RIO - Baixista de boa parte das formações do Defalla (inclusive a atual), Flávio Santos não deixou a inconstância da banda afetar a regularidade da sua produção musical. Além de fazer trilhas sonoras para cinema (como a de “Tolerância”, longa de ficção de Carlos Gerbase), ele manteve um projeto próprio, o Flu, que lançou em janeiro o seu terceiro álbum, “Rocks” (YB Music). Neste sábado, o músico gaúcho faz uma visita ao Rio (onde morou durante cinco anos) para apresentar o repertório do disco, em show no Áudio Rebel, em Botafogo, a partir das 19h30m.
— Antes, eu fazia meus discos no computador e depois pensava como ia mostrá-los ao vivo. Dessa vez, peguei as minhas músicas e levei para uma banda de rock tocar. Aí, o que era teclado virou riff de guitarra — explica Flávio, que já lançou os discos “...E a alegria continua” (em 1999) e “No Flu do mundo” (em 2003), mais voltados para experiências eletrônicas com a MPB.
Para tocar no Audio Rebel os rocks instrumentais do novo disco (“Testativa menthol”, “Paulinha” e “Guista”, entre outros), o baixista recorre ao auxílio de alguns dos amigos músicos que fez na passagem pela cidade: os guitarristas Gustavo Benjão e Gabriel Bubu (do grupo Do Amor) e o baterista Robson Vintage (dos Seletores de Frequência, banda do rapper BNegão).
— Resolvi encarar que a minha veia é o rock mesmo — admite o músico, nada preocupado com um possível conflito de agendas entre o seu trabalho solo e o Defalla. — Não acredito que o Flu vá ser contratado algum dia por uma grande gravadora, ou então que ele comece a fazer muitos shows por aí. Dá para ir conciliando os dois projetos, sim, perfeitamente.