RIO - Depois de levar príncipes e princesas para o sertão, em “Cordel encantado”, as autoras Thelma Guedes e Duca Rachid mudaram radicalmente de cenário. A dupla acaba de voltar de uma viagem de 17 dias por Nepal e Butão, na Ásia, onde buscou “inspiração e elementos para o trabalho de criação” de “O pequeno Buda”. A novela será a sucessora de “Flor do Caribe”, que, por sua vez, ocupará o espaço deixado por “Lado a lado” no horário das 18h da Globo, em março.
A viagem, dizem elas, foi fundamental para a nova empreitada. Depois de passar uma noite em Doha, no Catar, no Oriente Médio, a equipe de novela visitou Kathmandu e Pokaha, no Nepal. As cidades de Paro e Timpu, no Butão, também fizeram parte do roteiro.
Além de um guia local, o grupo teve a ajuda do guia brasileiro Rafael Russi. As autoras viajaram acompanhadas dos diretores Ricardo Waddington e Amora Mautner, do cenógrafo João Irênio, da produtora de arte Ana Maria Magalhães e das produtoras Simone Lamosa e Andreia Carvana.
Durante as visitas, as duas postaram inúmeras imagens em suas contas na rede social de fotos Instagram (algumas delas ilustram estas páginas). A equipe aproveitou a estada para realizar pesquisas e fazer levantamento de locações. O início das gravações de “O pequeno Buda” está previsto para abril.
— Teremos pelo menos 12 capítulos com cenas gravadas no Nepal — adianta Thelma.
DUCA RACHID:
“Gentileza é a palavra que melhor define o caráter do povo nepalês. Eles nos receberam com extrema atenção e delicadeza e generosamente dividiram com a gente um pouco da riquíssima cultura do país! Foi maravilhoso visitar lugares tão importantes para o budismo tibetano, como a estupa Boudnaht e conversar com o Lama Tsonamgel, que nos deu preciosos esclarecimentos sobre o budismo; e com o Lama Thubten Kunkyen, que nos guiou por uma visita emocionate ao Monastério Kopan! Fiquei extremamente agradecida a eles e aos nossos guias nepaleses Prabin Lakne e Mausham Shakya. Além de Karma Dhendup, que nos acompanhou no Butão, onde o ponto alto da visita foi o impressionante Monastério do Ninho do Tigre, à beira de um abismo escarpado. Tivemos ainda o apoio de Rafael Russi, nosso guia brasileiro. Mais do que um guia, foi um grande amigo e companheiro de viagem.”
THELMA GUEDES:
“É muito difícil descrever o que senti durante esta viagem que fizemos ao Nepal e ao Butão. Fomos à procura de belas imagens, inspiração e elementos para o trabalho de criação da nossa próxima novela, ‘O pequeno Buda’. Mas encontramos bem mais que isso. Foi uma experiência profunda que marcou a minha vida. No Nepal, em meio ao aparente caos material, encontramos um povo e uma cultura muito surpreendentes. Um lugar onde o respeito ao outro é algo natural, e a compaixão é uma lei que inclui tudo e todos. O Butão é um lugar mágico. A subida a pé até o Monastério do Ninho do Tigre (são duas horas de caminhada por uma trilha para se conhecer o monastério do século XVII construído na beira de um precipício de mais de 3 mil metros em Paro, distrito do Butão) é uma aventura, mas, ao mesmo tempo, é uma forma de meditação.”