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Crítica: Em ‘Rua dos amores - ao vivo’, Djavan prova que ainda vale por mil dos seus discípulos

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RIO - Em 1999, Djavan lançou o álbum "Ao vivo", em dois volumes, que vendeu mais de 700 mil cópias. Era uma época em que os ouvintes ainda estavam renovando em CD as suas coleções de LPs, e as gravações de shows ainda eram uma mina de ouro. Quinze anos e muitas reviravoltas da indústria depois, não dá para dizer que "Rua dos amores - Ao vivo" seja uma grande jogada comercial. Registro do show de um disco que não chega a ser destaque na obra do alagoano, ele é na verdade a prova de como um Djavan sem ansiedade ainda vale por mil dos seus discípulos.

OK, o disco tem a enésima regravação de "Meu bem querer". Mas a redundância é compensada pela inclusão das pouco visitadas "Irmã de neon" e "Serrado". Distante, muito distante da overdose de sai-do-chão que se requer hoje em dia dos discos ao vivo da música popular, o cantor é bem mais sutil em sua sedução. Ela está lá no piano que chama para a dança em "Samurai", na elegância do arranjo de "Flor de lis", nos metais à la Tim Maia de "Sina" e na pura força de canções como "Oceano" e "Se", que o público se deleita em cantar junto. Não há reinvenções radicais, apenas a confiança no taco da sua velha banda e uma condução segura.

A parte atual ficou para "Maledeto", a faixa inédita, malandra, em que Djavan faz um esforço de atualização de linguagem. No fim das contas, é uma canção que tanto hoje quanto há 20 ou 30 anos atrás seria reconhecida como o mais puro Djavan.

Cotação: Bom


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