RIO - Considerada uma das bailarinas americanas mais brilhantes do século XX, Maria Tallcheif morreu nesta quinta-feira, aos 88 anos, em Chicago. A notícia foi confirmada por sua filha, a poeta Elise Paschen. Ex-mulher e musa inspiradora do renomado coreógrafo George Balanchine, Maria passou pelas principais companhias de dança dos Estados Unidos.
Reconhecida por sua rapidez e energia, Maria despontou para o sucesso em 1949, ao interpretar o papel título de "Firebird", de Stravinsky. Esta foi uma das muitas coreografias que Balanchine criou para ela. De ascendência indígena, nascida em Oklahoma, Maria fazia parte de um grupo que ainda incluía Rosella Hightower e sua própria irmã, Marjorie Tallchief.
Nascida e criada em uma época em que a maioria dos dançarinos americanos adotavam nomes artísticos russos, Maria era orgulhosa de suas origens e se recusou a assinar Tallchieva. Suas primeiras aulas de balé aconteceram durante as férias de verão de sua família. Ao se mudar para Los Angeles, aos 8 anos, a menina que pensou em ser pianista, desenvolveu suas habilidades na dança, estudando com Ernest Belcher e Bronislava Nijinska, ex-coreografo do balé Diaghilev.
Seu primeiro trabalho com Balanchine foi em 1944 e os dois se casaram em 16 de agosto de 1946. A união durou quatro anos. Em sua vida profissional, Maria se tornou uma proeminente solista no Ballet Russe, depois integrando o New York City Ballet, na época sob a tutela de seu então marido. Ao regressar ao Ballet Russe, em 1954, a bailarina ganhava até US$ 2 mil por semana, o mais alto salário pago para um dançarino na época.
Depois de se aposentar, na década de 1960, mudou-se para Chicago, onde fundou a Ballet School of the Lyric Opera e foi diretora artística do Chicago City Ballet. As informações são do "New York Times".