As artistas Maria Lassnig e Marisa Merz serão premiadas, durante a Bienal de Veneza, com o Leão de Ouro pelo conjunto da obra. A entrega dos prêmios ocorrerá no dia 1º de junho, no evento de abertura do festival. A decisão foi tomada pelo conselho da bienal, presidida por Paolo Baratta, seguindo a indicação do curador da exibição Massimiliano Gioni.
A Bienal de Vezena representa um marco na história da arte por ter apresentado, em 1895, exposições de perfis internacionais e contemporâneos de grandes proporções. A mostra divide-se em exposições de arquitetura, arte, cinema, dança, música e teatro. Este ano, a bienal acontece de 1º de junho a 24 de novembro.
Segundo Gioni, a artista austríaca Maria Lassnig, de 93 anos de idade, desenvolveu seu trabalho sobre a representação do corpo e também do indivíduo. Suas obras revelavam o artista em estado de “inquietude, excitação e desespero”. Desde cedo, a artista trabalhou com o autorretratato, adaptando seu estilo para pinturas dramáticas que exploram estados profundos de confusões sentimentais.
“Ela representa um exemplo único de obstinação e independência que merece ser celebrado com um Leão de Outro por conjunto de obra”, declarou o curador em nota à imprensa.
Lassnig ocupou o pavilhão austríaco na Bienal de Veneza em 1980, participou de duas edições da Documenta, em Kassel, na Alemanha, e teve apresentações individuais no Centre Georges Pompidou, em Paris, e na Serpentine Gallery, em Londres.
Nascida em Turim, na Itália, Marisa Merz destacou-se por reflexões “sobre a esfera doméstica e técnicas artesanais associadas ao trabalho manual feminino”, conforme destacou Gioni. Para o curador da bienal, a artista possui um estilo “epifânico, como que cultuado ao longo de anos de solidão”, e seu trabalho convida o expectador a “captar o mundo com os olhos fechados”.
Merz venceu o prêmio especial do júri na Bienal de Veneza em 2001 e participou da mostra em 1998. Seu trabalho esteve na Documenta, em mostras no Guggenheim de Nova York, e na Tate, em Londres.