RIO — Criador da trilha sonora original das duas temporadas de “Sessão de terapia”, o Plínio Profeta acaba fazer o lançamento um álbum com as composições da série, uma forma de eternizar um de seus trabalhos mais marcantes. Mas o universo das séries já era muito próximo ao músico mesmo antes de ele mergulhar no processo de criação da trilha, como ele revela na entrevista abaixo.
Você já chegou a acompanhar um programa por causa da trilha sonora?
Sou um viciado em séries, mas não assisto a um programa apenas pela trilha. A grande mágica é quando há um casamento entre música e imagem. Os tops para mim são “Mad men” e “Twin Peaks”. Ainda estou sob o impacto do fim de ‘Breaking bad”, a melhor de todas na minha opinião. Sou um dos órfãos de Walter White. Se embarco na série, viro noites assistindo aos episódios.
Quais são suas atrações musicais preferidas?
Admiro muito o “Later with Jools Holland” e o “Live from Abbey Road”. Os britânicos fazem programas de música como ninguém.
Qual trilha gostaria de ter composto?
Me identifico com o trabalho de Angelo Badalamenti e adoraria ter composto as músicas de Ennio Morricone para os westerns de Sergio Leone. Se tivesse escrito aquelas músicas, já estaria aposentado (risos).
Quais programas fazem a diferença?
As séries “Família Soprano” e “Curb your enthusiasm” são de uma qualidade acima da média. Larry David me faz rir mais do que qualquer outra coisa na televisão. Entre as minhas preferidas também estão “Game of Thrones” e “House of cards”.
A trilha da versão americana de “Sessão de terapia” o inspirou?
Passei madrugadas assistindo mesmo antes de ser convidado pelo Selton para fazer a trilha. Compus no caminho inverso do habitual: a trilha ficou pronta antes das gravações.
Acompanha reality shows musicais?
Já gostei mais, hoje assisto pouco. Às vezes zapeio pelo “The Voice Brasil” só para ver o Lulu Santos dando seu show.