RIO - A peleja continua. Snoop Lion (a versão rasta de Dogg) concedeu longa entrevista à revista "Rolling Stone" dando mais pano pra manga na discussão com Bunny Wailer. O integrante do The Wailers, que tocou com Bob Marley, chegou a colaborar com o rapper e participou do filme "Reincarnated", em que Snoop explica sua aproximação do rastafarianismo. Mas a relação dos dois degringolou quando Wailer cobrou que sua adesão ao movimento não fosse "comercializada". No filme, a Adidas, que patrocina o cantor, tem ampla exposição. A participação no disco homônimo acabou não acontecendo. E a discussão pública começou.
O rapper começa a conversa ensaiando um discurso conciliador. "Isso é falta de comunicação, não vou falar nada negativo porque amo muito ele." Em seguida, afirma que, apesar de continuar sendo "um gangsta", não desfiaria xingamentos bem ao estilo de Dogg.
Mas a "elegância" não dura muito tempo. Ao lembrar os tempos do músico no The Wailers, afirma: "Você era só mais um deles: Bob, Peter Tosh, e depois você. Os mortos significam mais do que você vivo".
Lion explica que optou por não ter a participação de Wailer no disco depois que ele começou a "emanar energia negativa". "Mas mantive ele no filme para mostrar a positividade dele contra a negatividade."
Dizendo-se apoiado pela família Marley, Snoop disse que não ouviu crítica alguma das pessoas que ele visitou no Templo Nyabinghi. "Eles são os verdadeiros rastafaris", afirma.