadores da polícia Los Angeles prometem divulgar nesta semana a análise oficial, feita em 1981, e questionam vários detalhes dela.
Segundo a "CBS", um novo relatório conclui que os machucados nos pulsos, joelhos e tornozelos da atriz estão mais próximos da hipótese de ela ter tentado lutar contra um ataque do que se se ferido ao tentar subir no barco.
A atriz foi encontrada morta, aos 43 anos, em novembro de 1981, boiando numa baía da ilha Catalina, na Califórnia. Na época, os legistas concluíram que se tratava de um afogamento acidental, após ela ter caído de um iate. A explicação de sua queda teria sido um esforço para tentar reforçar o nó de um bote que estava batendo e atrapalhando seu sono.
A delegacia de Los Angeles reabriu o inquérito sobre a morte de Natalie Wood no ano passado após a publicação do livro do capitão do barco, Dennis Davern, no qual ele diz: "Eu acredito que Robert Wagner (o marido da atriz) estava com ela até o momento em que ela caiu na água".
Em depoimento, Davern afirma que houve uma discussão no iate entre ele e o ator Christopher Walken. Mas o novo livro diz que, depois disso, a atriz foi dormir e em sua cabine houve mais brigas e aparentemente uma luta.
Segundo o capitão, a briga foi para o fundo do navio e depois parou. E ele ainda afirma que Wagner demorou horas para pedir ajuda depois que Natalie sumiu.
O documento analisado é a autópsia da época. A "CBS" sugere que a atriz poderia já estar inconsciente quando caiu na água.
Estrela de Hollywood, Natalie Wood foi indicada ao Oscar de atriz coadjuvante por seu papel no clássico "Rebelde sem causa" (1955), contracenando com James Dean. Também seria indicada duas vezes ao Oscar de melhor atriz, por "Clamor do sexo" (1961) e "O preço de um prazer" (1963).