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Envolvido com a nova temporada de ‘Papo de polícia’, AfroReggae anuncia novos projetos para a TV

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RIO - O coordenador do Grupo Cultural AfroReggae, José Júnior, comandava uma gravação quando a equipe da Revista da TV chegou à sede da produtora carioca, na Lapa. Era o episódio “00”, feito especialmente para a internet, e um apertivo do que será exibido na quarta temporada de “Papo de polícia”, estreia de amanhã, às 23h, no Multishow. A cena ilustra bem o atual volume de trabalho do grupo.

— Produzimos conteúdo todos os dias. Temos demanda interna, o nosso site, fora os programas. O que me dá mais prazer é ver que estamos cada vez mais envolvido na criação de diversos projetos — destaca Júnior, em referência ao braço audiovisual do AfroReggae, que hoje tem uma equipe de 14 pessoas, entre produtores, roteiristas, editores, câmeras e diretores.

São vários os projetos. E vão além do reality que, desta vez, mostra o trabalho dos agentes federais Marcio Bouzas e Rafael Saraiva, do Núcleo Especial de Polícia Marítima, na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A segunda temporada da série documental “Paixão bandida”, sobre homens que cuidam da casa e da família enquanto as mulheres estão na cadeia, está no ar no GNT (quartas-feiras, às 21h).

No dia 28, estreia no mesmo canal a série documental “Órfãos da violência”, sobre pessoas que perderam seus pais para o crime. Já em 27 de julho, a sétima temporada do “Conexões urbanas” começa no Multishow. É graças ao “Conexões”, aliás, que o núcleo de vídeo da ONG nasceu. Júnior conta que, em 2008, recebeu um convite do produtor Augusto Casé para comandar uma atração televisiva que funcionasse com um diálogo entre o morro e o asfalto.

— Disse que não tinha interesse, porque já fazia muita coisa ao mesmo tempo no AfroReggae. Ele me convenceu com a condição de que o nome do programa fosse esse, o mesmo de um projeto social nosso. Chamei o (roteirista) Rafael Dragaud como parceiro e ele sugeriu que montássemos uma produtora — conta Júnior, emendando que o grupo conseguiu construir a sede na Lapa com a verba levantada com uma temporada do programa. — Depois disso, não paramos mais.

Ele comenta outras duas produções engatilhadas para o Multishow, ainda sem previsão de estreia: O “Zona neutra”, um programa de auditório gravado num anfiteatro no Morro do Cantagalo, em Copacabana, no qual debaterá temas variados, como o universo LGBT ou as torcidas organizadas. E “O Caminho de Abraão”.

— Neste último, farei o percurso não pacificado do personagem bíblico do Irã ao Egito, passando por Iraque, Turquia, Síria, Jordânia, Israel e Palestina. Serão aproximadamente 40 dias de caminhada — diz Júnior, em referência ao trajeto do pastor de cabras que atravessou territórios hoje divididos pelo ódio para dar início ao povo judaico, segundo a Bíblia.

Júnior lista ainda três séries de ficção previstas pela produtora: “Sem pai, nem mãe”, baseada na história real de vítimas de armas de fogo, “O preço”, também inspirada em fatos reais , mas em policiais que acabaram com os sequestros no Rio, e “Mediadores”, sobre a experiência do grupo com a mediação de conflitos.

— Tudo o que a gente faz é relacionado ao nosso universo: polícia, bandido, favela, projeto social, juntar inimigo... E quando falamos sobre violência, temos propriedade. Um dos meus câmeras, César Diórgenes, foi traficante. Se entregou à Justiça pelas mãos do AfroReggae e, quando saiu, demos emprego para ele.

Outra história de sucesso é a de Jefferson Oliveira, contratado pelo grupo como editor e alçado ao posto de diretor em “Papo de polícia".

— Esse mercado é injusto. Não tenho padrinhos e moro no complexo do Alemão até hoje. Provavelmente, não teria chance de dirigir um programa em outra produtora — reflete Jefferson.


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