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Morre o ator argentino Duilio Marzio, aos 89 anos

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RIO - Fiel a um lema que decorou de um diálogo de "A estrada da vida", de Federico Fellini - "Na vida, cada pedrinha tem uma razão de ser" -, o ator argentino Duilio Marzio morreu nesta quinta-feira, aos 89 anos, deixando um currículo de 40 filmes e muita militância. Morreu de falência múltipla dos órgãos. Seu trabalho no cinema político feito em sua pátria durante os momentos de maior instabilidade civil por lá, ao longo da ditadura, deu a Marzio prestígio internacional, sobretudo por "El inquisidor", de 1975.

Neste dia em que a Argentina perdeu também León Ferrari, seu mais importante artista plástico contemporâneo, a morte de Marzio deixou de luto o teatro, onde ele militou desde a década de 1940, nos palcos e fora deles. Estudante de Direito na juventude, mais interessado nas aulas eletivas de artes cênicas do que nas disciplinas obrigatória de advocacia, ele foi o dirigente da Associação Argentina de Atores de 1964 a 1968.

Elogiado pela crítica teatral de seu país ao estrelar peças de escopo universal como "Gata em teto de zinco quente" e "Eqqus", Marzio estreou no cinema em 1949, no filme "Fin de semana". Menos de uma década depois, seria consagrado com prêmios da indústria cinematográfica argentina pelos filmes "El jefe" e "El candidato", entre 1958 e 59. No início dos anos 1960 foi estudar nos EUA, no Actor's Studio e chegou a conhecer Marilyn Monroe.

Há quatro anos, por problemas de saúde, ele se afastou da telona, deixando como último trabalho "Horizontal/ Vertical", de 2009.


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