RIO — O “Fantástico”, dominical que está há 40 anos na tela da Globo, vai mudar de cara — e de casa. A revista eletrônica dominical chegará repaginada às TVs dos telespectadores a partir de 27 de abril: será transmitida da nova redação, que ocupa um espaço de 500 m2 na sede da emissora no Jardim Botânico e é cheia de aparatos tecnológicos. Entre os novos “brinquedinhos” dos apresentadores Renata Vasconcellos e Tadeu Schimidt, está um telão de 25 m2.
— A gente trouxe o palco, o estúdio para a redação, então, o programa vai mudar bastante. Temos uma grua (espécie de guindaste que movimenta câmeras) que estica o braço em até 10 metros. A redação é muito bonita, grande, então a gente vai ter a possibilidade de filmar em vários lugares. O palco é retrátil, tem uma mini arquibancada em formato de arena que serve para a gente fazer as reuniões e pode comportar shows acústicos de artistas que a gente vai receber. Temos ainda um lounge, uma sala de estar, para entrevistas mais intimistas. E tem o canto do bar, para receber alguém para um café — detalha Renata durante a coletiva para apresentar à imprensa o novo formato do programa.
Outras novidades são as estreias de uma série com Drauzio Varella sobre câncer de mama e de um quadro de improvisação com plateia com Pedro Cardoso ainda sem nome e de um outro com crianças chamado “Câmera kids”.
— É um formato que a gente comprou, que faz umas coisas com câmera escondida com crianças e vê a reação delas. É a coisa mais fofa do mundo — destaca Jorge Espírito Santo, diretor artístico do “Fantástico”.
Para o diretor do dominical, Luiz Nascimento, a audiência será uma consequência do trabalho da equipe:
— O “Fantástico é líder de audiência há 40 anos. O principio básico que norteia a gente é a relevância, a responsabilidade de botar no ar assuntos que são interessantes. Há cada vez mais jogadores nessa disputa: a concorrência direta, os canais a cabo, a internet. Então, a gente enxergou isso como uma oportunidade para se divertir.
Na ocasião, Nascimento comentou o vazamento de imagens do piloto do programa, que foi transmido pelo canal virtual Absurda TV em 4 de abril:
— A gente vem gravando coisas desde fevereiro. Não faço a menor ideia do que aconteceu, de como essa fita vazou. A notícia caiu como um fato deplorável. Você acharia legal se você fizesse um trabalho que fosse roubado? O ato vai ter consequências legais, todo crime pressupõe consequências legais, senão a gente viveria num país de impunidade.