RIO - Dez anos se passaram desde que Gilberto Gil assumiu o Ministério da Cultura (MinC), e expressões como “cultura digital” e “economia criativa” se tornaram corriqueiras na pasta. Quem estuda política cultural garante que, entre 2003 e 2010, Gil e seu sucessor, Juca Ferreira, conseguiram dar ao Estado um novo papel: o de articulador da cultura. E é defendendo essa tese que a editora Versal lança, às 19h desta terça, na Livraria da Travessa de Ipanema, o livro “Cultura pela palavra — Coletânea de artigos, entrevistas e discursos dos ministros da Cultura 2003-2010”.
Organizada pelo economista Armando Almeida, pela pedagoga Maria Beatriz Albernaz e pelo sociólogo Mauricio Siqueira, a obra tem 600 páginas e reúne 19 artigos que Gil e Juca assinaram na imprensa brasileira quando ministros. Além disso, há 19 entrevistas que concederam a revistas e jornais brasileiros e estrangeiros e 61 discursos que proferiram no comando do MinC.
— Gil e Juca alteraram radicalmente a visão que se tinha sobre políticas públicas no campo da cultura, não só no Brasil — afirma Almeida.— Registrar isso em livro é acumular essa experiência.