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Estudo aponta 185 vítimas de violência nos filmes mais vistos nos EUA esta semana

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RIO - Foi mais uma semana violenta nos cinemas americanos. O Instituto de Cultura e Mídia, criado pelo fundador do Parents Television Council (algo como Conselho dos Pais para a Televisão), Brent Bozell, analisou os cinco filmes mais vistos esta semana nos EUA, revelando que no conjunto das produções, 185 pessoas foram mortas em 65 cenas de violência envolvendo tiros, facadas, explosões, espancamentos, incêndios, etc.

O grupo considera os números particularmente alarmantes, pois um dos filmes é um musical ("Os miseráveis") e outro uma comédia ("Inatividade paranormal"). Eles destacam que haveria ainda mais mortos se "Jack Reacher - O último tiro" e "Texas Chainsaw 3D" estivessem no Top 5.

"Quando estrelas de Hollywood começam a exigir controle de armas para as outras pessoas, como muitas fizeram depois do tiroteio em Sandy Hook, vale dar uma olhada na violência que eles retratam e muitas vezes glamurizam", justifica o relatório. "Quando cinco filmes contemporâneos mostram quase 200 pessoas vitimadas pela violência - especialmente violência estilizada com armas -, pode haver algum indício de que a sociedade é impactada pela cultura."

O massacre na escola Sandy Hook, em dezembro, reabriu a discussão sobre o excesso de violência nos fimes produzidos por Hollywood - especialmente entre os críticos do controle de armas, que acusam filmes e videogames de incentivar o comportamento entre os jovens.

O relatório foca sua atenção em "Django livre", de Quentin Tarantino, e "Caça aos gângsteres", no qual 65 personagens são mortos ou feridos ("A hora mais escura" completa o top 5). O estudo não diferencia mocinhos e bandidos na carnificina cinematográfica. Sobre "Caça aos gângsteres", diz o seguinte:

"Nos primeiros dez minutos, um homem é cortado ao meio por dois carros, outro perde uma mão lutando num elevador e uma tentativa de estupro é evitada."

O filme de Tarantino traz 19 cenas violentas e pelo menos 69 mortos ou feridos. Jamie Foxx, que intepreta o personagem principal, é acusado de hipocrisia, por defender o controle de armas enquanto participa de filmes violentos, com falas como "Ser pago para matar homens brancos? Como eu poderia não gostar disso?".

Mas uma declaração do diretor em defesa de Hollywood é citada. Para Tarantino, relacionar violência e entretenimento é "completamente desrespeitoso com a memória (das vítimas de Sandy Hook), pois obviamente a questão é controle de armas e saúde mental".


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