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Nando Reis traz nova turnê ao Rio neste sábado com repertório recheado de hits

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RIO - “Sei como foi em BH” virou CD e DVD depois de uma parceria de Nando Reis com o trilho de metais The Freakyboys Horns, que conheceu em Seattle, e o resultado ficou registrado em um show do ex-titã com os Infernais. A turnê chega ao Rio neste sábado, às 22h, com show no Vivo Rio, cujo repertório tem “Pré-Sal”, “Sou dela”, “Família”, “Marvin” e “All star”, entre outras. Os ingressos custam entre R$ 120 e R$ 200.

Depois do Rio, ele segue em turnê por São Paulo e pelo Nordeste. Nando falou ao GLOBO sobre o show que precisa ser adaptado de acordo com a logística de cada cidade, sobre seu processo de composição aos 51 anos e sobre como a pressa da internet pode ser prejudicial para um disco inédito. Aliás, ele prevê o lançamento de um álbum novo para 2015.

Como exatamente surgiu essa parceria com os Freakyboys Horns e depois com os Infernais?

Quando recebi convite para tocar no Palco Sunset, no Rock in Rio, pensei: qual a novidade que posso apresentar? Queria propor uma nova versão para “Segundo sol” e essas músicas que já toco. Os Freakyboys moram em Seatlle, então não dá para fazer uma turnê aqui, mas vou reproduzir os arranjos que fizemos juntos. Eles propuseram um tipo de arranjo de metais e eu achei que cabia e os Infernais embarcaram no ao vivo. Este é um show mais difícil de fazer turnê, porque nem sempre dá pra levar os metais por questão de logística. É um formato que contempla especialmente as grandes capitais.

Já tem planos para um disco de inéditas?

Vou começar a pensar em escrever esse ano e lançar ano que vem. É preciso ter vontade de escrever outras coisas. Não é uma demanda de mercado. O mercado, aliás, não tem mais uma demanda. Agora, aos 51 anos, é muito diferente o fluxo de composição. Quando comecei com os Titãs era um disco novo por ano. Agora, componho em outro ritmo. Tenho sensação de frustração quando lanço um disco com 15 músicas inéditas. Agora, que sou músico independente, tenho que trabalhar desde a composição à divulgação.

Por que frustração? A internet não facilitou esse trabalho de divulgação?

O que acho empobrecedor é que a internet tenha criado uma falsa ilusão de que o álbum se tornou obsoleto. É uma maneira distorcida de interpretar que a velocidade de encontrar é para favorecer a ansiedade do imediatismo. É uma voracidade que não é adequada para a calma da apreciação de uma música. Quantos discos na sua vida você ouviu e demorou para se acostumar, mas ele acabou virando um dos seus favoritos? É isso. Ouvir música não é atender um anseio imediato. O tempo é necessário. “All star” e “Relicário” não foram hits quando lançadas. Só anos depois deram atenção. Acho prazeroso descobrir as coisas secretas de um disco. Viver só de hit é muito pouco.

Essa sua parceria com a banda Freakboys Horns, que deu origem aos arranjos que você inseriu nesta turnê, e com os Infernais que deram origem ao DVD, vem de alguma saudade que você tem de ter banda, de dividir ideias com outros músicos?

Essas parcerias suprem uma saudade que eu poderia ter de quando eu era dos Titãs. Aprecio a colaboração dos outros. Trabalho muito coletivamente.

Então pode existir uma futura parceria com os Titãs para um disco de inéditas?

Às vezes dá saudade. Estive com o (Paulo) Miklos domingo passado. Ficamos até de madrugada conversando. É claro que muitas vezes tenho muita vontade de voltar. O desejo sempre tem. Sobre disco de inéditas, eles já fecharam o repertório do novo disco. Eles estão sempre implicitamente envolvidos em tudo o que faço. Temos uns aos outros.

Você é considerado um dos maiores compositores da geração. Tem vontade de lançar um livro de poesias? Ou transformar alguma canção sua em filme, livro, peça?

Embora eu ame cinema, não tenho esse talento. Também acredito que muitas de minhas músicas, até porque muitas são autobiográficas, são filmes ou romances prontos. Mas cabe a alguém dessa área ter essa ideia.

Suas canções costumam ter personagens, início, meio e fim... Você segue um roteiro na composição?

Não tem regra, não tem método. Não existe fórmula, embora minhas canções tenham características que podem ser consideradas semelhantes. Não é uma inspiração que vem do céu.

No Rock in Rio teve ainda a participação de Samuel Rosa. Ele vai participar de algum show dessa turnê?

Fiz cinco ou seis músicas para o CD novo do Skank. Somos amigos, mas eles são ocupados. Mas nada é impossível.


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