RIO - Com a ajuda de internautas, o projeto Street MicroDocs (“pequenos documentários das ruas”, em português) pretende criar um catálogo de artistas de rua do mundo todo. Lançado no fim de janeiro no Instagram, o perfil já reúne mais de 35 artistas e suas apresentações em minivideos de até 15 segundos - de uma banda de forró em São Paulo a um cantor de hip hop em Berlim, passando por um grupo musical indígena de Tarma, no Peru.
A série foi criada pelo gaúcho Daniel Bacchieri, mas é aberta a todos que quiserem contribuir com vídeos. É só enviar o registro de alguma performance de rua bacana para o e-mail: video@streetmicrodocs.com e não esquecer de colocar o nome do artista, o local da apresentação e o autor do vídeo. Se os envolvidos tiverem Instagram, os perfis podem ser enviados também. Segundo Bacchieri, a proposta é registrar os mais distintos exemplos de expressão, “da música aos malabares, do rap ao skate”.
- O universo cultural das ruas é impressionante, e sempre me interessou observar as manifestações artísticas em locais tão distantes um do outro. Reunir este caldeirão numa única timeline é uma experiência gratificante, ainda mais por ser uma coletânea 100% produzida por colaborações - conta Bacchieri, que é diretor de conteúdo e relações internacionais da produtora Zeppelin Filmes, em São Paulo, onde mora atualmente.
O gaúcho de 35 anos captou o primeiro vídeo da série durante uma viagem a Kiev, na Ucrânia, em agosto do ano passado. À época, ele estava apenas testando o recém-lançado serviço de captura de vídeos do Instagram. Só mais tarde, ao observar o grande número de artistas de rua que se apresentam na Avenida Paulista, por onde passa na volta do trabalho, a ideia do projeto surgiu.
- Comecei a registrar os artistas da Paulista e a postar com o nome do projeto. O primeiro vídeo foi publicado originalmente na minha conta pessoal do Instagram, seguido da hashtag #streetmicrodocs. Foi aí que um colega sugeriu: “Abre uma conta própria”. Minutos depois surgia o Street MicroDocs - lembra Bacchieri.
O canal colaborativo já tem performances registradas em Kiev, Paris, Londres, Moscou, Hong Kong, Berlim, Barcelona, Sydney, Caracas, Tarma, Teerã, São Paulo, Rio e Porto Alegre. O criador espera que, em breve, a rede promova um intercâmbio cultural entre os artistas capturados pelos minivideos.