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Jovens declaram seu amor aos Titãs, com 30 anos de carreira

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RIO - Antes de nascerem, seus ídolos já faziam sucesso espalhando o rock pelas rádios brasileiras. Hoje, trinta anos após sua fundação, o Titãs ainda conquista o coração roqueiro dos jovens, mesmo aqueles que nasceram para lá da década de 90. Para comemorar as três décadas de carreira, o grupo relançou a turnê de seu terceiro álbum, “Cabeça Dinossauro”, de 1986. É esse show que os Titãs apresentarão, neste sábado, no Circo Voador, onde centenas de jovens estarão vibrando a cada canção.

Os pais e tios dessa garotada, que cresceram junto com os Titãs, foram os grandes responsáveis por ensinar os primeiros passos da paixão pela banda. Rafaela Mascarenhas, de 23 anos, “culpa” o pai e a TV pelo vício. Toda vez que ela e a irmã ligavam o aparelho, o pai cantava: “Ô cride, fala pra mãe que tudo que a antena captar meu coração captura!”, verso da música “Televisão”. A garota não teve opção: passou a ouvir todos os sucessos. Quando criança, ela gostava tanto do grupo que andava de carro com o tio só para ouvir o “Acústico MTV Titãs”, de 1997, já que não tinha CD player em casa.

- Os Titãs são especiais porque pertencem a uma geração da qual eu queria ter feito parte, e também pelas influências durante a infância - explica Rafaela.

Thiago Calago, de 22 anos, também cresceu ouvindo ao lado do pai “Marvin”, “Flores” e “Bichos escrotos”, canção que faz sua imaginação voar:

- Quando ouço essa música, tenho fortes lembranças da minha infância. Na minha mente infantil, imaginava um monte de bichos feios andando pelas ruas! Mas cresci e, claro, mudei o jeito de ouvi-la.

O paulistano Giuliano Di Martino, de 21 anos, também se recorda da infância ao ouvir o álbum “Cabeça Dinossauro”. O pai, que é músico, vivia tocando as faixas do disco na guitarra. Assim que começou a aprender a tocar instrumentos, a garoto também partiu para os hits dos Titãs.

- É um dos CDs mais importantes da música nacional. Ele abriu as portas para o rock brasileiro, e contém muitas letras de protesto. O disco uniu o mainstream ao punk sujo dos anos 80. Por isso, ele é um marco - opina Giuliano, que, hoje, é baterista.

O rapaz já assistiu ao show do “Cabeça Dinossauro”, que Rafaela e Thiago estão tão ansiosos para ver. Ele pôde conferir a apresentação durante a Virada Cultural Paulista, em maio do ano passado, na Avenida São João. O pai estava ao seu lado, claro.

- Fiquei muito emocionado, porque lembrei muito da minha infância. Foi demais viver aquele momento com o meu pai, ainda mais naquele ponto da cidade, que é tão importante para a música - recorda Giuliano. - No show, me dei conta que nenhuma das músicas do álbum envelheceu. Elas continuam fazendo barulho.

Os fãs cariocas também se dizem muito felizes com a longevidade da banda que marcou suas vidas, mesmo que, no caminho, ela tenha perdido alguns integrantes. Inicialmente com nove músicos, hoje, os Titãs têm quatro da formação original: Sergio Britto, Branco Mello, Paulo Miklos e Tony Bellotto.

- Mesmo com tantas mudanças ao longo dessas três décadas, amo essa banda. E se eles estão aí até hoje e fazem sucesso é porque conseguiram manter sua identidade por todo esse tempo - afirma Rafaela.


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