RIO - Vasco Graça Moura, considerado um dos maiores escritores portugueses contemporâneos, morreu neste domingo, aos 72 anos. Hospitalizado em Lisboa, o escritor faleceu após uma longa luta contra um câncer, informou o Centro Cultural de Belém, do qual era presidente desde janeiro de 2012, e uma das mais agudas vozes contra o Acordo Ortográfico em Portugal. Romancista, poeta, tradutor, advogado e político, Vasco Graça Moura nasceu em 1942 em Foz do Douro, perto do Porto, e publicou 30 livros, entre eles, 'Modo mudando', de 1963, 'Os penhascos e a serpente', de 1987, e 'O caderno da casa das nuvens', de 2010.
Graduado em direito na universidade de Lisboa, Vasco Graça Moura atuou como advogado antes de se lançar na política, após a Revolução dos Cravos, em abril de 1974. Foi secretário de Estado em 1975, em dois governos sociais-democratas provisórios, e nomeado, em 1978, diretor da Radiotelevisão Pública Portuguesa (RTP). Eleito deputado em 1999, foi vice-presidente da comissão de cultura do Parlamento europeu, onde esteve até 2009.