RIO — Roger Waters divulgou a carta aberta em que pede que músicos façam um boicote a Israel. O documento condena o país pelo que considera segregação e limpeza étnica.
"Escrevo para vocês, meus irmão e irmãs da família do rock and roll, para pedir que se juntem a mim e a milhares de outros artistas ao redor do mundo no boicote cultural a Israel", diz o músico no texto, dadato em 18 de agosto.
O pedido para que outros artistas cortassem laços com o país foi feito no começo do ano. Depois, porém, o co-fundador do Pink Floyd admitiu que estava reconsiderando a ideia. A carta foi reescrita em julho, mas não tinha sido revelada até agora.
O cantor disse que a decisão foi tomada após o violinista britânico Nigel Kennedy chamar Israel de um "estado de apartheid" em um show no Albert Hall, em Londres.
Crítico ferrenho do governo israelense, Waters chegou a acusar o país de promover um motim. Ele, que é integrante do Tribunal Russell para a Palestina, organização que se diz motivada a levar justiça ao Oriente Médio, defende que a ocupação e os assentamentos em territórios palestinos são obstáculos para a paz. No ano passado, ao apresentar o espetáculo The Wall no Brasil, afirmou que Israel faz terrorismo de Estado.
Waters destacou o cancelamento de um show de Stevie Wonder para a organização Amigos das Forças de Segurança de Israel como um caso de boicote bem sucedido. Wonder desistiu de participação do evento de arrecadação de fundos após sofrer pressões.
Leia na íntegra a carta aberta de Roger Waters, postada no Facebook.