RIO - Atrajetória do artista plástico carioca Hélio Oiticica (1937-1980) será revista e discutida, em diferentes plataformas, no 63º Festival de Berlim, que acontece de 7 a 17 de fevereiro. A obra do brasileiro é um dos temas da programação da mostra Forum Extended, seção dedicada ao trabalho de nomes que se destacaram nas diferentes formas de arte. Em 2013, o espaço também terá como convidados de honra a italiana Isabella Rossellini e o americano Richard Foreman.
A peça central da homenagem é a exibição de “Hélio Oiticica”, de César Oiticica Filho, documentário estruturado a partir de antigas fitas cassete em que Oiticica registrou suas ideias para os amigos mais próximos. O trabalho venceu o troféu da categoria no Festival do Rio deste ano.
Mas o tributo alemão inclui ainda uma seleção de filmes em Super 8 feitos pelo próprio Oiticica — ou sobre ele —, e uma mesa de debates com o historiador Sabeth Buchman. O público também poderá experimentar, por uma noite apenas, após a primeira projeção de “Hélio Oiticica”, a instalação “Cosmococa”, que convida a audiência a mergulhar em imagens e sons dentro de uma piscina.
— A experiência proposta pelo Hélio não acaba no filme — explica Oiticica Filho.