RIO — Cuidar dos dreads louros têm sido um desafio a mais para Johnny Massaro, de 22 anos, que interpreta o transgressor filho do poderoso coronel Epaminondas em “Meu pedacinho de chão”. Para manter o resultado do processo de caracterização, que demorou mais de 20 horas para ser finalizado, o ator afirma que só pode lavar as madeixas três vezes por semana.
— É bem difícil morando num país tropical, mas ainda não tive reclamação sobre o odor. Uso xampu anticaspa e tenho evitado praia ou piscina — diz o ator que também adotou lentes de contatos azuis para o personagem.
Os retoques, sob a orientação de Rubens Libório, caracterizador da novela, podem durar até seis horas, explica Johnny. Isso porque o diretor Luiz Fernando Carvalho optou pelo dread trançado, que dificulta a manutenção, mas dá um resultado mais natural.
— Meu cabelo é liso então os dreds vão escorregando. Luiz (Fernando Carvalho) não quis o dread amarrado, que parecesse remenda. Então, você lava, come, dorme e eles vão caindo. Apesar de todo o trabalho, o resultado ficou muito romântico — avalia o ator.
Na trama, Ferdinando, já homem feito, volta para casa depois de ter concluído a faculdade de Agronomia. Só que o pai, o coronel Epaminondas (Osmar Prado), está aguardando o filho com o diploma de advogado para fazer frente como político a Pedro Falcão (Rodrigo Lombardi). As diferentes ideologias vão gerar confrontos entre os dois.
— Tem sido engraçado contracenar com o Osmar, um ator tão visceral, que defende o personagem até as últimas consequências. A gente discute e ele defende o ponto de vista do Epa, não chegamos a lugar nenhum, assim como na novela. Ferdinando vai querer transformar a cidade, lutar pela reforma agrária, tema tão recorrente no Brasil — adianta.
Johnny Massaro fez sua estreia na TV ao 9 anos em “Floribella” (2005). Entre 2008 e 2010, ele se tornou conhecido entre os adolescentes ao interpretar o Fernandinho de “Malhação”. Antes de atuar em “Meu pedacinho de chão”, o ator deu expediente no filme “O divã” (2011) e na novela “Guerra dos Sexo” (2012).