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Noah Wyle agora é presidente dos EUA no terceiro ano de ‘Falling skies’

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Os Estados Unidos da América agora têm um novo presidente. De volta em sua terceira temporada, “Falling skies”, que estreia no Brasil na sexta-feira (com episódio duplo a partir das 22h30m, no TNT), traz o professor de história, pai e matador de aliens Tom Mason, interpretado por Noah Wyle, no mais alto posto da nação. Agora, ele lida com a missão de libertar o planeta da invasão alienígena, criada e produzida para a TV pela mente de Steven Spielberg. Ainda lembrado por uma parte do público como o simpático doutor John Carter, de “Plantão médico” — série na qual atuou entre 1994 e 2009 —, Wyle diz que os dois personagens têm pouco em comum.

— Carter se sentia culpado por ter nascido com vantagens. Então ele se colocava em situações difíceis, para se testar, ver se merecia estar naquela posição. Já Tom se define antes de tudo como pai e professor, o que também é como uma prisão, pois ele se fecha nisso. Mas os dois são inteligentes e morais — aponta o ator, hoje com 42 anos.

Curiosamente, não são referências nem ao papel atual, nem ao antigo, que ele diz ouvir com mais frequência nas ruas de Los Angeles, cidade onde nasceu e vive:

— As pessoas me reconhecem mais pelos filmes “Donnie Darko” (2001) e “O guardião” (2004). Caras de 30 anos sempre me param e dizem: “Donnie Darko!”, e famílias falam mais de “O guardião”. Mas escuto um “Tom Mason!” e “oi, John Carter” aqui e ali. Acho que agora estão começando a esquecer Carter e lembrar mais do personagem atual.

No entanto, a experiência em “Plantão médico”, de uma certa forma, acabou sendo resgatada nos novos episódios de “Falling skies”, que estreiam hoje nos EUA. Parceira de tantas noites na emergência do County General Hospital na pele da enfermeira Jeanie Boulet, a atriz Gloria Reuben agora aparece em “Falling skies” como uma peça-chave no gabinete de governo de Tom Mason.

— Foi maravilhoso contracenar com Gloria novamente, depois de tantos anos em “Plantão médico”. E ela veio renovada após a performance em “Lincoln” (filme de 2012, dirigido por Spielberg). Então, criativamente, veio dando as cartas do jogo — elogia o ator.

Se Wyle tem nova companhia em cena, seu personagem também ganha outros desafios. Ser presidente do país, diz o ator, não é exatamente uma tarefa fácil para o professor.

— Aceitar este posto de presidente é muito mais um jogo psicológico com a população. Tudo estava à beira de ir para o caos, e a melhor maneira de fazer as coisas voltarem ao normal é ter um tipo de líder. Então, Tom Mason agora é a figura do presidente, mas não está pronto para isso. Ele passou as duas últimas temporadas entendendo o conceito de liderança, que conhecia apenas na teoria. Agora, Tom vai crescer mais e mais dentro do papel de presidente ao longo dos episódios — explica Wyle.

Além de ter que fazer valer sua voz de comando, Mason ainda terá de lidar com um espião que passa informações para o lado alienígena, uma morte e o nascimento de seu filho com a doutora Anne (Moon Bloodgood). A chegada de uma nova integrante à família deve complicar ainda mais a relação entre o casal: o bebê de Mason e da pediatra se mostra bastante diferente dos recém-nascidos comuns, fazendo a médica questionar se o que está vendo é realidade ou criação de sua mente, fruto de uma possível depressão pós-parto. Nas gravações, Wyle ajuda Moon nas cenas de hospital, dando dicas para tornar as ações mais reais.

Na vida real, a atriz ficou grávida na pausa entre a produção das temporadas e acabou tendo um intenso treinamento em sua própria casa para o novo papel de mãe.

— Eles me engravidaram na série antes de eu saber que estava grávida de verdade (risos). Isso me fez ficar mais maternal perto dos garotos da família Mason, mas eu senti falta de fazer as cenas de ação nesta temporada — conta Moon, que já teve sua filha e exibe novamente um corpão.

Produtor-executivo da série, Remi Aubuchin diz que é justamente a oposição entre a vida familiar e a nova rotina de líder que vai dar o tom desta temporada.

— O grande desafio de Tom será balancear a presidência com os problemas familiares. Ele será obrigado a fazer escolhas que não queria — diz Aubuchin, que trabalha com o aval de Spielberg: — Ele participa intensamente da série, não diariamente, mas lê todos os roteiros e opina.

Sempre correto, Tom Mason é conhecido por seus longos discursos para motivar o povo de Charleston, cidade onde vive. Como um presidente de verdade faria, o professor continua fazendo uso de belas palavras e discursos nesta terceira temporada — agora, mais inspirado do que nunca pela história americana.

— Botei um toque de Abraham Lincoln aqui e um pouco de Andrew Jackson também. São presidentes americanos que fizeram diferença no país — conta o ator, reverenciando o 16º e o 17º governantes dos EUA, que figuram na série como pinturas no escritório do personagem.

Apesar do novo posto, Mason não abandonará o visual de galã do faroeste e continuará montado em seu cavalo, empunhando armas de última geração. Mas Charleston ainda deve ganhar um ar verde e amarelo no 10º e último episódio da temporada, misteriosamente batizado de “Brazil”

— O Brasil entra na brincadeira no final desta temporada, não posso revelar muito. Mas aparece como um lugar, e não como um personagem —faz suspense o produtor-executivo da série.


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