RIO - Para os fiéis seguidores do rock progressivo, a noite é de correr contra o tempo enquanto acontece o milagre da duplicação de atrações no centro da cidade. Na Tenda CCBB, instalada na Praça dos Correios, a banda italiana PFM encerra, às 21h, a Mostra Internacional do gênero. Mais cedo, porém, quem movimenta essa cena é outro veterano, o grupo O Terço, que faz show, às 19h30m, no Teatro Rival, com efeitos em 3D, finalizando uma curta temporada, iniciada ontem, no mesmo local. No palco, sua formação mais conhecida, com Sergio Hinds (guitarra e voz), Flavio Venturini (teclados e voz) e Sérgio Magrão (baixo e voz), além de Fred Barley (bateria).
O espetáculo adianta o lançamento de um show, gravado no Estúdio Visom, ano passado, nesse formato e sem a presença de público, previsto para chegar às lojas ainda no primeiro semestre, em blu-ray.
— A ideia inicial era ficar apenas no registro daquele show em estúdio, mas resolvemos levar essa experiência para o palco — conta Hinds. — Já fizemos nove shows nesse formato, e tem sido bem interessante. Entre os efeitos que o público vai ver, com óculos especiais, estão desde o nosso logo girando até pássaros sobrevoando a plateia.
O repertório traz boa parte do disco “Criaturas da noite”, lançado em 1975, ou seja, prestes a completar 40 anos de culto como um dos marcos do progressivo no Brasil.
— É um disco que reflete as experiências musicais daquela época — afirma o guitarrista.