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Crítica: soulman Mayer Hawthorne está mais pop em seu novo disco

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RIO - Mayer Hawthorne começou o ano dizendo, num vídeo publicado no YouTube, que fazia tempo desde sua última música inédita, mas que um derrame de novas canções estava por vir. Não deu outra. Um dos maiores soulmen da sua geração, dono de um falsete impecável, o cantor divulgou este mês seu terceiro disco de estúdio. O conjunto de 15 faixas de “Where does this door go” é uma guinada na carreira do artista, que desatou um pouco o seu nó com o soul dos anos 70, misturando a herança da Motown com traços do pop atual.

O americano de 34 anos já havia dito numa entrevista que estava bem mais relaxado, e menos controlador, em relação a este álbum. Em vez de produzir o disco todo, como fez nos anteriores, Hawthorne chamou uma porção de artistas, como Pharrel Williams, parceiro do Daft Punk no disco “Random access memories”, e Greg Wells, que já trabalhou com Adele, Elton John e várias outras estrelas. O resultado é um setlist bem menos homogêneo do que, por exemplo, “Strange Arrengement”, sua aclamada estreia no mercado fonográfico, divulgada pelo cultuado selo Stones Throw Records, em 2009.

A crítica musical está dividida em torno de “Where does this door go”. Tem gente com saudade daquele estilo soul mais puro que projetou o músico nascido em Detroit e radicado em Los Angeles. Mas é certo que Hawthorne abriu seu leque no momento certo pra estourar. Se a ideia é fazer companhia a Justin Timberlake e outros branquelos da black music no topo do pop, o caminho estético bom é esse. Mas pra chegar lá ele ainda tem que pedir a benção de Jay-Z.


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