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A pirataria não prejudica a venda online de músicas, aponta estudo

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MADRID — A maioria das músicas baixadas ilegalmente na internet não representa uma perda de receita para a indústria, pois elas não seriam compradas de outra forma. Além disso, o download ilegal tem um impacto positivo (mas pequeno) nas vendas. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa do Instituto de Estudos e Perspectivas Tecnológicas da Comissão Europeia.

O estudo deixa de lado o impacto no mercado de discos físicos ("suficientemente estudado"), mas recorda que em muitos países ele segue sendo relevante, reconhecendo o forte impacto negativo da pirataria nas vendas de CDs e DVDs.

O Instituto também aponta o lançamento da loja online iTunes (2003) como um marco, por mudar o hábito de compra de muitos consumidores, antes impossibilitado de adquirir canções avulsas.

"Se substitui o consumo de música legal pelo consumo ilegal, mas grande parte do que se consome ilicitamente não seria adquirido sem a pirataria", conclui o texto. "Talvez surpreendentemente, nossos resultados não apresentam evidências de deslocamento das vendas de música digital. Encontramos diferenças importantes entre os países nos efeitos dos downloads nas compras, mas nossas conclusões sugerem um pequeno complemento entre os canais de consumo (downloads e lojas). Parece que a maioria da música que é consumida ilegalmente pelo público nunca seria comprada se não existissem sites de download ilegal. O efeito complementar dos serviços de streaming é maior."

Segundo o estudo, um aumento de 10% de cliques em sites de download ilegal gera um crescimento de 0,2% nas compras. No caso de serviços de streaming, esse número chega a 0,7%. Os pesquisadores admitem que os números são baixos: "apesar de positivos e significativos, a elasticidade estima é essencialmente zero".

O Instituto assinala que, considerando o crescimento das vendas digitais (cerca de 1.000% entre 2004 e 2010), a "pirataria musical não deveria ser vista como um problema crescente para os donos de direitos autorais na era digital, pois os novos canais tem efeitos positivos para os autores".

O estudo ouviu 16 mil pessoas na França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido durante o ano de 2011. Segundo suas conclusões, os alemãs são os que mais compram músicas na internet e que menos baixa ilegalmente. Já os espanhóis, junto com os italianos, são os que menos compram e mais baixam. Os franceses são mais habituados ao streaming.


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