O DJ Bob Sinclar, o cara por trás dos hits “Love generation”, “World, hold on” e “Far I’amore”, será a principal atração do Rio Music Conference (RMC), na Marina da Glória, na segunda-feira de carnaval, dia 11. O francês, que tocou no mesmo evento há dois anos, está empolgadíssimo para voltar a terras tupiniquins e apresentar novas músicas os brasileiros — ele também se apresentará em Salvador.
— Mal posso esperar para tocar no Rio para mais de 5 mil pessoas. Lembro que, quando toquei no RMC, dois anos atrás, havia uma multidão louca para participar da festa na minha frente. O Rio é a capital da música no mundo, por isso adoro tocar para os cariocas. Preparei um monte de faixas novas, porque será o momento certo para testá-las antes do verão europeu. Mas claro que também vou tocar todos os meus clássicos, de “Love generation” a “World, hold on”, passando por “Groupie”, tudo repaginado — diz Bob Sinclar.
O hit maker — cujo primeiro sucesso foi “Gym tonic”, lançado em 1998 e co-produzido por Thomas Bangalter, do Daft Punk — já esteve na cidade, inclusive, durante o carnaval. Por isso, ele não espera nada menos do que êxtase em sua apresentação na próxima semana:
— Como a minha música é baseada na percussão, ela se encaixa perfeitamente à linguagem corporal dos brasileiros. Acho que temos uma conexão especial — arrisca o francês, cujo nome de batismo é Christophe Le Friant.
Os elogios fartos de Sinclar ao público brasileiro parecem ser sinceros, já que o francês também é louco pela nossa música. Além de ter sido influenciado pela Bossa Nova, que escuta desde que era criança, ele também “descobriu” a cantora brasileira Salomé de Bahía, com quem trabalhou em diversos projetos, como a faixa “Outro lugar”.
— A música brasileira é a raíz do meu som, porque, desde os anos 60, a Bossa Nova era importada para a França por cantores como Henri Salvador e era muito popular no rádio. Fui muito influenciado por Jorge Ben Jor, Elis Regina, Quarteto Novo, Joyce e Tom Jobim — conta Sinclar. — Hoje, posso dizer que amo os bailes funk e artistas como o Mc Leozinho. Eu também adorei o álbum da Maria Gadú, e Seu Jorge é meu cantor favorito.
Misturar culturas de outros países ao pop, para criar sucessos da pista, é a especialidade de Sinclar. Em 2010, o músico lançou o álbum “Made in Jamaica”, repleto de influências da ilha caribenha. Para ele, um DJ nunca deve temer frequências desconhecidas.
— Criar novos sons é a essência do trabalho do DJ e a música pop está abraçando isso no momento. Meu objetivo sempre foi misturar diferentes gêneros musicais para criar novos sons — comenta Sinclar, que, depois de ter atingido o auge da carreira de um DJ, com suas faixas figurando no topo das paradas, tem apenas uma ambição profissional: — Quando estou tocando em frente ao público, se a multidão enlouquecer, então meu objetivo foi alcançado.