RIO - Seis anos depois de começarem a trabalhar juntos, Felipe Lozinsky e Gustavo Rozenthal - os DJs que formam a dupla Felguk - lançam seu primeiro EP, “Slice & Dice”, com seis faixas (que podem ser ouvidas e compradas no site Beatport). O álbum de electro house marca uma nova fase na carreira dos cariocas, com uma nova logomarca e turnê exclusiva do disco.
- Sempre tivemos essa vontade de trabalhar nossas músicas como uma banda tradicional, que constrói um disco, faz uma turnê dele, e depois passa para uma nova etapa. Na música eletrônica, os lançamentos costumam ser em moto-contínuo, single após single, junto com os shows. Nós queríamos esse esquema do álbum, que dá mais liberdade para lançarmos faixas que vão funcionar na pista e também outras mais experimentais - explica Gustavo Rozenthal.
A música mais experimental do EP, o dubstep “Shine on”, é uma parceria com o duo israelense Infected Mushroom. Mas trabalhar com grandes nomes da música não é novidade para os brasileiros, que, em 2009, fizeram um remix de “Celebration” para ninguém menos do que Madonna. Em seguida, vieram remixes para o rapper Flo Rida e The Black Eyed Peas. Ano passado, o Felguk abriu os shows da perna brasileira da turnê MDNA, da rainha do pop.
- Foi a primeira vez que tivemos o reconhecimento de pessoas de fora da música eletrônica, e puxou remixes para outros artistas do pop - diz Rozenthal sobre o trabalho com Madonna. - Até meu pai, que não entende de música eletrônica, quando soube do remix, ficou super orgulhoso! (risos) Foi muito bacana deixar a família orgulhosa.
Apesar do sucesso entre os artistas do pop, ainda há ídolos com os quais a dupla sonha em trabalhar. Bono Vox, Florence Welch, Justice e Skrillex estão no topo da lista. A estrela do dubstep, aliás, assistiu a um show dos brasileiros na boate Avalon, em Los Angeles, quando eles dominavam as pistas americanas com o hit “2nite”, em 2010.
- Esbarramos com o Skrillex pouco tempo depois, em um festival, quando ele já tinha estourado, e o cara disse: “Sou fã de vocês”. Para nós, ele é mais ídolo do que fã - diz Rozenthal, humilde.
O encontro aconteceu duas semanas depois do americano lançar o segundo EP da carreira, “Scary monsters and nice sprites”, pelo mesmo Beatport que, este mês, lançou o álbum da dupla carioca. Com uma média de 150 shows por ano, a maior parte deles fora do Brasil, o Felguk parece não estar tão longe de seu ídolo. Nesta sexta-feira (26), Lozinsky e Rozenthal embarcam para o conceituado festival Tomorrowland, na Bélgica. Em setembro, será a vez do Rock in Rio.
- Tocar no Rock in Rio vai ser especial, porque é um festival do qual sou público. Fui em 2001, em 2011 e iria de qualquer jeito este ano. Então vai ser uma delícia curtir o evento como uma das atrações - diz o produtor musical, prometendo um set com referências a Pink Floyd, Red Hot Chili Peppers e Queen.