RIO — Servidores da cultura voltaram a entrar em greve nesta quarta-feira. A paralisação, que vai permanecer até esta quinta, fechou as portas de instituições de várias partes do país, incluindo o Museu Imperial, o Museu Nacional de Belas Artes e o Museu da Inconfidência. Na Paraíba, funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) pretendem levar faixas às ruas de João Pessoa a partir das 9h da manhã desta quinta, concentrando-se, à tarde, na Praça Rio Branco.
Uma greve por tempo indeterminado está prevista para o dia 12 de maio, exatamente um mês antes do início da Copa do Mundo. Os servidores pedem reajustes salariais, implantação de um plano de cargos e incorporação de gratificações. Procurado, o Ministério da Cultura informou apenas que está ouvindo as "reivindicações da categoria" e que "estuda com os servidores possibilidades e encaminhamentos".
No Rio, servidores da Biblioteca Nacional, que também não funcionou nesta quarta, fizeram um ato às 10h na Cinelândia, com faixas e carros de som. Nesta quinta, haverá uma assembleia, às 14h, nos pilotis do Edifício Gustavo Capanema. Segundo o presidente da Associação de Servidores da Biblioteca Nacional (ASBN), serão feitos um balanço dos piquetes e os acertos finais para a paralisação da próxima segunda-feira.
Uma paralisação de 24 horas já tinha sido realizada no último dia 29. A mobilização (O MinC tem atualmente 3.884 servidores em exercício) começou no início de abril e teve como marco um ato de servidores do Museu Imperial, em Petrópolis, entidade histórica aberta ao público desde 1943.