Luci Pereira é de Caruaru, Pernambuco. Quando menina, fez cursos de teatro e artesanato. Mas ao se mudar para São Paulo para tentar a vida como artesã, em 1998, não imaginou que viria a se tornar atriz. Um convite inesperado para um teste a levou para frente das câmeras e para os palcos, de onde não saiu mais. Um dos destaques de “Salve Jorge” na pele da doméstica Creusa, ela agora se prepara para encenar duas peças em São Paulo.
Como foi a mudança de Caruaru para São Paulo?
Duas primas moravam lá e diziam para eu me mudar também, pois teria mais clientes como artesã. São Paulo é a terra das oportunidades, né? Me mudei com dois filhos, trabalhei com decoração de eventos, dei aula de teatro infantil na secretaria de Educação do município, fiz figurino para grupos de teatro...
E como virou atriz?
Fazia comida nordestina para vender nos fins de semana em um galpão de teatro. Quando estavam usando o espaço para fazer seleção para o filme “Narradores de Javé”, sugeriram que eu também fizesse o teste, pois buscavam uma atriz com a minha idade. Acabei levando o papel. Nunca tinha imaginado na minha vida fazer televisão ou cinema, mas, graças a Deus, as coisas foram acontecendo. Fiz outro filme, novela, minissérie, especias para a TV...
Creusa foi seu papel de maior repercussão?
Com certeza. Creusa é folgada e engraçada, as pessoas se identificam muito, principalmente empregadas que servem de cupido para seus patrões. Não posso ir ao supermercado que me param para perguntar se Helô (Giovanna Antonelli) e Stenio (Alexandre Nero) ficarão juntos. Pena que a novela já está acabando.
E quais são os seus projetos agora?
Já estou ensaiando dois espetáculos que estreiam em agosto em São Paulo: a comédia “Na boca do leão” e o infantil “Cinderela”. Serei a madrasta.