RIO — Quando saiu de Salvador para estudar teatro na PUC-SP, Maria Gal só tinha uma certeza: queria encontrar sua identidade artística. Aos 27 anos, a atriz parece estar no caminho certo. Há dois anos no Rio, conquistou agora seu melhor papel na TV, a espevitada Margarida, de “Joia rara”, produz a peça “As paparutas” (que estreia em 2014) e acaba de estrear na literatura com o livro “A bailarina e a bolha de sabão”, baseado em sua própria história de bullying na infância.
A sua amizade com o ator Lázaro Ramos ajudou de alguma forma sua entrada na Globo?
Não acredito no “quem indica”. Atualmente, não dá para arriscar uma contratação só porque é amigo de fulano. Isso não passa de ilusão. Sou sócia do Lázaro na peça “A menina Edith e a velha sentada” e ele é um grande exemplo não só como ator, mas como ser humano. O que me ajudou a entrar na TV foi ter obstinação e talento.
Já sofreu preconceito como atriz?
Acredito que de alguma forma a maioria das pessoas já sofreu preconceito. Seja por gênero, raça, estética, nível social, cultural, intelectual, preferência sexual e até espiritual. Comigo, por exemplo, já aconteceu pelo fato de ser mulher, negra e nordestina.
Como avalia seu papel em “Joia rara”?
Considero 2013 o melhor ano da minha vida. Essa é a minha primeira novela com personagem desde o início da trama.