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Dois filmes retratam diferentes momentos da família japonesa

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RIO — Em 1953, chegava aos cinemas “Era uma vez em Tóquio”, dirigido pelo mestre japonês Yasujirô Ozu (1903-1963). Cinco décadas mais tarde, o delicado retrato da família japonesa da primeira metade do século passado ganhava um refilmagem pelas mãos de Yoji Yamada, um dos novos nomes da cinema japonês contemporâneo, batizado de “Uma família em Tóquio” (2013). Ambos estão em cartaz esta semana no Estação Botafogo 2, em horários alternados, permitindo comparações entre o passado (não muito distante) e o presente da sociedade japonesa.

O enredo é basicamente o mesmo nos dois filmes: casal de idosos do interior decidem visitar os filhos e os netos na capital, e logo percebem que estes não têm tempo para os pais, que se sentem abandonados na grande metrópole. Extremamente respeitoso em relação à obra de Ozu, Yamada muda pequenos detalhes, como as profissões e as ocupações diárias dos filhos do casal, mas apenas o suficiente para colocar as relações humanas em sua perspectiva histórica — vale lembrar que o filme original se passa em um Japão ainda sob o impacto da derrota na Segunda Grande Guerra Mundial.


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