RIO - Uma das figuras mais emblemáticas da História da arte, Leonardo da Vinci volta à ficção na segunda temporada de “Da Vinci’s demons”, que a Fox exibe às 23h15 de terça, a partir desta semana. Criada pelo roteirista e produtor David S. Goyer (da mais recente trilogia do Batman no cinema e de “O homem de aço”, de 2013), vencedora do Emmy de melhor abertura e tema musical, a megaprodução mistura ação e drama, retratando a disputa por poder entre Florença e Roma no Renascimento.
Antagonista na atração, estrelada por Tom Riley como Da Vinci, Blake Ritson interpreta o vilão Conde Riario.
— Meu personagem está mais bruto. Acho que a máscara caiu e nós vemos essa ferocidade e barbárie de alguém que está disposto a tudo para conseguir o que quer — conta o ator, que já havia aparecido em outros programas épicos, como “Upstairs downstairs” e “Emma”: — Teremos flashbacks que vão ajudar a entender de onde vem o lado sombrio de Riario, e de que forma ele se tornou essa criatura.
Com dez episódios de uma hora, toda a nova temporada carrega um tom mais obscuro. O caos reina em Florença, e Da Vinci — na flor de seus 20 e poucos anos — chega ao limite de seu corpo e genialidade para defender a cidade das tropas de Roma. O artista parte em uma viagem à procura de informações sobre seu passado e do mítico “Livro de folhas”, uma espécie de cálice sagrado, com informações valiosas para o futuro sociopolítico da região. O conflito? Riario está atrás da mesma coisa.
— Vejo muitas semelhanças entre os dois. É uma relação complexa, você nunca sabe o quanto um está jogando com o outro. É quase uma partida de xadrez — explica Ritson: — Tudo nesta temporada ganhou ares de grandiosidade. Antes restrita à Itália, agora a série avançou para a América.
Até a preparação do ator foi mais intensa desta vez. Graduado em italiano medieval pela Universidade de Cambridge, Ritson não se ateve somente à pesquisa literária para construir o personagem.
— É claro que li muita coisa sobre o período, o que me ajudou bastante. Mas a maior parte do meu trabalho de preparação foi física, pratiquei krav magá durante um tempo. Foi importante, mas também um desafio enorme. Acabei com várias cicatrizes pelo corpo.